Tenho lido uma ou outra, escassas a bem dizer, opiniões a defenderem o sentido de estado de Rui Rio na substituição da actual Procuradora Geral da República,Joana Marques Vidal(JMV), pela futura Procuradora Lucília Gago.
E fiquei confuso quanto a esses conceitos de sentido de estado devo dizê-lo.
Na campanha das directas Rio disse que não estava satisfeito com o mandato da PGR.
Já líder considerou que a sentido de Estado era não se pronunciar sobre o assunto assim desautorizando o grupo parlamentar que através de Fernando Negrão , e não só, já defendera a recondução de Joana Marques Vidal.
A seguir veio dizer que só se pronunciaria sobre o assunto depois de o primeiro-ministro o fazer o que é forma no mínimo "sui generis" de fazer oposição e liderar a agenda política.
No próprio dia do anúncio da não recondução fez a mais insólita conferencia de imprensa a que me lembro de assistir de um líder da oposição dizendo que se o governo reconduzisse JMV estava bem mas que se não reconduzisse também estaria bem(!!!) desde que a substituísse por alguém da chamada sociedade civil o que evidentemente nunca aconteceu nem iria acontecer.
E isto depois de ter sido desprezado em todo o processo por Marcelo e Costa que nunca cuidaram de saber da sua opinião bem ao contrário do que fizera Cavaco Silva, aquando da nomeação de Pinto Monteiro, em que condicionara a sua nomeação ao primeiro ministro de então-José Sócrates- ouvir o líder da oposição.
Finalmente conhecida a não recondução de JMV veio dizer que a PGR fizera o melhor mandato desde o 25 de Abril!
Não sei, sinceramente, onde está o sentido de Estado de avanços e recuos, afirmações e contradições das mesmas, aceitação sem revolta da marginalização a que foi sujeito, do "tanto faz" como forma de marcar uma posição política, da recusa em liderar a agenda e fazer oposição a um governo que tomou uma decisão erradissíma.
Mas também já não é problema meu.
Depois Falamos
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