segunda-feira, agosto 27, 2012
Estupefacção!
Há coisas que não só não percebo como me causam a maior das estupefacções.
Uma delas é a veneração da classe politica em geral, diria que sem excepções, á jornalista Judite Sousa e aos seus programas de entrevistas políticas cuja durabilidade (repartida entre RTP e TVI) faz lembrar o extinto TV Rural!
Ao ponto de dar a impressão que ir a esse programa é uma espécie de atestado de maioridade política indispensável a quem quiser ser alguém naqueles 5 klm quadrados em redor do Terreiro do Paço.
Por outro lado causa-me ainda maior estupefacção (e preocupação é bom dizê-lo) que se use essa espécie de confessionário da classe politicamente correcta para anunciar medidas ao país que deveriam ser conhecidas de outras formas e noutros fóruns.
Como ainda agora o fez essa personagem enigmática chamada António Borges (em quem não me lembro de ter votado para cargo algum de representação politica) acerca da RTP e dos pressupostos da sua privatização.
Da qual, aliás discordo.
Porque entendo que faz todo o sentido manter um canal de serviço público e não me parece que exista espaço económico/publicitário para mais canais provados em sinal aberto.
Pois António Borges veio (em nome de quem?) dizer aos portugueses qual vai ser o futuro da RTP.
E fê-lo no menos inocente de todos os espaços políticos.
O programa de Judite Sousa.
Veremos os próximos capítulos desta novela de enredo intrincado e desfecho infelizmente previsível.
E no fim talvez se perceba porque foi aquele o emissário, aquele o lugar e aquela a “escolhida”.
Mas que a estupefacção existe lá isso existe.
Depois Falamos
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4 comentários:
Esta pequena,agora mais plastificada do que nunca, parece ter sido escolhida para veicular os dislates deste governo. E com António Borges era de esperar tudo. Só nos falta ouvi-la, um destes dias, a entrevistar o seu esposo, Fernando Seara, sobre as pretensões deste à Câmara de Lisboa, onde, como se sabe, não terá qualquer hipótese frente a António Costa. Esta Judite nunca me enganou. Desde os seus tempos imemoriais do Porto, em que era uma maria ningtuém...
Só há uma coisa que eu não compreendo:
Se a RTP já tinha atingido um ponto de equilíbrio, nada exigindo do Estado, para além da taxa audiovisual (que vai continuar a ser paga), qual é a lógica desta concessão?
Só pode ser uma lógica política (ou clientelista, como quisermos).
Mas as lógicas políticas devem ser assumidas pelo políticos eleitos, e não por funcionários principescamente pagos
Caro Anónimo:
Há privilégios incompreensiveis. O monopolio de JS nas entrevistas por exemplo
Caro cm:
Inteiramente de acordo. Mas a procissão ainda está no adro...
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