Críticas a Santana levam à saída de Marcelo da TVI
Fazendo um não muito grande esforço de memória é fácil comparar o que dizia o comentador Marcelo Rebelo de Sousa com o que (não) faz o Presidente da Repúbçica com o mesmo nome e que se supõe ser a mesma pessoa.
Embora o discurso tenho mudado radicalmente.
Em 2004 tudo era rigor e exigência face a um governo com poucos meses de acção enquanto agora tudo é tolerância, compreensão e branqueamento dos erros de um governo com quase oito anos.
Em 2004 com um governo do PSD, partido em que é filiado, era implacável na critica, no arraso, no massacre mesmo. Até por causa da concessão de um feriado implicou.
Esse governo, tal como este, também tinha uma maioria absoluta na Assembleia da República e os problemas que teve não foram rigorosamente nada à beira das constantes vergonhas e prejuízos a que o actual sujeita o país.
Em 2004 a demissão de um ministro imberbe na acção política e infantil no amuo foi o pretexto para dissolver o Parlamento com o aplauso do comentador Marcelo.
Naquilo que foi um verdadeiro golpe de estado a partir de Belém e que teve o "magnifico" resultado de levar José Sócrates a primeiro ministro.
Mas com isso não se incomodou o comentador Marcelo.
Desde 2015 é o que se tem visto.
TAP, SNS, geringonça, Pedro Nuno Santos, Fernando Medina, João Galamba, Ana Catarina Mendes, Eduardo Cabrita, Alexandra Reis e mais um cortejo de figuras sinistras que abandalharam o Estado até limites inimagináveis.
Ministros e secretários de Estado que mentem de forma descarada, que ocultam documentos, que sobre um mesmo assunto dizem três coisas diferentes.
Um primeiro ministro sem competência nem autoridade sobre os próprios membros do governo que quando há problemas vai de férias e quando lhe dá jeito faz de conta que não sabe de nada.
E sobre tudo isto, que justificava cem vezes mais uma dissolução do Parlamento do que alguma vez justificou o governo de Pedro Santana Lopes, o que faz o ex comentador e actual ocupante do palácio de Belém?
Diz umas banalidades, insinua três vezes ao dia que " agarrem-me ou eu dissolvo", tenta adotar uma pose de Estado afirmando que não se pode comentar tudo publicamente (e todos fazemos de conta que não sabemos quem é a maior fonte , nem sempre confiável é verdade, da comunicação social desde 1974) e tira mais umas selfies que é aquilo pelo qual o seu mandato ficará conhecido para lá das inúmeras viagens ao estrangeiro.
Em suma a comparação do comentador com o Presidente apenas nos permite concluir algo que não é novidade nenhuma.
A multifacetada carreira pública de Marcelo fez dele quase sempre parte do problema e quase nunca da solução.
Razão tiveram no seu tempo Aníbal Cavaco Silva, José Manuel Durão Barroso, Pedro Santana Lopes e Pedro Passos Coelho que nunca quiseram o professor Rebelo de Sousa (expressão que usava PPC) por perto nem nunca contaram com ele para nada.
Sabiam do que a casa gastava e para problemas já lhes sobravam os do país.
Curiosamente o único PM do PSD que chamou Marcelo para o governo foi Pinto Balsemão.
Mas esse estava "lelé da cuca".
Nem vale a pena recordar quem foi o autor de tão "prestigiante" expressão sobre o seu patrão no Expresso e primeiro ministro no governo.
Depois Falamos.
Depois Falamos.
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