Perante a próxima revisão estatutária a ser efectuada no Vitória Sport Clube deixo aqui uma primeira ideia sobre uma reforma que me parece fundamental e que até hoje nunca houve a coragem de levar a cabo.
Refiro-me ao Conselho Vitoriano.
Um orgão que na sua actual formulação não serve rigorosamente para nada!
Duvido até que nos últimos quinze anos, para abranger várias presidências de molde a não melindrar ninguém, tenha reunido mais vezes do que aquelas que os dedos de uma só mão chegam perfeitamente para contar.
É um orgão de aconselhamento da direcção que tem a desdita de nenhuma direcção se mostrar interessada no seu conselho e cujas centenas de associados que por lá passaram também nunca se mostraram especialmente interessados em ter um papel activo com excepção de algumas iniciativas, promovidas no tempo de Emílio Macedo da Silva, que visaram prestar esclarecimentos sobre o que eram as sociedades anónimas desportivas então a despontarem.
De resto sendo a sua grande responsabilidade estatutária o assegurar os destinos do clube em caso de vacatura dos orgãos sociais tal nunca aconteceu e é cada vez mais improvável que venha a acontecer face às novas realidades.
Penso que é tempo de reformular o Conselho Vitoriano.
Desde logo democratizando-o.
Passando a ser eleito por todos os sócios, juntamente com os restantes orgãos sociais, ao invés de como acontece desde sempre e que é ser escolhido pelas direcções e depois ratificado em assembleia geral.
Mas indo mais longe.
Permitindo que a sua eleição seja por método de Hondt, através das listas concorrentes aos orgãos sociais e de listas formadas por associados que desejem especificamente concorrer apenas a esse orgão.
Tomando o exemplo do último acto eleitoral, e para um Conselho de 25 membros, a lista vencedora teria eleito 13 ou 14 conselheiros e a lista vencida 12 ou 11 conforme os resultados apurados.
E isso permitiria que "todo" o clube estivesse no Conselho Vitoriano sem que isso afectasse a realidade de os restantes orgãos sociais eleitos representarem o clube no seu todo.
E esse novo conselho vitoriano teria nas suas funções a responsabilidade de debater e se pronunciar, previamente à apresentação dos mesmos em assembleia geral, sobre documentos tão importantes como orçamentos e relatórios e contas.
Permitindo um debate e uma análise mais profundas do que aquelas que são possíveis de fazer nas assembleias gerais.
E quem diz esses diz outros assuntos relevantes para o clube e que não tem na actualidade( nem nunca tiveram) um fórum interno onde seja possível o merecido debate.
Não é fazer do Conselho Vitoriano uma espécie de Parlamento,longe disso, mas um espaço onde o clube possa ser analisado e debatido de forma abrangente e em que todas as sensibilidades possam estar representadas.
Fica a ideia.
Depois Falamos
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