Na habitual "lufa lufa" de todos os defesos com a entrada e saída de jogadores há alguns que merecem um particular destaque pela forma como vestiram a nossa camisola.
É o caso de Bruno Gaspar.
Que merece destaque quer pelo jogador quer pela transferência e as condições que a rodeiam.
Bruno Gaspar foi um "produto" da formação benfiquista que o clube da Luz não aproveitou e por isso chegou a Guimarães ainda muito jovem proveniente dos quadros do Benfica B.
No Vitória fez três excelentes épocas de alto rendimento desportivo (foi sempre um dos melhores jogadores da equipa) a par da consolidação da imagem de ser um profissional exemplar que é algo que os vitorianos sempre valorizam bastante.
Mas mais do que isso foi um jogador que rapidamente percebeu o clube, percebeu os adeptos e acabou por se tornar num de nós partilhando dos nossos valores, vivendo as nossas alegrias e comungando das nossas tristezas para lá do estatuto normal de um profissional de futebol.
Fruto dessas três épocas de alto rendimento despertou a atenção (não, desse não porque depois não sabia quem tirar...) de vários clubes estrangeiros acabando por se consumar o da Fiorentina que o contratou por cinco épocas e lhe permitirá jogar num dos melhores campeonatos da Europa.
Ao que se sabe o Vitória terá recebido cerca de quatro milhões de euros pelo seu passe o que tem de se considerar um valor bastante bom.
E é esta a nota que gostaria de salientar.
O percurso de Bruno Gaspar no Vitória, e posterior transferência para Itália, corresponde em pleno a um dos modelos de negócio que o Vitória deve cultivar como forma de ter um crescimento sustentado e conseguir subir patamares em termos de ambição desportiva.
Um jovem português, talentoso e com "escola, que o clube formador não aproveitou e que o Vitória contratou ainda muito jovem.
Três anos de permanente alto rendimento desportivo, valorização do atleta e posterior transferência para um clube estrangeiro que não disputando competições connosco não nos dará o desprazer de ver o atleta jogar contra nós.
Recebimento de um valor pela transferência adequado ao valor do jogador, em linha com a nossa realidade e com a posição que ele ocupa no terreno.
E quando as coisas são bem feitas, como neste caso, é merecido o aplauso!
Quanto ao vitoriano Bruno Gaspar deseja-se que tenha muito sucesso nesta nova etapa da sua carreira na certeza de que quem serviu o Vitória com a honestidade, profissionalismo e qualidade com que ele o fez tem sempre abertas as portas de uma casa que também é sua.
Depois Falamos.
4 comentários:
Ele assim o disse "... voltarei."
Foram apenas 3,5 milhões (segundo o site da Fiorentina)!
E digo "apenas" porque o Bruno Gaspar era (na minha óptica) jogador para render, pelo menos, mais um milhão.
Concordo em pleno que o Vitória deve ser um clube exportador, pois só assim se pode tornar mais conhecido lá fora. Só assim pode despertar o apetite de clubes com maior poder financeiro e que não venham buscar jogadores em Janeiro, só para hipotecarem as nossas hipóteses de fazermos campeonatos verdadeiramente excepcionais.
Tal como na economia, no futebol o Vitória tem de apostar seriamente em exportar!
Inadmissivel como este rapaz nunca foi chamada a um sogo da seleção. Não foi certamente pela sua prestação desportiva. Tera sido, concerteza, por questões da geografia clubistica e agenciamento desportivo. Aquilo que o povo irmão Romeno chama de corrupção e trafico de influencias.
Boa sorte Bruno. O teu sucesso também será o nosso sucesso.
José Vieira de Castro
Caro macaco careca:
O que mostra bem como se tornou num de nós.
Caro Saganowski:
Não há negócios perfeitos mas creio que este foi bom.
Claro que a nossa prioridade deve ser vender a clubes estrangeiros para não estarmos a reforçar aqueles que queremos que sejam rivais directos.
Caro José Vieira de Castro:
Hou alturas em que bem mereceu uma convocatória. Mas joga no Vitória, não é agenciado por Jorge Mendes, os seleccionadores A tem uma aversão ao nosso clube que nunca percebi.
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