sexta-feira, junho 02, 2017

Sugestão de Leitura

Para quem gosta de política há livros imperdíveis.
Este é um deles.
Comprei-o no dia em que foi posto à venda e hoje, oitocentas e quarenta e duas páginas depois, acho que foi uma excelente decisão porque é uma obra que li com imenso gosto e na qual "reencontrei" todos os grandes protagonistas da política portuguesa desde o 25 de Abril.
De Francisco Sá Carneiro a Mário Soares, de Ramalho Eanes a Álvaro Cunhal, de António Guterres a Durão Barroso, de José Sócrates a Freitas do Amaral entre muitos outros de todos eles o autor conta encontros e desencontros, momentos de tensão e de agradável convívio misturados com peripécias diversas contadas no estilo inimitável de Alberto João Jardim.
Mas este livro para além de uma visão da História do Portugal democrático é essencialmente uma narrativa sobre como os governos presididos por AJJ trouxeram a Madeira do século 19 em que estava mergulhada para a transformar numa das regiões mais modernas do país e com indíces de desenvolvimento de causarem inveja a outras regiões de Portugal.
Mas é também a história de um líder partidário.
Que fundou e dirigiu durante quase 40 anos o PSD/Madeira e foi também dirigente do PSD a nível nacional ao longo de todo esses período ora em grande sintonia com as lideranças ora em profunda divergência nomeadamente com a actual.
Alberto João Jardim é uma personagem incontornável do Portugal democrático e um dos políticos que a nível mundial mais tempo esteve no poder, em democracia, conseguindo ser eleito presidente do governo regional por dez vezes e sempre com maioria absoluta.
Soba sua liderança o PSD/Madeira obteve quarenta e seis vitórias em eleições regionais e nacionais o que é também um verdadeiro recorde que me parece impossível de ser batido e que deve merecer do PSD a nível nacional o reconhecimento que ainda não lhe foi feito.
Em suma um livro de memórias de um político e governante de sucesso que um dia entendeu sair do poder pelo seu pé o que é sempre um belo corolário de uma carreira ao serviço do povo.
Depois Falamos

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