Quando converso com pessoas amigas, ligadas ou não ao universo político (embora a maioria esteja) , vou fazendo um retrato da forma como os portugueses avaliam o desempenho do cargo pelo actual Presidente da República e como se posicionarão nas eleições presidenciais de Janeiro do próximo ano a que Marcelo será recandidato.
Aquelas que não estão no mundo político, que o acompanham pela rama e que a ele não devotam tempo para verem programas políticos na televisão ou lerem na imprensa sobre essa área, essas estão maioritariamente inclinados a votarem Marcelo em 2021 incluindo muitos que nele não votaram em 2016.
Gostam do modo informal como desempenha o cargo, dos banhos de multidão, das filas para as selfies, da sensação que transmite de ser um cidadão como os outros, dos mergulhos no mar com as televisões atrás, da solidariedade com os mais desfavorecidos,da paz com o governo, etc, etc.
Os mais ligados à política, do Chega à CDU (refiro apenas pessoas amigas de vários partidos mas não de todos porque há partidos, como o Livre ou a Iniciativa Liberal em que não tenho conhecidos quanto mais amigos) transmitem um mosaico muito diverso.
Há os que não votaram em Marcelo em 2016 nem votarão em 2021. Ponto final parágrafo.
Há os que não votaram nele em 2016 mas admitem votar agora e alguns tem até a certeza que o farão.
Há os que votaram nele em 2016 e voltarão a votar em 2021.
E há os que nele votaram em 2016 e agora afirmam que não o voltarão a fazer
Como está bom de ver os primeiros são os mais à esquerda, nos segundo caso estão pessoas ligadas essencialmente ao PS , no terceiro pessoas do PSD, algumas do PS e também do CDS e no quarto caso pessoas que vão do PSD ao Chega.
Diria que no meu painel de amigos, o tal entre Chega e CDU, a maioria situa-se no quarto caso, ou seja, aqueles que votaram Marcelo mas asseguram que não o voltarão a fazer.
Porque não gostaram da colagem constante ao governo, porque não apreciam a banalização do cargo a que Marcelo se entrega desde o primeiro dia, porque entendem que um PR deve guardar algum recato e não aparecer diariamente na televisão, porque entendem que o populismo de Marcelo retira autoridade à função de Presidente da República.
Entre outras razões que seria fastidioso estar a enumerar.
E nessas conversas quando lhes pergunto a opinião naturalmente que também sou questionado sobre a minha enquanto eleitor de Marcelo em 2016.
A resposta é simples.
Posicionando-me entre o terceiro e o quarto cenário, ou seja não fechando a porta a voltar a votar em Marcelo não tenho a certeza se o farei, digo sempre que a seu tempo decidirei qual a minha opção nas presidenciais.
Este ainda não é o tempo mais que não seja porque o quadro de candidatos ainda não está definido e porque o meu próprio partido ainda não decidiu o que fará.
Precisamente porque ainda não é o tempo embora esse tempo esteja a chegar.
Mas sei que se em 2016 votei em Marcelo por causa do próprio Marcelo em 2021 se votar Marcelo será por causa dos outros candidatos.
É uma "pequena diferença" mas que faz toda a diferença.
Depois Falamos.
3 comentários:
Caro Luís Cirilo,
HÁ SEMPRE O VOTO EM BRANCO OU NULO...
Meus Caros
Votei Marcelo e estou bem arrependido…
Nunca me senti tão DEFRAUDADO.
Nessa criatura NUNCA MAIS.
Caro Anónimo:
Em branco nunca. Nulo pode ser opção.
Caro Anónimo:
Não terá sido o único.
Mas "nunca mais" é uma expressão demasiado definitiva
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