Serenamente há que dizer o seguinte.
Foi um bom jogo de futebol, com emoção e golos, duas equipas que proporcionaram um bom espectáculo a um público que infelizmente apenas pôde ser televisivo face aos condicionalismos que são conhecidos.
Venceu com mérito o Braga, o empate seria o resultado mais adequado e um triunfo do Vitória nada teria de injusto porque o jogo deu para tudo tantas as alternâncias no marcador e as oportunidades desperdiçadas por um e outro lado.
Foi, pois , um verdadeiro dérbi com tudo aquilo que um dérbi traz de valor acrescentado ao futebol.
Dito isto falemos do Vitória.
Que entrou no jogo literalmente a dormir, sofreu um golo ainda não estava decorrido um minuto de jogo (com o peso acrescido que isso tem num dérbi) mas soube reagir e dar a volta ao resultado com classe e empenho equilibrando a partida em todos os sectores do terreno e mantendo o adversário em respeito.
O Braga empatou pouco antes do intervalo, num soberbo remate de Trincão, e a igualdade ao fim dos primeiros 45 minutos era justa e justificada pela produção das duas equipas.
Na segunda parte o jogo continuou intenso (terá sido o melhor depois da paragem do campeonato) , as equipas continuaram a ter oportunidades mas apenas o Braga concretizou num lance em que a defesa do Vitória foi uma autêntica avenida para o dianteiro bracarense que correu metros e metros com a bola e depois rematou para onde quis.
Esperava-se , então, uma reacção diferente o Vitória.
Mas o banco (leia-se Ivo Vieira) lento e timorato a reagir pouco ou nada fez para inverter o rumo aos acontecimentos mexendo na equipa tardissímo e sem efeitos práticos.
Seis minutos depois do terceiro golo bracarense fez a primeira alteração trocando Ola John por Rochinha com 71 minutos já decorridos e em desvantagem no marcador.
Demorou longuíssimos onze minutos até voltar a mexer quando aos 82 tirou Pepê e Victor Garcia para lançar Bonatini (João Pedro terá emigrado?) e Joseph cuja entrada se justificava há muito face ao estoiro de Lucas Evangelista que misteriosamente foi para lateral esquerdo (ai se o Braga tivesse um treinador com "olho") felizmente sem consequências de maior.
E aos 89 minutos(!!!) não arranjou melhor para fazer, numa altura em que o Vitória pressionava e o Braga já tinha metido outro central, do que tirar Bruno Duarte para meter Ouattara retirando do centro do ataque o melhor goleador da equipa.
No banco, ficou uma substituição por fazer, ficaram Poah e Mikel que podiam ter dado ao meio campo a força, o músculo e a intensidade que a equipa bem precisava para o assalto final à baliza bracarense.
Uma gestão incompreensível do banco, das substituições e do timing em que mexeu na equipa.
Resta dizer que Tiago Martins fez um bom trabalho apenas pecando por ter sido forreta no tempo de descontos da segunda parte em que ficaram a faltar dois ou três minutos mais de tempo de compensação.
Mas não foi por isso que o Vitória perdeu como é evidente.
Depois Falamos
P.S. Pelos vistos Marcus Edwards e João Carlos Teixeira lesionaram-se durante a semana e por isso não foram convocados. Obviamente fizeram falta e espera-se que as lesões, sejam quais forem, não sejam graves.
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