quinta-feira, setembro 02, 2021

Mercado

Se há coisa que este fecho de mercado provou de forma exuberante é que os clubes portugueses estão sem dinheiro para grandes investimentos na contratação de jogadores.
Num olhar aos principais clubes constata-se que as contratações dos últimos dias foram poucas e não envolvendo verbas significativas mesmo em clubes como o Benfica cujo treinador é insaciável no desejo de contratação de reforços para a equipa.
Mesmo aí a preocupação maior foi aliviar a folha salarial com a venda e empréstimo de jogadores porque quanto a novo jogadores apenas se regista a chegada , por empréstimo de Lázaro.
No Porto o cenário foi idêntico (tão diferentes e às vezes tão iguais...) porque sairam vários jogadores por empréstimo e apenas entrou o lateral Wendell o que deve ter deixado Sérgio Conceição á beira de um dos seus caracteristícos ataques de fúria.
No campeão nacional Sporting registo para a grande venda da temporada (Nuno Mendes ao PSG) mas mesmo assim apenas entraram Sarabia ,por empréstimo, e dias atrás tinha chegado Ugarte não tendo sido contratado o tal ponta de lança que é necessário para uma equipa que apenas tem Paulinho para essa posição.
No Braga, que vendeu Fransérgio ao Bordéus perdendo assim aquele que era o seu jogador mais influente, as estranhas entradas de três jogadores emprestados que dificilmente trarão algo de novo à equipa como são os casos de Diogo Leite, Chiquinho e o brasileiro Couto.
O Boavista, em situação financeira muito preocupante, penas contratou o central Djaló quando o plantel necessita claramente de mais reforços.
Quanto ao Vitória há que dizer o seguinte:
Nestes últimos dias de mercado teria três objectivos que passariam por arrumar a casa, segurar os jogadores essencais salvo proposta irrecusável e tentar reforçar a equipa numa ou noutra posição.
O resultado para esses objectivos foi diferente.
Conseguiu colocar grande parte dos excedentários, através de empréstimos e cedências definitivas, emagrecendo o plantel e aliviando a folha salarial.
Cumpriu plenamente o objectivo de não deixar sair nenhum dos jogadores essenciais mantendo Edwards, Estupinan, André Almeida e Sacko (os mais cobiçados) e resistindo aquilo que noutros tempos era uma constante ou seja vender ao desbarato.
Não foi possível reforçar a equipa dentro do que era desejado mas o facto de não ter saído nenhum dos essenciais, e de estarem vários jovens da B a afirmarem-se no dia a dia, permite dizer-se que os objectivos europeus não foram postos em causa embora no mercado de Janeiro seja desejável que cheguem mais um ou dois reforços.
E assim encerrou tardiamente o mercado.
Que desejavelmente devia fechar a 31 de Julho antes de se iniciarem as competições nacionais.
Depois Falamos.

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