quinta-feira, outubro 04, 2018

Nojo

Tenho acompanhado com inegável nojo toda esta história, profusamente divulgada numa comunicação social ávida de "sangue", da suposta violação por Cristiano Ronaldo de uma rapariga que conheceu numa discoteca em Las Vegas no remoto ano de 2009.
Ao que parece, fazendo fé no que se vai lendo,ouvindo e vendo, terão de mutuo acordo subido para o quarto do jogador e depois um "artigo" do "menu" que não estava previsto ou não lhe terá agradado levou a que a moça armasse um pequeno escândalo mas sem fazer aquilo que seria óbvio e que era participar criminalmente de Ronaldo caso se sentisse violada por ele.
O jogador, eventualmente arrependido do que não correra bem e para evitar problemas, terá proposto um acordo com base no qual a indemnizava generosamente(375.000 dólares) em troco de um pacto de confidencialidade pela parte dela.
E o assunto parecia ter morrido ali.
Mas não morreu.
Porque com base em revelações do "Football Leaks", transcritas pela "Der Spiegel", houve várias pessoas e entidades que viram ali uma grande oportunidade de ganharem dinheiro , mediatismo e outros desígnios menos claros à custa de Ronaldo e da sua notoriedade mundial.
Desde logo a mocinha a quem o dinheiro da indemnização deve ter acabado e viu a oportunidade de sacar mais uns largos milhares ou milhões a Ronaldo.
Depois o movimento "MeToo" a quem dá imenso jeito acusar alguém como Ronaldo em troca da fama e da divulgação do movimento (cuja razão no geral não contesto) a nível global.
Os advogados da rapariga que veem neste processo a forma de sacarem chorudas remunerações caso o processo vá a tribunal e o jogador, além do mais, tenha de pagar nova indemnização à suposta vitima de violação.
Finalmente, e nos tais desígnios ocultos , continua a intrigar-me a curiosa coincidência de a suposta violação ter ocorrido no Verão de 2009 com Ronaldo a transferir-se do Manchester United para o Real Madrid e ressuscitar agora, nove anos depois, quando Ronaldo saiu do Real Madrid para a Juventus.
É difícil não acreditar que haja uma "mano blanca" no ressuscitar deste assunto que esteve nove anos, os mesmos em que Ronaldo jogou em Madrid, adormecido e sem que dele se falasse.
E depois das estranhas eleições de Modric para tudo que se sabe é difícil não somar dois mais dois.
Em suma se Ronaldo violou a mocinha há muito que devia ter sido punido por tão infame crime mas pelo que se sabe não foi esse o caso e tudo isto não passa no essencial de um nojento caso de extorsão por parte de gente sem escrúpulos.
Depois Falamos

P.S. OS advogados da mocinha vão requerer aos tribunais a anulação do acordo feito com Ronaldo para poderem avançar com o processo.
Será que com base nessa anulação ela tenciona devolver o dinheiro que recebeu ou a anulação é só para o que lhe interessa?

4 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

A América é um gigantesco bordel onde se manipula o direito com o simples objectivo de ganhar e acumular o dinheiro : ao nível do Estado, contra outros Estados, das oligarquias, das sociedades, dos indivíduos, e, neste ultimo caso, utilizando todas as astúcias permitidas pelas leis para tingir o objectivo . Toda a gente ganha nesta selva, sobretudo os advogados.

A ética não conta e a moral ainda menos. Na América imperou sempre a lei do mais forte, do que saca o colt mais rápido, do que tem mais amigos à sua volta, e, finalmente, do que tem mais poder de corrupção.

E o que é mais grave, é que o puritanismo anglo-saxão, que desde sempre voltou o olhar para o lado enquanto prevaricava no outro, permite negociar… O Dinheiro entra então em cena e toda a moral se esvai… Mesmo Clinton pôde negociar o seu “negócio” com a Mónica debaixo da mesa ovale da Casa Branca, que finalmente não foi “sexo” …para o tribunal…Pagou a diferença em dólares…e evitou o “impeachment”…

De Roosevelt a Kennedy e Clinton, o exemplo veio sempre de cima…

Ronaldo tem um ponto fraco: Tem muito dinheiro, e quando os americanos farejam o dinheiro nada os detém…Uma matilha vai lançar-se em cima do nosso campeão…que parece jogar muito bem ao futebol e nos jogos da cama, mas não sabe evitar os off-side…

No fundo, os Americanos lançam-se sobre ele como se lançaram nos jazigos de petróleo do Iraque, da Líbia, da Síria, e amanhã no Irão e talvez na Venezuela…O cheiro é o mesmo: petróleo e dinheiro são equivalentes.

luis cirilo disse...

Caro Joaquim de Freitas:
O meu amigo, assertivo como sempre,pôs o dedo na ferida. E a ferida chama-se dinheiro.
Sem entrar em juízos de valor sobre o que aconteceu em 2009 a verdade é que os dois, adultos e responsáveis, fizeram um acordo de confidencialidade segundo o qual a rapariga recebia 375.000 dólares a troco do seu silêncio. Parágrafo!
Passados nove anos ou porque o dinheiro acabou ou porque advogados especialistas nestes casos farejaram ali uma "mina de ouro" (muito provavelmente por ambas as razões...) que lhes abre a expectativa de chorudos ganhos o assunto volta à ribalta.
Apenas por dinheiro!
Não pela dignidade dela, pelo stress pós traumático (curioso argumento), ou por outra razão qualquer.
E a prova disso é que um dos advogados já admitiu a negociação de novo acordo entre as partes,ou seja, nova indemnização.
Aguardemos pelos próximos capitulos desejando que Ronaldo tenha de facto aprendido a evitar este tipo de off side.

Anónimo disse...

Caro Cirilo:
Vou citar o "grande educador"(SIC) Arnaldo Matos:
«É tudo um putedo», ou seja, é tudo falta de vergonha.

1º Eu nunca iria para um quarto, com um qualquer homem, às tantas da madrugada, para "ver a decoração"...
2º Eu não fui nunca alternadeira;
3º Se o tivesse sido, fazia como algumas, que não 'trabalham' fora do recinto de diversão. Não acompanham clientes a quartos;
4º Quem acompanha clientes a quartos é uma meretriz, prostituta, ou qualquer outra expressão que se queira usar.
5º Temos portanto uma alternadeira, que voluntariamente acompanhou um cliente, do recinto de diversões, onde trabalhava. 375.000 $ não chegam pelo serviço pessoal?

Já agora a prostituição é legal no Nevada.

luis cirilo disse...

Cara il:
Nada a acrescentar.
Acho que retratou muito bem toda a questão que é daquelas que só não vê quem não quer.