As duas profissões mais difíceis no mundo do futebol são as de árbitro e treinador.
Árbitro por razões que não abordarei neste texto e treinador porque é comum dizer-se que todos os adeptos são treinadores de bancada e por isso um treinador no banco sabe que tem milhares de "colegas" (e quanto maior for o clube mais "colegas" tem) a analisarem e criticarem todas as suas decisões.
E isso num clube vivido com a intensidade com que os vitorianos vivem o Vitória é particularmente verdade.
Assumo que sou um desses "colegas" de qualquer treinador que passe pelo clube.
Reconhecendo as dificuldades que tem de ultrapassar, sabendo que os sonhos da bancada dificilmente poderão ter plena correspondência no relvado, assumindo que aquilo que fazem e decidem é sempre na melhor das intenções e com vista ao Vitória ter sucesso.
Ainda assim, e porque gosto de ter opinião fundamentada procuro seguir sempre um princípio que me acompanha desde há muito e que é o de considerar que devemos ser justos no elogio para sermos credíveis na crítica.
E procuro aplicar isso a Rui Borges o actual treinador do Vitória.
Que já tenho elogiado várias vezes mas também já tenho criticado quando discordo aqui ou ali da estratégia de jogo, do timing das substituições ou das próprias substituições por achar que devia entrar x em vez de y.
Umas vezes terei razão e outras não mas isso é o risco de ter opinião.
Creio que o percurso europeu do Vitória merece um amplo elogio a Rui Borges.
Onze jogos, dez vitórias e um empate, grande exibições e triunfos concludentes como o de ontem mostram o acerto com que o treindor tem liderado os seus jogadores com o mérito suplementar de ser a primeira vez que treina uma equipa em competições europeias.
E ressalvadas as diferenças ele está para este plantel como Ruben Amorim estava para o do Sporting ou seja fazendo-o render acimas das fundamentadas expectativas.
E por isso é com muito gosto que aqui deixo este público elogio esperando repeti-lo brevemente na Europa e em Portugal onde o Vitória, pese embora alguns pontos mal perdidos, está a fazer uma campanha perfeitamente à altura dos seus pergaminhos e onde se tivesse nalguns jogos a sorte de encontrar arbitragens competentes e isentas como encontra na Europa podia perfeitamente estar em quarto ou quinto lugar.
Mas pode perfeitamente ficar em quarto lugar no fim do campeonato se Janeiro não destruir a obra feita.
Depois Falamos.
Sem comentários:
Enviar um comentário