O PSD escolhe hoje o seu líder.
Dando continuidade a Rui Rio ou optando por Luís Montenegro ou Miguel Pinto Luz.
Durante os quarenta e três anos que militei no partido, até Setembro de 2018, participei em muitas escolhas destas quer no tempo em que o líder era eleito em congresso quer posteriormente quando a partir de 2006 passou a escolha a ser feita em eleições directas.
Tenho ,pois, experiência suficiente do assunto para perceber que nas eleições de hoje dificilmente a escolha deixará de ser feita entre Rio e Montenegro porque Pinto Luz, que fez a melhor campanha em termos de criatividade, me parece claramente atrás dos outros dois em termos de apoio dos votantes.
Hoje, sendo militante da Aliança, entendo não dever manifestar qualquer preferência pelos candidatos em disputa embora a eleição de .um líder no PSD ultrapasse as fronteiras do partido e tenha óbvia influência em toda a área política não socialista.
Direi, quando muito, que em relação às directas de 208 em que estive activamente envolvido apoiando a candidatura de Pedro Santana Lopes não mudei de ideias nem do que entendia dever ser o posicionamento estratégico do PSD.
Espero que em liberdade, embora num processo eleitoral que se desejaria menos polémico em algumas das suas componentes administrativas (já há dois anos o foi e então em 2007 é melhor nem recordar...), os militantes do PSD escolham o líder que lhes pareça mais adequado para liderar o partido e liderando o partido chefiar uma oposição dura, rigorosa e exigente ao governo do PS tendo simultaneamente a percepção estratégica da "revolução" necessária na área não socialista.
Uma nota final para dizer o seguinte: Tenho acompanhado as campanhas dos candidatos e a troca de argumentos nas redes sociais entre os apoiantes de cada um. E choca-me a violência, a raiva, a sanha persecutória com que apoiantes do actual líder se referem aos outros candidatos, aos apoiantes dos outros candidatos e até, pasme-se a Pedro Passos Coelho.
Tratando-os não como companheiros de partido que a partir de hoje terão de estar unidos mas como autênticos inimigos que urge exterminar.
É pena. Como pena é que o mau exemplo venha de onde não devia vir.
Porque é Portugal que perde com um PSD dividido e enfraquecido.
Depois Falamos.
P.S. Olho com indisfarçável ironia, mas sem nenhuma surpresa, alguns apoiantes de Montenegro e Pinto Luz que há dois anos juravam a pés juntos que era Deus no Céu e Rui Rio na Terra. Sem um acto de contrição, sem um "mea culpa" ,sem uma palavra de assumpção das suas responsabilidades no que agora consideram o mau estado do partido mudaram de lado como se nada tivessem a ver com o actual estado de coisas e com o que consideram o fracasso da liderança de Rio pela qual também são, nalguns casos, largamente responsáveis.
As carreiras políticas a salvar pesam como chumbo.
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