Dez Conclusões

Dez conclusões sobre o Vitória-Vitória FC.

1) O Vitória vinha de uma decepcionante derrota em Portimão e este jogo com o homónimo de Setúbal era o primeiro de três em que margem de erro era curta.

2) Luís Castro voltou a mexer na equipa desta vez remetendo Tallo e João Afonso directamente para a bancada dando lugar a um Osório que cumpriu e a um Guedes que nem por isso.

3) João Carlos Teixeira e Matheus Oliveira também saíram da equipa mas foram para o banco dando lugar a Ola John e Davidson com clara vantagem para a qualidade de jogo ofensivo de uma equipa que pôde contar com dois extremos de raiz.

4) Com quatro alterações na equipa inicial e num sistema táctico diferente não admirou que a equipa demorasse algum tempo a encontrar-se pese embora ter comandado o jogo desde o primeiro minuto face a um adversário que vinha para o "pontinho" e usou o anti jogo como estratégia.

5) Tozé foi o melhor em campo com uma exibição plena de dinamismo e entrega ao jogo a que só faltou o golo para ter uma tarde em beleza. E até teve oportunidade para isso mas não conseguiu concretizar as duas oportunidades de que dispôs. Compensou com a assistência para o golo de Osório.

6) Davidson e Sacko também assinaram boas prestações tal como Ola John (a espaços) e Pedro Henrique. Osório esteve bem e fez o golo enquanto Douglas muito seguro ao longo do jogo teve aquele deslize de ceder um canto desnecessário de que resultou o golo sadino.

7) André André fez mais um jogo discreto, sem a influência que lhe é habitual, dando a sensação de andar à procura da sua posição enquanto Guedes lutou imenso mas confirmou que o seu lugar não é o de ponta de lança em "cunha". Renderá mais num flanco ou como segundo avançado. Sozinho é que não dá.

8) Luís Castro mexeu bem na equipa lançando Tyler Boyd para o lugar do esgotado Ola John e com isso dando vivacidade ao flanco direito, trocando André por Célis para dar músculo e poder de choque ao meio campo face ao previsível forcing final do adversário e levando a jogo Matheus Oliveira para o lugar do esgotadissímo Davidson com isso pretendendo ter posse de bola e discernimento nos saídas para o ataque. Infelizmente a sorte (ou azar) do jogo frustrou os seus intentos.

9) O golo do empate é um lance estranho em que parece haver falta sobre Sacko e em que Douglas cede um canto completamente desnecessário numa bola que devia dar pontapé de baliza. Um castigo muito injusto para uma equipa que mereceu ganhar o jogo em especial pela boa segunda parte que fez.

10) O árbitro de Leiria, António Nobre, fez um trabalho a puxar para o fraco com muita tolerância para o anti jogo sadino mas sem erros com influência no resultado. Ao menos isso!

Não era este, seguramente, o resultado que todos queriam para ultrapassarem a derrota de Portimão e iniciar da melhor forma um ciclo de três jogos em Outubro que ainda nos levará à Madeira para defrontar o Marítimo e depois uma recepção ao Sporting de Braga que virá a Guimarães como provável líder isolado do campeonato.

Mas foi este o resultado que a sorte (azar) do jogo nos destinou.

E é a partir dele que o grupo terá de trabalhar para ir ao Funchal conquistar os três pontos e depois fazer do dérbi minhoto o ponto de arranque para uma primeira volta que nos permita mantermos-nos na luta pela Europa.

Para em Janeiro se fazerem os indispensáveis retoques na equipa sem que Europa e Taça de Portugal serem já uma miragem.

Depois Falamos.