domingo, maio 24, 2015

Acabar Bem

Foto: Mais Futebol
Era importante acabar bem até porque o quarto lugar ainda era uma possibilidade, embora mais matemática do que real, e por isso até ao lavar dos cestos era vindima.
E o Vitória acabou bem.
Com um triunfo por números claros face a um adversário voluntarioso que deu muito trabalho, e assumiu o domínio do jogo em alguns períodos, ao ponto de o resultado estar indefinido até ao golo de Valente que sentenciou a partida.
Não sou daqueles, mais susceptíveis de acreditarem na Primavera cada vez que vêem uma andorinha, que confunde marcar muitos golos com fazer excelentes exibições.
E por isso considero que o Vitória ontem não fez, sequer, uma boa exibição a exemplo de algumas que rubricou especialmente ao longo de uma primeira volta que foi uma permanente saudade durante a ...segunda.
O Vitória ontem foi, isso sim, altamente eficaz a atacar e esse mérito sendo indiscutível é o maior mérito que se pode tirar do jogo de ontem.
Fez quatro golos, podia ter feito mais um ou dois, e por isso mereceu vencer.
Mas a defender esteve bastas vezes próximo do atabalhoamento (basta ver os dois golos dos coimbrãos) e viveu vinte e cinco minutos finais de quase aflição perante a pressão do adversário e a quase incapacidade de sair com a bola a jogar sem a entregar ao adversário através de vários passes errados.
Valeu nesse período a bela exibição de Douglas com pelo menos três excelentes defesas a negarem golos que pareciam certos.
As duas primeiras substituições operadas por Rui Vitória também não tiveram o efeito que se pretendia porque Joseph a estrear-se na 1ª Liga não teve,como é compreensível, um papel determinante no meio campo e Bouba entrou mal cometendo faltas em zonas "proibidas" e das quais resultaram livres que podiam ter tido funestas consequências.
Já Álvez entrou tarde mas ainda a tempo de fazer uma excelente assistência para o quarto golo.
A grande conclusão para o futuro desta ultima jornada é para mim muito clara.
O Vitória chegou à 34ª jornada com um plantel "espremido",em termos de quantidade/qualidade, para o que são as exigências do quarto clube do nosso futebol.
Falhamos o quarto lugar (pelo menos) fruto da errada "espremedela" de Janeiro que debilitou a equipa e a enfraqueceu face aos seus concorrentes directos a par de outros erros que são mais ou menos próprios do futebol.
Agora, e antes que a SAD se ponha a vender jogadores como se não houvesse amanhã ( e a continuar o que vem de trás a preços de...ontem) , importa que se conscencializem  que face ás saídas certas (André e Bernard) e a algumas que podem acontecer (Tomané, Josué, Douglas, João Afonso, etc) a primeira prioridade é reforçar seriamente a equipa.
E isso implica contratar jogadores feitos para a 1ª Liga e para atingirem a fase de grupos da Liga Europa e não depositar toda essa responsabilidade nos jovens talentos que vão subir da equipa B e numa ou noutra aquisição feita na II Liga ou no CNS.
Voltarei ao assunto.
Depois Falamos.

P.S. Não sei se Rui Vitória vai continuar.
Se isso acontecer creio que já merece começar uma temporada com um grupo minimamente estável e não ter de proceder à quarta reconstrução consecutiva de um plantel e de uma equipa.

4 comentários:

cards disse...

caro Luis Cirilo, se dissessem a todos os vitorianos, no inicio da éppca que iam ficarem 5lugar todos axeotariam de bom grado, mas se fizessem isso em Janeiro todos considerariam um descalabro. Em Janeiro o Vitória comprou evendeu muito mal e a partir daí foi o descalabro

cards disse...

vale o que valemas de facto foi usado muito jogador http://www.zerozero.pt/noticia.php?id=155542

Francisco Guimarães disse...

Comentário ao Post Scriptum sobre RV: Isto sem contar com as semi-reestruturações dos meses de Janeiro, num ano foi a CAN, noutros foi a venda de perolas...

luis cirilo disse...

Caro cards:
Exactamente. Uma boa análise do que foi o Vitória esta época.
Só em Janeiro entre entradas e saídas movimentaram-se 22 ou 23 jogadores entre equipas A e B. Um puro erro de gestão desportiva.
Caro Francisco Guimarães:
As reaberturas de mercado tem-nos sido fatais em termos competitivos.