Hoje dia em que se comemoram quarenta e quatro anos sobre o 25 de Novembro, data em que as forças democráticas civis e militares impediram que Portugal mergulhasse numa ditadura de esquerda, importa lembrar a data e aqueles, como Jaime Neves, a quem o país tanto deve.
A data porque foi nela ,e não a 25 de Abril, que o país conquistou definitivamente a Democracia.
Porque se em Abril de 1974 chegou a Liberdade, por força da acção do MFA, em Novembro do ano seguinte conquistou-se a Democracia e o regime em que desde então vivemos.
E passados 44 anos , tanto e tão pouco tempo, importa lembrar de que lado estavam o PS, o PPD, o CDS, o "grupo dos 9" e os militares democratas e de que lado estavam o PCP , os partidos que vieram a dar origem ao Bloco de Esquerda e ao Livre e os militares afectos ao COPCON e aos sectores gonçalvistas que queriam fazer de Portugal uma Cuba europeia.
E muitos que hoje enchem a boca a falar de democracia e liberdade mas que nesse tempo lutavam (e cantavam...) pela implantação no nosso país de um regime que nada tinha de democrata que faria da Liberdade uma palavra vã.
Portugal tem muito a agradecer a homens como Ramalho Eanes (que foi o comandante das forças militares democráticas) e os seus camaradas do grupo dos nove, a Mário Soares e aos dirigentes do PS , a Francisco Sá Carneiro e aos s dirigentes do PPD, a Freitas do Amaral e aos dirigentes do CDS e a tantos portugueses sem partido que estiveram do lado da democracia e da liberdade.
Mas muito em especial ao coronel Jaime Neves.
Comandante do Regimento de Comandos da Amadora que foram as forças que no terreno asseguraram a vitória da democracia.
Um militar distinto, dos mais condecorados das Forças Armadas, que já nas guerras de África dera sobejas provas de coragem e valor em combate e que no 25 de Novembro soube comandar as suas tropas com uma determinação inabalável mas também com a preocupação de não causar baixas nos militares que se lhes opunham.
Tive o prazer , e a honra, de o conhecer muitos anos depois quando a empresa que ele dirigia prestava serviços de segurança ao Vitória de que eu era então secretário geral.
E de constatar que para além de ser uma lenda viva era igualmente uma pessoa de enorme simpatia e afabilidade pessoal.
Para mim ele será sempre o rosto maior do 25 de Novembro.
O dia em que Portugal conquistou a Democracia.
Depois Falamos
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