quinta-feira, agosto 30, 2012
Mercados, Mercadinhos, Mercadões
Creio existirem hoje muitos regulamentos que ao invés de defenderem o futebol apenas protegem os interesses económicos a ele ligados e aqueles que usufruem de elevados rendimentos do futebol oriundos sem jogarem ou treinarem.
Um deles tem a ver com o período em que decorrem as contratações.
Vulgo mercado!
Que ao invés do que devia acontecer e que era o período de inscrição de jogadores encerrar com o inicio dos campeonatos, como aliás foi regra durante muitos anos, permite que se façam compras e vendas até 31 de Agosto com várias jornadas já cumpridas das Ligas profissionais de futebol.
O que apenas contribui para instabilizar as equipas, lesar gravemente as planificações dos treinadores, adulterar de alguma forma a verdade competitiva das provas.
Exemplos?
Nada mais fácil.
O ano passado Elias alinhou( e marcou) pelo Atlético de Madrid contra o Vitória no play off da Liga Europa e depois transferiu-se para o Sporting.
Falcão esteve no Vitória-Porto de abertura da Liga e saiu na semana seguinte para o Atlético de Madrid.
Este ano é bem provável que Hulk, provavelmente o jogador mais decisivo a actuar em Portugal que jogou e marcou contra o Vitória no passado sábado, possa sair do FCP até final desta semana.
São alguns entre muitos exemplos possíveis a nível nacional e internacional.
Claro que esta regulamentação não defende o futebol.
Mas dá muito jeito a quem com ele, futebol, ganha dinheiro através da transferência de jogadores.
Porque aproveitam sempre a ansiedade de dirigentes e adeptos, originada por partidas em falso no inicio dos campeonatos, para apresentarem soluções milagrosas para o reforço das equipas e o retomar dos caminhos desejados.
E isso tem custos.
Nalguns casos brutais como se poderá confirmar até sexta feira noutras latitudes que a não a nacional dada a exiguidade financeira do nosso mercado.
O que apenas contribuirá para que a industria futebol dê mais um alegre passo em frente rumo ao abismo que já é tão visível!
Depois Falamos
P.S. :O Vitória também vai reforçar as suas equipas esta semana.
Mas dentro de uma lógica e de uns objectivos (leia-se jogadores) que tanto seria aplicável agora como se o mercado A tivesse fechado a 19 de Agosto e o B a 12 do mesmo mês.
Mas dada a situação financeira de todos conhecida tornou-se necessário jogar com os timings do mercado, ainda que com prejuízo da disponibilização mais atempada de reforços a Rui Vitória e Luiz Felipe, para defender os interesse do clube.
Hipocrisia sem Limite ?
Angola é um país riquíssimo.
No qual vive um povo cuja maior parte está mergulhado na extrema pobreza.
Angola tem petróleo, ouro, diamantes, agricultura e pesca fartas entre outras riquezas naturais que lhe permitem ser um dos países com maior potencial de África.
Os angolanos (a maior parte…) têm fome, doenças, epidemias, sub nutrição e falta de estruturas básicas na maior parte do território.
Angola teve uma longa guerra civil que uma vez terminada deixou os ocupantes do poder mais ricos e a generalidade do povo mais pobre e com maiores dificuldades.
Angola não é uma democracia.
Nem parece nem é.
Porque em nenhuma democracia no mundo inteiro (excepto nas monarquias que não parece ser o caso…) o presidente da república está no poder há mais de trinta anos como se fosse o dono do Estado.
Sem se preocupar, pudera, em realizar eleições livres e democráticas.
Por isso é incompreensível a tolerância, para não dizer subserviência, com que a generalidade da classe politica e da comunicação social portuguesas tratam a ditadura corrupta de Luanda como se fosse um regime exemplar a merecer elogio e admiração.
Todos sabemos que as escandalosas fortunas da oligarquia no poder, especialmente a de José Eduardo dos Santos e da filha Isabel, provém direitinha da corrupção e da apropriação em benefício próprio de enormes receitas oriundas do petróleo e dos diamantes e que deviam servir para modernizar o país e não para enriquecer os seus dirigentes.
Os grandes investimentos angolanos em Portugal, da banca aos negócios, da comunicação social ao desporto (entre muitas outras áreas) são feitos com dinheiro sujo e roubado ao povo de Angola.
A louvaminhice vergonhosa com que alguns jornais de referências e revistas mais ligeiras tratam a família presidencial angolana e em especial a filha de JES (como se se tratasse de uma qualquer estrela de Hollywood) envergonha-nos a todos e mostra bem ao nível a que chegou
a falta de vergonha neste país.
De facto o dinheiro compra (quase) tudo.
Nomeadamente jornais, jornalistas e fazedores de opinião que vendem por trinta dinheiros aquilo que não devia ter preço.
A independência, a isenção e a verdade!
Angola merece bem melhor do que a oligarquia corrupta que a governa.
Portugal, esse, merece o que tem.
Comunicação social (nem toda) fácil de comprar e políticos (nem todos) fascinados pelo dinheiro que jorra do estado angolano.
Em boa verdade estão todos muito bem uns para os outros!
Depois Falamos
terça-feira, agosto 28, 2012
Vitória e Guimarães
É um daqueles assuntos que já nem devia ser assunto!
Mas a persistência, alicerçada na ignorância e na preguiça, com que alguma comunicação social nacional (e infelizmente não só ela…) continua a chamar Guimarães ao Vitória incomoda os vitorianos e constitui uma permanente falta de respeito pelo nosso clube.
Não que não gostemos do nome Guimarães.
Pelo contrário.
É o nome da nossa Terra e nela temos imenso orgulho.
Mas o Vitória Sport Clube chama-se assim e não Guimarães.
E chamá-lo por um nome que não é o seu, ainda que sendo um nome que nos diz muito, é uma indesculpável falta de respeito.
Eu sei que há vitorianos, tão vitorianos como os outros sem dúvida, que não se incomodam e aceitam perfeitamente que chamem Guimarães ao Vitória.
São perspectivas que respeito mas de que discordo.
Porque ao chamarem-nos por um nome que não é o nosso estão a desrespeitar-nos e a menorizar-nos face aos outros clubes a quem tratam de forma correcta.
Exemplos?
Ninguém chama Funchal ao Marítimo ou ao Nacional.
Nem Matosinhos ao Leixões.
Ou Figueira da Foz à Naval.
Ou Aveiro ao Beira Mar.
Tão pouco Vila do Conde ao Rio Ave.
Ou Barcelos ao Gil Vicente.
Nem Cascais ao Estoril.
Entre outros exemplos possíveis.
Mas chamam Benfica a quem tem Lisboa no nome.
Ou Académica a quem tem Coimbra no nome.
O que só prova que quando querem sabem respeitar as entidades e trata-las pelo sua denominação e não pela da terra a que pertencem.
É uma questão que já tinha a sua gravidade quando do foro da comunicação social e da influência que ela tem na generalidade dos cidadãos.
Mas quando é a própria Liga a enganar-se no nome do clube torna-se algo de especialmente grave e que já por duas vezes mereceu enérgico protesto da direcção do clube junto da LPFP face ao engano na denominação da nossa equipa B.
A quem por incompetência pura (não há outra explicação) já por duas vezes chamaram Guimarães B!
Como se estivessem a tratar com uma qualquer estação de comboio (tipo Coimbra B!!!) e não com um clube associado do qual tem a obrigação de saber a denominação.
É matéria em que não haverá cedências!
Exigiremos sempre ser tratados pelo nosso nome.
Mas temos consciência clara de que não vamos mudar em semanas aquilo que foi má prática durante dezenas de anos (infelizmente perante a passividade quando não cooperação do próprio clube a nível de dirigentes, técnicos e jogadores) pelo que a tarefa que se põe a todos os vitorianos, não apenas aos órgãos sociais, é serem cada vez mais exigentes e intransigentes neste assunto.
E acredito que pela persistência venceremos.
Depois Falamos
Mas a persistência, alicerçada na ignorância e na preguiça, com que alguma comunicação social nacional (e infelizmente não só ela…) continua a chamar Guimarães ao Vitória incomoda os vitorianos e constitui uma permanente falta de respeito pelo nosso clube.
Não que não gostemos do nome Guimarães.
Pelo contrário.
É o nome da nossa Terra e nela temos imenso orgulho.
Mas o Vitória Sport Clube chama-se assim e não Guimarães.
E chamá-lo por um nome que não é o seu, ainda que sendo um nome que nos diz muito, é uma indesculpável falta de respeito.
Eu sei que há vitorianos, tão vitorianos como os outros sem dúvida, que não se incomodam e aceitam perfeitamente que chamem Guimarães ao Vitória.
São perspectivas que respeito mas de que discordo.
Porque ao chamarem-nos por um nome que não é o nosso estão a desrespeitar-nos e a menorizar-nos face aos outros clubes a quem tratam de forma correcta.
Exemplos?
Ninguém chama Funchal ao Marítimo ou ao Nacional.
Nem Matosinhos ao Leixões.
Ou Figueira da Foz à Naval.
Ou Aveiro ao Beira Mar.
Tão pouco Vila do Conde ao Rio Ave.
Ou Barcelos ao Gil Vicente.
Nem Cascais ao Estoril.
Entre outros exemplos possíveis.
Mas chamam Benfica a quem tem Lisboa no nome.
Ou Académica a quem tem Coimbra no nome.
O que só prova que quando querem sabem respeitar as entidades e trata-las pelo sua denominação e não pela da terra a que pertencem.
É uma questão que já tinha a sua gravidade quando do foro da comunicação social e da influência que ela tem na generalidade dos cidadãos.
Mas quando é a própria Liga a enganar-se no nome do clube torna-se algo de especialmente grave e que já por duas vezes mereceu enérgico protesto da direcção do clube junto da LPFP face ao engano na denominação da nossa equipa B.
A quem por incompetência pura (não há outra explicação) já por duas vezes chamaram Guimarães B!
Como se estivessem a tratar com uma qualquer estação de comboio (tipo Coimbra B!!!) e não com um clube associado do qual tem a obrigação de saber a denominação.
É matéria em que não haverá cedências!
Exigiremos sempre ser tratados pelo nosso nome.
Mas temos consciência clara de que não vamos mudar em semanas aquilo que foi má prática durante dezenas de anos (infelizmente perante a passividade quando não cooperação do próprio clube a nível de dirigentes, técnicos e jogadores) pelo que a tarefa que se põe a todos os vitorianos, não apenas aos órgãos sociais, é serem cada vez mais exigentes e intransigentes neste assunto.
E acredito que pela persistência venceremos.
Depois Falamos
segunda-feira, agosto 27, 2012
Estupefacção!
Há coisas que não só não percebo como me causam a maior das estupefacções.
Uma delas é a veneração da classe politica em geral, diria que sem excepções, á jornalista Judite Sousa e aos seus programas de entrevistas políticas cuja durabilidade (repartida entre RTP e TVI) faz lembrar o extinto TV Rural!
Ao ponto de dar a impressão que ir a esse programa é uma espécie de atestado de maioridade política indispensável a quem quiser ser alguém naqueles 5 klm quadrados em redor do Terreiro do Paço.
Por outro lado causa-me ainda maior estupefacção (e preocupação é bom dizê-lo) que se use essa espécie de confessionário da classe politicamente correcta para anunciar medidas ao país que deveriam ser conhecidas de outras formas e noutros fóruns.
Como ainda agora o fez essa personagem enigmática chamada António Borges (em quem não me lembro de ter votado para cargo algum de representação politica) acerca da RTP e dos pressupostos da sua privatização.
Da qual, aliás discordo.
Porque entendo que faz todo o sentido manter um canal de serviço público e não me parece que exista espaço económico/publicitário para mais canais provados em sinal aberto.
Pois António Borges veio (em nome de quem?) dizer aos portugueses qual vai ser o futuro da RTP.
E fê-lo no menos inocente de todos os espaços políticos.
O programa de Judite Sousa.
Veremos os próximos capítulos desta novela de enredo intrincado e desfecho infelizmente previsível.
E no fim talvez se perceba porque foi aquele o emissário, aquele o lugar e aquela a “escolhida”.
Mas que a estupefacção existe lá isso existe.
Depois Falamos
sexta-feira, agosto 24, 2012
Lance...Dramático.
Gosto de ciclismo.
Que não sendo das minhas modalidades favoritas proporciona, quando a alto nível (como aliás quase todos os desportos) momentos extraordinários de competição, de luta, de sofrimento e de beleza.
A beleza própria de um desporto que anda no meio das pessoas e passa á porta de casa.
Comecei a seguir a modalidade por questões de índole bairrista, como não podia deixar de ser para um vimaranense que se preze, nos longínquos anos 60 do século passado quando Guimarães através da Coelima tinha uma grande equipa de ciclismo.
Que disputava a Volta a Portugal, ganhava etapas e prémios individuais, e levava longe o nome da empresa e de Guimarães.
Recordo chegadas de etapa na pista de cinza do então estádio municipal em que os ciclistas da Coelima eram apoiados e vitoriados como se fossem do…Vitória.
Depois o próprio Vitória fez uma incursão no ciclismo, já nos anos 80, mas sem continuidade nem brilho especial acabando a secção por se extinguir.
Quiseram os ventos da História, pouco dados a sentimentalismos, que os principais clubes portugueses senhores de uma divida ao ciclismo que nunca poderão pagar em termos de divulgação das respectivas camisolas e da criação de uma massa adepta em termos nacionais, se tivessem paulatinamente retirado da modalidade passando as corridas a ser disputadas por marcas de empresa.
O que lhes retirou a paixão popular que apenas o clubismo lhes permitia.
Hoje acompanho pouco o ciclismo.
Passados os anos gloriosos de Joaquim Agostinho, Fernando Mendes, Joaquim Leite, José Martins, Firmino Bernardino, Marco Chagas, Luis Teixeira, Venceslau Fernandes, Joaquim Gomes e poucos mais em termos nacionais creio que a modalidade perdeu carisma e fulgor pese embora o interesse com que a “Volta” é seguida.
Em termos internacionais houve uma certa fase em que acompanhei com muito interesse o “Tour”, especialmente nos anos de Bernard Hinault e Miguel Indurain, mas também aí me fui desinteressando por razões várias.
Mas claro que segui com atenção a saga extraordinária de Lande Armstrong e as suas sete vitórias, com momentos de extraordinário ciclismo, um feito que considero inigualável em termos de Volta à França.
Sabe-se agora que um qualquer comité anti dopagem americano lhe retirou todos os triunfos desde 1998 (incluindo as sete míticas vitórias) por considerar que o atleta recorrera repetidamente a formas sofisticadas de dopagem que tinham influído nos seus triunfos.
Pese embora tendo sido submetido a centenas de testes anti doping nunca ter sido apanhado com um resultado positivo!
Creio que este desfecho será trágico para a modalidade.
Porque abate um dos seus maiores ídolos, porventura o melhor depois de Merckx, e comprova que existem no ciclismo formas de dopagem absolutamente indetectáveis que não permitem acreditar na transparência e verdade dos resultados no momento em que se verificam.
Porque corre-se sempre o risco de, dez anos depois, se virem a descobrir coisas que na altura se revelavam perfeitamente herméticas.
E se Lance Armstrong, um super campeão, precisou de se dopar para vencer alguém acredita que os outros a bifes e esparguete subam Pirenéus e Alpes como dizia no seu tempo Luis Ocana se não estou em erro?
Tenho pena.
Por Lance Armstrong.
Mas essencialmente pelo ciclismo.
Depois Falamos
Uma Entrevista.
Li com muita atenção uma entrevista do jogador Custódio ao jornal “O Jogo” em que toca diversos pontos da sua carreira profissional nomeadamente a passagem pelo Vitória.
Achei-a uma entrevista equilibrada e sensata.
Nomeadamente no que toca á sua saída de Guimarães.
Faço parte daqueles (porventura todos) vitorianos que ficaram legitimamente indignados pela forma acintosa como o jogador festejou o golo que marcou ao Vitória na época passada.
Nós, adeptos, não merecíamos “aquilo”.
Porque não foi pelos adeptos (que na sua esmagadora maioria sempre o acarinharam) seguramente que o jogador saiu do clube mas sim por opções técnicas e directivas de quem tinha ao tempo a legitimidade necessária para as tomar.
Por mim, digo-o com todo o á vontade, Custódio nunca teria saído do Vitória.
Mas saiu.
Teve aquela atitude infeliz a que alguns adeptos corresponderam com uma atitude ainda mais infeliz vandalizando os muros da casa do jogador.
Mas tal como Custódio na referida entrevista teve a elegância de desvalorizar esses actos de vandalismo, considerando-os ultrapassados, também os vitorianos devem seguir em frente e não enquistarem uma relação com um jogador que hoje está em Braga porque se sentia indesejado em Guimarães como o próprio referiu na entrevista.
Em toda a Europa do futebol é normal que jogadores mudem de camisola entre clubes rivais sem que isso seja motivo para dramas, e muito menos “guerras”, entre adeptos como parece ser infeliz excepção na Península ibérica.
Jogadores do Milan e do Inter (mesma cidade e mesmo estádio!) trocam de clube com alguma regularidade sem que isso seja visto como um drama.
O mesmo se passa entre os clubes de Manchester, de Liverpool, de Londres, de Munique e por aí fora.
É tempo de também em Portugal, e muito especialmente em Guimarães e Braga, se fazer um sério esforço de racionalização em torno de rivalidades que só fazem sentido circunscrevendo-se ao seu espaço natural que é o da competição desportiva.
Porque tudo que ultrapasse isso, que descambe para a violência e irracionalidade, nada tem a ver com rivalidade.
Remete directamente para manifestações de pura criminalidade a merecerem severa repressão.
Porque não há bandidos bons e bandidos maus.
Há bandidos!
Depois Falamos
Achei-a uma entrevista equilibrada e sensata.
Nomeadamente no que toca á sua saída de Guimarães.
Faço parte daqueles (porventura todos) vitorianos que ficaram legitimamente indignados pela forma acintosa como o jogador festejou o golo que marcou ao Vitória na época passada.
Nós, adeptos, não merecíamos “aquilo”.
Porque não foi pelos adeptos (que na sua esmagadora maioria sempre o acarinharam) seguramente que o jogador saiu do clube mas sim por opções técnicas e directivas de quem tinha ao tempo a legitimidade necessária para as tomar.
Por mim, digo-o com todo o á vontade, Custódio nunca teria saído do Vitória.
Mas saiu.
Teve aquela atitude infeliz a que alguns adeptos corresponderam com uma atitude ainda mais infeliz vandalizando os muros da casa do jogador.
Mas tal como Custódio na referida entrevista teve a elegância de desvalorizar esses actos de vandalismo, considerando-os ultrapassados, também os vitorianos devem seguir em frente e não enquistarem uma relação com um jogador que hoje está em Braga porque se sentia indesejado em Guimarães como o próprio referiu na entrevista.
Em toda a Europa do futebol é normal que jogadores mudem de camisola entre clubes rivais sem que isso seja motivo para dramas, e muito menos “guerras”, entre adeptos como parece ser infeliz excepção na Península ibérica.
Jogadores do Milan e do Inter (mesma cidade e mesmo estádio!) trocam de clube com alguma regularidade sem que isso seja visto como um drama.
O mesmo se passa entre os clubes de Manchester, de Liverpool, de Londres, de Munique e por aí fora.
É tempo de também em Portugal, e muito especialmente em Guimarães e Braga, se fazer um sério esforço de racionalização em torno de rivalidades que só fazem sentido circunscrevendo-se ao seu espaço natural que é o da competição desportiva.
Porque tudo que ultrapasse isso, que descambe para a violência e irracionalidade, nada tem a ver com rivalidade.
Remete directamente para manifestações de pura criminalidade a merecerem severa repressão.
Porque não há bandidos bons e bandidos maus.
Há bandidos!
Depois Falamos
terça-feira, agosto 21, 2012
É o Vitória!
As procissões ainda mal saíram do adro, é verdade, mas já é possível fazer um primeiro balanço daquilo que tem sido a coexistência dentro do Vitória de duas equipas profissionais a disputarem as duas principais Ligas do futebol português.
E a experiência não podia ser melhor.
Desde logo porque foi possível criar um espirito de grupo muito forte entre todos os jogadores ao ponto de se poder dizer, sem exagero, que no clube existe um grupo e duas equipas.
Prova disso tem sido a forma como uma dezena de elementos da equipa B já foram chamados a treinar com a equipa A e a disponibilidade com que integrantes da A tem jogado pela B, quando tal se torna necessário, sem qualquer perda de motivação ou desânimo por aquilo que outros considerariam uma despromoção.
Balneários coesos, sadios, de gente empenhada no projecto e com vontade em jogar no Vitória, compreensão pelas dificuldades do clube, é o “segredo” deste excelente início de caminho que seguramente vai dar aos vitorianos muitos momentos de satisfação ao longo da época.
E depois há mais alguns factores que ajudam.
O facto de os dois capitães de equipa (Alex e Diogo Lamelas) serem vimaranenses e vitorianos tem sido uma preciosa ajuda na forma como se tem passado a mística e o projecto para as duas equipas.
O plantel de juniores, com jovens muito prometedores, tem sido um precioso suporte da equipa B pela qual tem treinado assiduamente alguns dos seus elementos conforme previsto no projecto desportivo do futebol profissional.
A compreensão de que jogar no Vitória B é uma porta aberta para a visibilidade quer pela participação numa Liga profissional quer pela proximidade à equipa A e a possibilidade que vários deles terão de jogarem no principal escalão durante esta época ainda.
Há, pois, motivos de satisfação pela forma como as coisas tem corrido.
E a certeza, que já começa a ser reconhecida noutras latitudes (e até em clubes maiores), de que o Vitória seguiu o caminho certo na forma como reduziu orçamentos e conseguiu construir duas equipas competitivas por metade do valor de uma só equipa na época passada.
Acreditamos que muitos dos jogadores da A e da B terão um futuro radioso no futebol português, e não só, dada a sua qualidade enquanto jogadores e a sua formação enquanto homens que é um aspecto essencial na construção destas duas equipas e em contratações futuras.
Queremos bons jogadores.
Mas também homens com H grande.
E como os últimos são os primeiros é evidente que os treinadores, Rui Vitória e Luiz Felipe (e respectivas equipas técnicas), têm sido absolutamente determinantes na forma muito positiva como arrancou este projecto de “um grupo, duas equipas”.
Excelentes condutores de homens, com enorme sensibilidade para a formação onde ambos já trabalharam com sucesso reconhecido, tem sabido através de um diálogo permanente e um enorme altruísmo na hora de cederem jogadores um ao outro cimentarem em bases muito sólidas este enorme desafio desportivo a que o Vitória meteu ombros.
Acredito que o clube não podia ter sido mais feliz na escolha dos seus técnicos!
Agora há que continuar o caminho.
Sabendo que a A não ganhará o campeonato e que a B não almeja a mais, em termos classificativos, do que fazer um campeonato tranquilo.
Mas com a certeza, em relação a ambas, que o Vitória está no caminho certo!
Depois Falamos
P.S. Alguém acha possível uma fotografia como esta noutro clube com equipa B?
segunda-feira, agosto 20, 2012
Cães...
Nunca tive um cão.
Com grande pena minha, é verdade, mas ciente de que a vida em apartamentos não é a mais propicia a ter um desses animais de estimação.
Especialmente para quem, como eu, gostaria de ter um cão de razoável dimensão tipo labrador, serra da estrela ou pastor alemão (o meu preferido) porque cãezinhos pequenos não são propriamente os meus preferidos.
Mas um animal desses precisa de espaço, de ar livre, de terreno onde possa movimentar-se e não de estar confinado aos espaços permitidos por um apartamento por maior que seja.
Por isso nunca tive um cão.
Mas se tivesse jamais seria de raças claramente identificadas e conhecidas pelo perigo que representam para quem rodeia os seus habitats ou os espaços por onde se movimentam.
Porque ter um animal de estimação significa assumir uma responsabilidade sobre ele e os seus actos.
Por isso quando vejo este surto de ataques de cães perigosos (e pelo menos num dos casos com trágicas consequências) a seres humanos continuo a não perceber três coisas:
Em primeiro lugar por que razão uma pessoa normal possui um animal desses.
Em segundo lugar porque continua a ser permitida, mais que não seja por omissão, a criação e comercialização desse tipo de raças.
Em terceiro lugar porque é a Lei ainda tão permissiva para dos donos desses animais.
Se o dono de um cão que ataca pessoas (e faz parte das tais lista de raças perigosas) fosse parar de imediato à prisão após um desses ataques certamente que a vontade de possuir animais dessas raças diminuiria substancialmente.
Haja bom senso.
Depois Falamos
Com grande pena minha, é verdade, mas ciente de que a vida em apartamentos não é a mais propicia a ter um desses animais de estimação.
Especialmente para quem, como eu, gostaria de ter um cão de razoável dimensão tipo labrador, serra da estrela ou pastor alemão (o meu preferido) porque cãezinhos pequenos não são propriamente os meus preferidos.
Mas um animal desses precisa de espaço, de ar livre, de terreno onde possa movimentar-se e não de estar confinado aos espaços permitidos por um apartamento por maior que seja.
Por isso nunca tive um cão.
Mas se tivesse jamais seria de raças claramente identificadas e conhecidas pelo perigo que representam para quem rodeia os seus habitats ou os espaços por onde se movimentam.
Porque ter um animal de estimação significa assumir uma responsabilidade sobre ele e os seus actos.
Por isso quando vejo este surto de ataques de cães perigosos (e pelo menos num dos casos com trágicas consequências) a seres humanos continuo a não perceber três coisas:
Em primeiro lugar por que razão uma pessoa normal possui um animal desses.
Em segundo lugar porque continua a ser permitida, mais que não seja por omissão, a criação e comercialização desse tipo de raças.
Em terceiro lugar porque é a Lei ainda tão permissiva para dos donos desses animais.
Se o dono de um cão que ataca pessoas (e faz parte das tais lista de raças perigosas) fosse parar de imediato à prisão após um desses ataques certamente que a vontade de possuir animais dessas raças diminuiria substancialmente.
Haja bom senso.
Depois Falamos
sexta-feira, agosto 17, 2012
Novas Pides?
Sou um trabalhador sindicalizado.
Sempre fui.
Acredito na importância de um sindicalismo livre, democrático, responsável e verdadeiramente defensor de quem trabalha.
Não acredito é em alguns sindicalistas e alguns sindicatos.
Cujo conceito de sindicalismo se confunde com terrorismo e que seguem fielmente o péssimo principio de que os fins justificam os meios.
Sejam eles quais foram.
Compreendo que algumas classes profissionais, como os médicos, tradicionalmente beneficiados pelos governos nas escolhas para a gestão dos equipamentos em que trabalham (hospitais e centros de saúde) se sintam “afrontados” pelo facto de o actual governo ter optado por outros perfis para essas funções.
Eles não tem razão e o governo fez bem.
Porque os médicos, cuja formação custa muito dinheiro ao país e cuja carência (graças a um conhecido lobby que influencia os “numerus clausus” para as faculdades de medicina) é de todos conhecida, devem dedicar-se é ao exercício da sua profissão na qual tem uma utilidade extraordinária como é sabido.
É inaceitável, pois, a guerrilha que alguns sindicatos ligados á classe tem feito às opções do governo e às pessoas escolhidas para os cargos.
Que merecem, no mínimo, o benefício da dúvida.
E não merecem, certamente, a forma pidesca como têm sido tratadas em sucessivos comunicados sindicais em que os seus CV são vasculhados e se percebe a recolha de informações que deles não constam.
Ainda por cima com insinuações falsas e extrapolações sem contexto!
Não me parece que seja essa a função de um sindicato.
Andar a investigar percursos pessoais e profissionais de pessoas que com eles nada tem a ver (nem que tivessem…) para as usar como “carne para canhão” numa guerra contra o governo motivada apenas pelo despeito de privilégios perdidos.
Os médicos são absolutamente essências na Saúde como é evidente.
Mas não são donos da Saúde.
É bom que percebam isso de uma vez por todas.
Até porque se quisermos ser rigorosos temos de concluir que foi maioritariamente gerida por médicos que a Saúde chegou ao actual estado!
Depois Falamos
Sempre fui.
Acredito na importância de um sindicalismo livre, democrático, responsável e verdadeiramente defensor de quem trabalha.
Não acredito é em alguns sindicalistas e alguns sindicatos.
Cujo conceito de sindicalismo se confunde com terrorismo e que seguem fielmente o péssimo principio de que os fins justificam os meios.
Sejam eles quais foram.
Compreendo que algumas classes profissionais, como os médicos, tradicionalmente beneficiados pelos governos nas escolhas para a gestão dos equipamentos em que trabalham (hospitais e centros de saúde) se sintam “afrontados” pelo facto de o actual governo ter optado por outros perfis para essas funções.
Eles não tem razão e o governo fez bem.
Porque os médicos, cuja formação custa muito dinheiro ao país e cuja carência (graças a um conhecido lobby que influencia os “numerus clausus” para as faculdades de medicina) é de todos conhecida, devem dedicar-se é ao exercício da sua profissão na qual tem uma utilidade extraordinária como é sabido.
É inaceitável, pois, a guerrilha que alguns sindicatos ligados á classe tem feito às opções do governo e às pessoas escolhidas para os cargos.
Que merecem, no mínimo, o benefício da dúvida.
E não merecem, certamente, a forma pidesca como têm sido tratadas em sucessivos comunicados sindicais em que os seus CV são vasculhados e se percebe a recolha de informações que deles não constam.
Ainda por cima com insinuações falsas e extrapolações sem contexto!
Não me parece que seja essa a função de um sindicato.
Andar a investigar percursos pessoais e profissionais de pessoas que com eles nada tem a ver (nem que tivessem…) para as usar como “carne para canhão” numa guerra contra o governo motivada apenas pelo despeito de privilégios perdidos.
Os médicos são absolutamente essências na Saúde como é evidente.
Mas não são donos da Saúde.
É bom que percebam isso de uma vez por todas.
Até porque se quisermos ser rigorosos temos de concluir que foi maioritariamente gerida por médicos que a Saúde chegou ao actual estado!
Depois Falamos
Está tudo doido?
Com o agravar da situação económico-social de muitos portugueses, por força de uma crise que teima em não passar, era mais ou menos previsível que viéssemos a assistir em Portugal a uma radicalização das formas de contestação ao poder politico a exemplo do que se vai vendo noutros países da União Europeia.
A primeira amostra disso, muito por força dos profissionais da contestação mas não só, deu-se com a forma como presidente da república (menos) e membros do governo (mais) tem sido vaiados e até insultados em diversos pontos do país a que se deslocam.
Já sabemos que por detrás dessas manifestações estão os tais profissionais da contestação (esmagadoramente ligados á CGTP) mas seria um erro reduzir isso apenas a sindicalistas que fazem da contestação modo de vida.
Não.
Há de facto na sociedade portuguesa uma crescente onda de descontentamento, de insatisfação (raiva até) contra as condições de vida e as dificuldades que não param de aumentar e que tornam o dia-a-dia num exercício cada vez mais penoso de quase sobrevivência.
E claro que a já tão desprestigiada classe politica paga as favas de tudo isso embora esteja bem longe de ser a única responsável pela actual crise económica.
Relembrarão os menos esquecidos que foram manobras especulativas da banca americana, em volta do crédito imobiliário, que levaram a tudo isto.
Mas para o cidadão comum isso pouco interessa.
É nos governos que se centra a sua atenção e a sua exigência de uma saída para a crise.
Daí a contestação.
Que assume formas diversas, muitas delas compreensíveis e normais em democracia, mas que quando ultrapassa certas marcas resvala para a pura demência e para a criminalidade até que devem merecer severa repressão (não há que ter medo das palavras) por parte das autoridades.
O que uma auto proclamada “comissão contra as portagens na via do infante” anda a fazer pelo Algarve começa a inserir-se nesses parâmetros.
Desde logo porque quando se pagam portagens no país todo (e aqui na região norte então é um ver se te avias…) ninguém percebe por que razão no Algarve isso não devia acontecer.
Falta de alternativas?
A nacional 125 está saturada?
Experimentem um dia esses contestatários fazerem o percurso Viana do Castelo- Porto pela estrada nacional (atravessando Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia) e verão a sorte que tem lá pelo “reino dos Algarves”.
Mas nem é essa a questão.
O que está em causa é a forma como decidiram manifestar-se.
À porta das casas do Presidente da República e do primeiro-ministro, cidadãos que para além dos cargos que ocupam tem direito á sua vida privada, levando as coisas ao ponto de importunarem da forma conhecida a família de Pedro Passos Coelho quando esta se dirigia para a praia.
E aqui é tempo de dizer basta e de punir aqueles que levam a sua liberdade para além dos limites permitidos pela liberdade dos outros.
Sob pena de isto acabar mal…
Como na Grécia por exemplo.
Depois Falamos
A primeira amostra disso, muito por força dos profissionais da contestação mas não só, deu-se com a forma como presidente da república (menos) e membros do governo (mais) tem sido vaiados e até insultados em diversos pontos do país a que se deslocam.
Já sabemos que por detrás dessas manifestações estão os tais profissionais da contestação (esmagadoramente ligados á CGTP) mas seria um erro reduzir isso apenas a sindicalistas que fazem da contestação modo de vida.
Não.
Há de facto na sociedade portuguesa uma crescente onda de descontentamento, de insatisfação (raiva até) contra as condições de vida e as dificuldades que não param de aumentar e que tornam o dia-a-dia num exercício cada vez mais penoso de quase sobrevivência.
E claro que a já tão desprestigiada classe politica paga as favas de tudo isso embora esteja bem longe de ser a única responsável pela actual crise económica.
Relembrarão os menos esquecidos que foram manobras especulativas da banca americana, em volta do crédito imobiliário, que levaram a tudo isto.
Mas para o cidadão comum isso pouco interessa.
É nos governos que se centra a sua atenção e a sua exigência de uma saída para a crise.
Daí a contestação.
Que assume formas diversas, muitas delas compreensíveis e normais em democracia, mas que quando ultrapassa certas marcas resvala para a pura demência e para a criminalidade até que devem merecer severa repressão (não há que ter medo das palavras) por parte das autoridades.
O que uma auto proclamada “comissão contra as portagens na via do infante” anda a fazer pelo Algarve começa a inserir-se nesses parâmetros.
Desde logo porque quando se pagam portagens no país todo (e aqui na região norte então é um ver se te avias…) ninguém percebe por que razão no Algarve isso não devia acontecer.
Falta de alternativas?
A nacional 125 está saturada?
Experimentem um dia esses contestatários fazerem o percurso Viana do Castelo- Porto pela estrada nacional (atravessando Esposende, Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Maia) e verão a sorte que tem lá pelo “reino dos Algarves”.
Mas nem é essa a questão.
O que está em causa é a forma como decidiram manifestar-se.
À porta das casas do Presidente da República e do primeiro-ministro, cidadãos que para além dos cargos que ocupam tem direito á sua vida privada, levando as coisas ao ponto de importunarem da forma conhecida a família de Pedro Passos Coelho quando esta se dirigia para a praia.
E aqui é tempo de dizer basta e de punir aqueles que levam a sua liberdade para além dos limites permitidos pela liberdade dos outros.
Sob pena de isto acabar mal…
Como na Grécia por exemplo.
Depois Falamos
quarta-feira, agosto 15, 2012
Enfim...
Há coisas que percebo.
Que o árbitro,esbarrando numa "parede", tenha caido redondo.
Que a "parede" não entenda porque razão os árbitros alemães sejam menos resistentes que os portugueses com quem é useiro e vezeiro em comportamentos daqueles.
Que o "dono" da "parede" tenha procurado minimizar os efeitos negativos do sucedido dada a importancia da mesma na equipa.
O que não aceitarei nunca(porque perceber...percebo) é a sabujice de muitos jornalistas, cronistas e afins que no seu ridiculo afã de branquearem o que não é branqueavel,tentem desmentir o que toda a gente viu.
O jogador Luisão, capitão (ainda é ?) de equipa de uma instituição com a história e o prestigio do Benfica.agrediu um árbitro!
É lamentável mas aconteceu.
E terá de ser punido por isso.
Tudo o resto é tentar fazer de leitores e telespectadores parvos ou ignorantes.
Depois Falamos.
P.s. Honra seja feita ao director do Record, Alexandre Pais. A sua crónica de ontem é uma pedrada no charco de águas turvas em que a imprensa portuguesa mergulhou em volta deste caso.
Que o árbitro,esbarrando numa "parede", tenha caido redondo.
Que a "parede" não entenda porque razão os árbitros alemães sejam menos resistentes que os portugueses com quem é useiro e vezeiro em comportamentos daqueles.
Que o "dono" da "parede" tenha procurado minimizar os efeitos negativos do sucedido dada a importancia da mesma na equipa.
O que não aceitarei nunca(porque perceber...percebo) é a sabujice de muitos jornalistas, cronistas e afins que no seu ridiculo afã de branquearem o que não é branqueavel,tentem desmentir o que toda a gente viu.
O jogador Luisão, capitão (ainda é ?) de equipa de uma instituição com a história e o prestigio do Benfica.agrediu um árbitro!
É lamentável mas aconteceu.
E terá de ser punido por isso.
Tudo o resto é tentar fazer de leitores e telespectadores parvos ou ignorantes.
Depois Falamos.
P.s. Honra seja feita ao director do Record, Alexandre Pais. A sua crónica de ontem é uma pedrada no charco de águas turvas em que a imprensa portuguesa mergulhou em volta deste caso.
terça-feira, agosto 14, 2012
Birra Bairrista
Não passa mesmo disso certamente.
Uma mera birra bairrista.
Admito que as alterações em curso até venham as ser excelentes para a funcionalidade dos serviços, o cabal desempenho da missão, a dinamização dos espaços.
Mas o bairrismo, às vezes, é assim.
Dá para embirrar!
E eu embirrei, paciência, com a “despromoção” de que o paço dos Duques de Bragança parece ter sido alvo.
Porque anteriormente na qualidade de monumento nacional e residência oficial do presidente da República no norte (qualidade que anda muito esquecida aliás…) tinha direito a um director próprio não só do palácio como também do castelo.
Sem me querer enredar nesse mundo só ao alcance dos “iniciados” de leis, decretos-lei, portarias e afins o que percebo do diário da república (DR) é que o paço dos duques de Bragança passou a partilhar director com o museu Alberto Sampaio e o Museu de Etnologia do Porto vá-se lá saber porque.
Ao que parece, citando uma vez mais o DR, tal dever-se-á à fixação de um número máximo de “unidades orgânicas flexíveis “seja isso o que for.
Admito, e desejo, que tudo corra bem nessa na nova orgânica.
Mas lá que embirrei…isso embirrei.
Depois Falamos
Uma mera birra bairrista.
Admito que as alterações em curso até venham as ser excelentes para a funcionalidade dos serviços, o cabal desempenho da missão, a dinamização dos espaços.
Mas o bairrismo, às vezes, é assim.
Dá para embirrar!
E eu embirrei, paciência, com a “despromoção” de que o paço dos Duques de Bragança parece ter sido alvo.
Porque anteriormente na qualidade de monumento nacional e residência oficial do presidente da República no norte (qualidade que anda muito esquecida aliás…) tinha direito a um director próprio não só do palácio como também do castelo.
Sem me querer enredar nesse mundo só ao alcance dos “iniciados” de leis, decretos-lei, portarias e afins o que percebo do diário da república (DR) é que o paço dos duques de Bragança passou a partilhar director com o museu Alberto Sampaio e o Museu de Etnologia do Porto vá-se lá saber porque.
Ao que parece, citando uma vez mais o DR, tal dever-se-á à fixação de um número máximo de “unidades orgânicas flexíveis “seja isso o que for.
Admito, e desejo, que tudo corra bem nessa na nova orgânica.
Mas lá que embirrei…isso embirrei.
Depois Falamos
quinta-feira, agosto 09, 2012
Sortudo...
Há gente que tem uma sorte inexplicável.
Pelo menos à luz do que é racional.
E nem falo daqueles que por pura sorte veem sair-lhe o euro milhões ou qualquer outro desses jogos que povoam o imaginário de um número cada vez maior de portugueses.
Tão pouco daqueles que por razões que tantas vezes a razão desconhece são escolhidos para cargos e lugares com que nunca sonharam e que nem o espelho (género madrasta da Branca de Neve…) que encontram todas as manhãs alguma vez lhes tinha prometido.
Seja para administradores de empresas públicas, seja para deputados, secretários de estado ou ministros.
Não.
Refiro-me a outros “sortudos”.
Como, por exemplo, António Costa.
Que tem uma sorte de fazer inveja.
Foi ministro, foi deputado, foi líder parlamentar do PS, foi deputado europeu e, sinceramente, nunca lhe vi dotes acima da média que lhe dessem um especial destaque ou augurassem uma carreira política fulgurante.
Acontece é que as coisas vão ter com ele.
E nem me refiro, como é óbvio, à posta de bacalhau com que um dia levou à porta do museu Alberto Sampaio!
Refiro-me a outras coisas.
Como o ter-lhe caído no colo, sem esforço, a presidência da câmara municipal de Lisboa na sequência de uma série de deploráveis erros de uma anterior liderança (e não apenas do líder…) do PSD que fizeram cair uma maioria do partido no município.
Como o ter-lhe sido dado de borla um lugar de comentador na “Quadratura do Circulo”, pelos seus colegas de programa pretensamente de outras áreas políticas, e o não depreciável espaço televisivo semanal que muito o ajudou a ser reeleito presidente da câmara.
Mas tudo isso são “peanuts” à beira deste ultimo golpe de sorte.
A negociação com o Governo dos terrenos do aeroporto, e com a EPAL das condutas subterrâneas, que vão fazer entrar nos cofres do município mais de 400 milhões de euros a um ano das autárquicas!
Feito que não conseguira com o governo do seu camarada Sócrates nem Pedro Santana Lopes ou Carmona Rodrigues tinham conseguido com governos do PSD!
Isto é que é ter sorte.
Que infelizmente não se encontra em nenhum supermercado.
Dizem os entendidos, lá saberão, que só em Lojas especializadas…
Depois Falamos
Pelo menos à luz do que é racional.
E nem falo daqueles que por pura sorte veem sair-lhe o euro milhões ou qualquer outro desses jogos que povoam o imaginário de um número cada vez maior de portugueses.
Tão pouco daqueles que por razões que tantas vezes a razão desconhece são escolhidos para cargos e lugares com que nunca sonharam e que nem o espelho (género madrasta da Branca de Neve…) que encontram todas as manhãs alguma vez lhes tinha prometido.
Seja para administradores de empresas públicas, seja para deputados, secretários de estado ou ministros.
Não.
Refiro-me a outros “sortudos”.
Como, por exemplo, António Costa.
Que tem uma sorte de fazer inveja.
Foi ministro, foi deputado, foi líder parlamentar do PS, foi deputado europeu e, sinceramente, nunca lhe vi dotes acima da média que lhe dessem um especial destaque ou augurassem uma carreira política fulgurante.
Acontece é que as coisas vão ter com ele.
E nem me refiro, como é óbvio, à posta de bacalhau com que um dia levou à porta do museu Alberto Sampaio!
Refiro-me a outras coisas.
Como o ter-lhe caído no colo, sem esforço, a presidência da câmara municipal de Lisboa na sequência de uma série de deploráveis erros de uma anterior liderança (e não apenas do líder…) do PSD que fizeram cair uma maioria do partido no município.
Como o ter-lhe sido dado de borla um lugar de comentador na “Quadratura do Circulo”, pelos seus colegas de programa pretensamente de outras áreas políticas, e o não depreciável espaço televisivo semanal que muito o ajudou a ser reeleito presidente da câmara.
Mas tudo isso são “peanuts” à beira deste ultimo golpe de sorte.
A negociação com o Governo dos terrenos do aeroporto, e com a EPAL das condutas subterrâneas, que vão fazer entrar nos cofres do município mais de 400 milhões de euros a um ano das autárquicas!
Feito que não conseguira com o governo do seu camarada Sócrates nem Pedro Santana Lopes ou Carmona Rodrigues tinham conseguido com governos do PSD!
Isto é que é ter sorte.
Que infelizmente não se encontra em nenhum supermercado.
Dizem os entendidos, lá saberão, que só em Lojas especializadas…
Depois Falamos
quarta-feira, agosto 08, 2012
Números das Ligas
Publiquei este artigo no site "Top Futebol"
É um lugar-comum dizer-se que o futebol português é dominado por alguma (muita) macrocefalia do litoral em relação ao interior dado que é precisamente nessa faixa costeira que se situam grande parte das equipas profissionais dos dois principais escalões do nosso futebol.
Especialmente na I Liga.
Onde perdidas no tempo podemos encontrar algumas boas excepções como o foram o Chaves, o Académico de Viseu, o Covilhã, O Elvas, o Campomaiorense ou o Lusitano de Évora.
De todos esses apenas Sporting da Covilhã e Chaves poderão almejar a num futuro mais ou menos próximo voltarem ao primeiro escalão dado que os outros ou já não existem ou andam perdidos nas profundezas do futebol amador.
O que nos reserva a época 2012/2013 nessa matéria?
Comecemos pela primeira liga.
Que na próxima temporada estará presente em oito distritos, todos do litoral, e que são Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Faro e Funchal.
Dele tendo desaparecido, quiçá por muitos anos, um cliente habitual como o era o distrito de Leiria.
A curiosidade maior, que pessoalmente considero muito gratificante por razões geográficas e não só, prende-se com o facto de o distrito de Braga ser o que tem mais (quatro) equipas da I Liga número que não é acompanhado por mais nenhum distrito.
Lisboa (Benfica-Sporting-Estoril) e Porto (Porto-Rio Ave-Paços de Ferreira) têm três, aparecendo depois Funchal com dois (Marítimo e Nacional), completando-se o lote com um clube de Setúbal (o Vitória), um de Coimbra (a Académica) um de Aveiro (o Beira Mar) e um de Faro (o Olhanense).
Braga (Guimarães, Barcelos e Braga) e Porto (Porto, Paços de Ferreira e Vila do Conde) têm clubes de três concelhos diferentes, Lisboa de dois (Lisboa e Cascais) e os restantes de um apenas.
Completa-se o naipe com a curiosidade bem significativa (e que me agrada imenso) de Guimarães, Lisboa e Funchal serem os três únicos concelhos com duas equipas no principal escalão do nosso futebol.
Sendo que Guimarães (Vitória e Moreirense) é dos três o único que nem é capital do país nem capital de uma região autónoma!
Curiosidade que espero se mantenha por muitos e bons anos diga-se de passagem.
Destes números, entre outras, conclusões duas ilacções se podem retirar:
O maior número de clubes está a norte (9), o que não significa que o poder a norte esteja, e o interior continua lamentavelmente afastado dos grandes palcos do nosso futebol.
E quanto á II Liga?
Aí podemos considerar que o panorama é bastante melhor em termos de distribuição geográfica.
Ao contrário do que acontece na I Liga, 8 distritos e 13 concelhos representados, aqui já se encontram 10 distritos e 18 concelhos onde vão chegar os principais jogos dos campeonatos profissionais de Portugal.
Mantém-se sete em comum (desaparece Setúbal que para lá do Vitória apenas se encontra o “deserto”) com o primeiro escalão e aparecem Viseu, Castelo Branco e Ponta Delgada.
Porto com seis clubes (Porto B, Aves, Trofense, Leixões, Freamunde e Penafiel), Lisboa com quatro (Belenenses, Atlético, Sporting B e Benfica B) e Aveiro com três (Arouca, Feirense e Oliveirense) são os mais representados enquanto Braga com dois (Vitória B e Braga B) aparece a par do Funchal (União da Madeira e Marítimo B) como distritos com mais de uma equipa.
Mas nesta Liga de Honra é de saudar particularmente o “aparecimento” do interior através dos distritos de Viseu (Tondela) e Castelo Branco (Sporting da Covilhã) e dos Açores (Santa Clara) dando uma distribuição geograficamente mais equilibradas ao campeonato.
Claro que se nota a “falta” de clubes que poderiam dar outra amplitude geográfica e consonância com a História do futebol português.
Os já citados Chaves, Campomaiorense, Lusitano de Évora e Elvas, o histórico Barreirense (já para não falar da CUF), o desaparecido União de Leiria, o Farense, o União de Tomar seriam clubes cujo retorno aos campeonatos profissionais seriam certamente bem-vindos e dariam outra amplitude à realidade futebolística do país.
Mesmo levando em linha de conta que há distritos (Viana do Castelo, Bragança, Beja, Guarda) que nunca tiveram uma equipa a disputar os campeonatos profissionais quanto mais a primeira liga.
É este o futebol que temos.
A que outra macrocefalia, a da comunicação social gravitando (quantas vezes servilmente) em torno de três clubes, ajuda a manter um status quo que em nada é vantajoso para o nosso futebol e para quem defende o seu desenvolvimento de forma harmoniosa e equilibrada.
De facto, e a concluir, não custa afirmar que o luso futebol tem problemas financeiros, organizativos de qualidade e de credibilidade.
Mas o maior de todos eles é , sem duvida, o problema cultural!
E esse vai demorar gerações a resolver.
É um lugar-comum dizer-se que o futebol português é dominado por alguma (muita) macrocefalia do litoral em relação ao interior dado que é precisamente nessa faixa costeira que se situam grande parte das equipas profissionais dos dois principais escalões do nosso futebol.
Especialmente na I Liga.
Onde perdidas no tempo podemos encontrar algumas boas excepções como o foram o Chaves, o Académico de Viseu, o Covilhã, O Elvas, o Campomaiorense ou o Lusitano de Évora.
De todos esses apenas Sporting da Covilhã e Chaves poderão almejar a num futuro mais ou menos próximo voltarem ao primeiro escalão dado que os outros ou já não existem ou andam perdidos nas profundezas do futebol amador.
O que nos reserva a época 2012/2013 nessa matéria?
Comecemos pela primeira liga.
Que na próxima temporada estará presente em oito distritos, todos do litoral, e que são Braga, Porto, Aveiro, Coimbra, Lisboa, Setúbal, Faro e Funchal.
Dele tendo desaparecido, quiçá por muitos anos, um cliente habitual como o era o distrito de Leiria.
A curiosidade maior, que pessoalmente considero muito gratificante por razões geográficas e não só, prende-se com o facto de o distrito de Braga ser o que tem mais (quatro) equipas da I Liga número que não é acompanhado por mais nenhum distrito.
Lisboa (Benfica-Sporting-Estoril) e Porto (Porto-Rio Ave-Paços de Ferreira) têm três, aparecendo depois Funchal com dois (Marítimo e Nacional), completando-se o lote com um clube de Setúbal (o Vitória), um de Coimbra (a Académica) um de Aveiro (o Beira Mar) e um de Faro (o Olhanense).
Braga (Guimarães, Barcelos e Braga) e Porto (Porto, Paços de Ferreira e Vila do Conde) têm clubes de três concelhos diferentes, Lisboa de dois (Lisboa e Cascais) e os restantes de um apenas.
Completa-se o naipe com a curiosidade bem significativa (e que me agrada imenso) de Guimarães, Lisboa e Funchal serem os três únicos concelhos com duas equipas no principal escalão do nosso futebol.
Sendo que Guimarães (Vitória e Moreirense) é dos três o único que nem é capital do país nem capital de uma região autónoma!
Curiosidade que espero se mantenha por muitos e bons anos diga-se de passagem.
Destes números, entre outras, conclusões duas ilacções se podem retirar:
O maior número de clubes está a norte (9), o que não significa que o poder a norte esteja, e o interior continua lamentavelmente afastado dos grandes palcos do nosso futebol.
E quanto á II Liga?
Aí podemos considerar que o panorama é bastante melhor em termos de distribuição geográfica.
Ao contrário do que acontece na I Liga, 8 distritos e 13 concelhos representados, aqui já se encontram 10 distritos e 18 concelhos onde vão chegar os principais jogos dos campeonatos profissionais de Portugal.
Mantém-se sete em comum (desaparece Setúbal que para lá do Vitória apenas se encontra o “deserto”) com o primeiro escalão e aparecem Viseu, Castelo Branco e Ponta Delgada.
Porto com seis clubes (Porto B, Aves, Trofense, Leixões, Freamunde e Penafiel), Lisboa com quatro (Belenenses, Atlético, Sporting B e Benfica B) e Aveiro com três (Arouca, Feirense e Oliveirense) são os mais representados enquanto Braga com dois (Vitória B e Braga B) aparece a par do Funchal (União da Madeira e Marítimo B) como distritos com mais de uma equipa.
Mas nesta Liga de Honra é de saudar particularmente o “aparecimento” do interior através dos distritos de Viseu (Tondela) e Castelo Branco (Sporting da Covilhã) e dos Açores (Santa Clara) dando uma distribuição geograficamente mais equilibradas ao campeonato.
Claro que se nota a “falta” de clubes que poderiam dar outra amplitude geográfica e consonância com a História do futebol português.
Os já citados Chaves, Campomaiorense, Lusitano de Évora e Elvas, o histórico Barreirense (já para não falar da CUF), o desaparecido União de Leiria, o Farense, o União de Tomar seriam clubes cujo retorno aos campeonatos profissionais seriam certamente bem-vindos e dariam outra amplitude à realidade futebolística do país.
Mesmo levando em linha de conta que há distritos (Viana do Castelo, Bragança, Beja, Guarda) que nunca tiveram uma equipa a disputar os campeonatos profissionais quanto mais a primeira liga.
É este o futebol que temos.
A que outra macrocefalia, a da comunicação social gravitando (quantas vezes servilmente) em torno de três clubes, ajuda a manter um status quo que em nada é vantajoso para o nosso futebol e para quem defende o seu desenvolvimento de forma harmoniosa e equilibrada.
De facto, e a concluir, não custa afirmar que o luso futebol tem problemas financeiros, organizativos de qualidade e de credibilidade.
Mas o maior de todos eles é , sem duvida, o problema cultural!
E esse vai demorar gerações a resolver.
TAP
A privatização da TAP , depois de muitos anos de serviço bom (embora dispendioso) serviço público, é uma operação compreensível dentro de alguns parâmetros mas extremamente preocupante noutros.
O negócio do transporte aéreo de pessoas e mercadorias tem sofrido nos últimos anos profunda alterações que levaram ao encerramento de companhias, á fusão de outras na óptica da rentabilidade, ao aparecimento de fenómenos como os voos “low coast” que “democratizaram” o fenómeno das viagens por avião.
Companhias tradicionais de bandeira, como a Swissair ou a Sabena, desapareceram através de fusões com outras economicamente mais fortes e grandes empresas privadas, como a Pan Am, encerraram portas pura e simplesmente.
Acontece que, do meu ponto de vista de leigo na matéria, passam melhor a Suíça e a Bélgica sem as suas companhias aéreas do que Portugal sem a TAP.
Pela simples razão de que a TAP é muito mais do que apenas uma companhia aérea.
E nem vale a pena falar de questões ligadas ao tradicionalismo (a propósito custa a perceber o encerramento da rota de Joanesburgo ao fim de mais de 50 anos de voos regulares para aquele destino) de que a companhia se reveste ou do significado que tem para o país ter uma companhia de bandeira.
A importância da TAP é outra.
A que está ligada ao facto de a companhia permitir a Portugal uma posição charneira no transporte aéreo para Angola e para o Brasil (o Atlântico Sul) duas potências emergentes que tornam o negócio extremamente apetecível para qualquer empresa aérea.
E que reforça a posição de Portugal na ligação entre Europa – África- América do Sul.
E é precisamente esse papel que Portugal vem desempenhando, um dos poucos de relevo que lhe restam no panorama internacional, que me parece poder ser gravemente prejudicado se a TAP passar para mãos estrangeiras que rapidamente poderão subalternizar o papel de Portugal nessa charneira e transferi-lo para Madrid ou outro grande centro europeu.
Eu já sei que se a privatização for avante aparecerá um ministro, quiçá o próprio primeiro-ministro, a garantir que a posição de Lisboa como placa giratória essencial nessas ligações não será prejudicada e até será condição essencial do caderno de encargos a quem quiser comprar.
Perdoem-me a modéstia do exemplo mas bem me lembro do que governos do PS, do PSD e PS/PSD prometeram a populações servidas por vias férreas quando decidiram encerrá-las.
Tudo lhes garantiram em termos de manutenção dos transportes.
Em tudo falharam!
O meu receio é que a história se repita.
Depois Falamos
O negócio do transporte aéreo de pessoas e mercadorias tem sofrido nos últimos anos profunda alterações que levaram ao encerramento de companhias, á fusão de outras na óptica da rentabilidade, ao aparecimento de fenómenos como os voos “low coast” que “democratizaram” o fenómeno das viagens por avião.
Companhias tradicionais de bandeira, como a Swissair ou a Sabena, desapareceram através de fusões com outras economicamente mais fortes e grandes empresas privadas, como a Pan Am, encerraram portas pura e simplesmente.
Acontece que, do meu ponto de vista de leigo na matéria, passam melhor a Suíça e a Bélgica sem as suas companhias aéreas do que Portugal sem a TAP.
Pela simples razão de que a TAP é muito mais do que apenas uma companhia aérea.
E nem vale a pena falar de questões ligadas ao tradicionalismo (a propósito custa a perceber o encerramento da rota de Joanesburgo ao fim de mais de 50 anos de voos regulares para aquele destino) de que a companhia se reveste ou do significado que tem para o país ter uma companhia de bandeira.
A importância da TAP é outra.
A que está ligada ao facto de a companhia permitir a Portugal uma posição charneira no transporte aéreo para Angola e para o Brasil (o Atlântico Sul) duas potências emergentes que tornam o negócio extremamente apetecível para qualquer empresa aérea.
E que reforça a posição de Portugal na ligação entre Europa – África- América do Sul.
E é precisamente esse papel que Portugal vem desempenhando, um dos poucos de relevo que lhe restam no panorama internacional, que me parece poder ser gravemente prejudicado se a TAP passar para mãos estrangeiras que rapidamente poderão subalternizar o papel de Portugal nessa charneira e transferi-lo para Madrid ou outro grande centro europeu.
Eu já sei que se a privatização for avante aparecerá um ministro, quiçá o próprio primeiro-ministro, a garantir que a posição de Lisboa como placa giratória essencial nessas ligações não será prejudicada e até será condição essencial do caderno de encargos a quem quiser comprar.
Perdoem-me a modéstia do exemplo mas bem me lembro do que governos do PS, do PSD e PS/PSD prometeram a populações servidas por vias férreas quando decidiram encerrá-las.
Tudo lhes garantiram em termos de manutenção dos transportes.
Em tudo falharam!
O meu receio é que a história se repita.
Depois Falamos
terça-feira, agosto 07, 2012
O Melhor de Sempre?
Vivemos numa sociedade competitiva.
Em que parece importante definir a cada momento quem é o melhor, o mais capaz, o mais bem sucedido.
É um tipo de competição típico de várias sociedades e culturas, como a nossa, e que atinge os seus cidadãos desde a mais tenra infância em que às vezes parece ser importante quem é o melhor aluno do infantário!
No desporto então, muito por força de influências várias que vão de clubes a empresários passando por marcas de artigos desportivos e jornais, é uma permanente competição para apurar perante o público quem é o melhor.
Seja da sua rua seja dos Jogos Olímpicos!
E nem vale a pena falar dos “duelos” Ronaldo/Messi de hoje porque disso já andamos (quase) todos mais ou menos fartos.
Mas falemos de Olimpíadas.
E da recente “eleição” de Michael Phelps como o melhor atleta olímpico de sempre.
Sinceramente não sei se concorde se discorde.
Porque concordar é fácil.
22 medalhas olímpicas é um feito extraordinário, e seguramente inigualável durante muitos anos, que garante ao atleta um lugar na História do desporto mundial.
Diria até no Olimpo do desporto!
Mas (e o “mas” aqui não é objeccção) obtidas numa modalidade que lhe permite disputar um enorme número de provas o que não lhe retirando nada no mérito (bem pelo contrário) lhe aumenta as possibilidades de êxitos.
E por isso inviabiliza comparações com atletas que disputam “apenas” uma ou duas provas.
Por isso entendo que nesta matéria eleger o melhor é impossível.
Porque recordo nomes de lenda.
Jess Owens, Emile Zatopek, Carl Lewis, Nadia Comaneci, Daley Thompson, Mohamed Ali, Sergei Bubka, Edwin Moses, Teófilo Stevenson, Paavo Nurmi entre outros.
Qualquer um deles a poder reclamar um lugar de topo na hierarquia olímpica.
Não, não sei se Michael Phelps é o melhor de sempre.
Sei,isso sim, que é um enorme privilégio poder vê-lo competir.
E em boa verdade é isso que importa.
Depois Falamos
Em que parece importante definir a cada momento quem é o melhor, o mais capaz, o mais bem sucedido.
É um tipo de competição típico de várias sociedades e culturas, como a nossa, e que atinge os seus cidadãos desde a mais tenra infância em que às vezes parece ser importante quem é o melhor aluno do infantário!
No desporto então, muito por força de influências várias que vão de clubes a empresários passando por marcas de artigos desportivos e jornais, é uma permanente competição para apurar perante o público quem é o melhor.
Seja da sua rua seja dos Jogos Olímpicos!
E nem vale a pena falar dos “duelos” Ronaldo/Messi de hoje porque disso já andamos (quase) todos mais ou menos fartos.
Mas falemos de Olimpíadas.
E da recente “eleição” de Michael Phelps como o melhor atleta olímpico de sempre.
Sinceramente não sei se concorde se discorde.
Porque concordar é fácil.
22 medalhas olímpicas é um feito extraordinário, e seguramente inigualável durante muitos anos, que garante ao atleta um lugar na História do desporto mundial.
Diria até no Olimpo do desporto!
Mas (e o “mas” aqui não é objeccção) obtidas numa modalidade que lhe permite disputar um enorme número de provas o que não lhe retirando nada no mérito (bem pelo contrário) lhe aumenta as possibilidades de êxitos.
E por isso inviabiliza comparações com atletas que disputam “apenas” uma ou duas provas.
Por isso entendo que nesta matéria eleger o melhor é impossível.
Porque recordo nomes de lenda.
Jess Owens, Emile Zatopek, Carl Lewis, Nadia Comaneci, Daley Thompson, Mohamed Ali, Sergei Bubka, Edwin Moses, Teófilo Stevenson, Paavo Nurmi entre outros.
Qualquer um deles a poder reclamar um lugar de topo na hierarquia olímpica.
Não, não sei se Michael Phelps é o melhor de sempre.
Sei,isso sim, que é um enorme privilégio poder vê-lo competir.
E em boa verdade é isso que importa.
Depois Falamos
Cinema...
Gosto verdadeiramente de ir ao cinema.
Sempre gostei.
Desde a meia dúzia de anos de vida que me habituei a frequentar as salas de cinema que são o único lugar onde se pode apreciar verdadeiramente toda a dimensão dos filmes.
Quem já tiver visto em cinema e na televisão filmes como “A Guerra das Estrelas” (qualquer um dos seis da saga), “Apocalypsis Now”” ou “África Minha”, para citar apenas três exemplos, perceberá bem o que estou a dizer face á diferença abissal entre as duas hipóteses.
Teatro Jordão e cinema S. Mamede em Guimarães ou Cine teatro Garrett e Póvoa Cine na Póvoa de Varzim (durante as férias) eram salas que frequentava regularmente e nas quais vi filmes absolutamente fantásticos que recordarei pela vida fora.
Hoje as salas de cinema, a qualidade dos filmes, o som, os ecrãs em que são projectados são muitíssimo melhores e permitem ver cinema com uma qualidade que não existia no passado mas que não obstava a que existisse um enorme entusiasmo pela 7ª Arte.
Paradoxalmente hoje vou menos ao cinema.
Por falta de tempo, é verdade, mas por outra razão também.
A “fauna” que hoje infesta muitas salas e que torna a ida ao cinema numa imprevisibilidade que não me agrada e me faz pensar várias vezes antes de tomar a decisão de ir.
Gente de várias idades mas com um ponto em comum que os torna verdadeiramente indesejáveis.
A falta de educação e a absoluta incapacidade de respeitarem os direitos dos outros.
Que numa sala de cinema são tão só o direito de ver um filme em sossego absoluto de molde a poder disfrutar em pleno do espectáculo.
Uns falam alto durante o filme com a companhia do lado.
Outros fazem comentários em voz alta como se os restantes espectadores fossem uns acéfalos que precisassem que o filme lhes fosse explicado.
Outros ainda acham-se no direito de falarem ao telemóvel ou mandarem SMS numa impossibilidade absoluta de irem ao cinema apenas para verem um filme.
Meses atrás vi um filme, já não recordo qual, em que um grunho sentado na fila a seguir à minha passou mais de metade do filme a mandar SMS. Que terá o idiota ido fazer ao cinema?
E depois há as pipocas e os pipoqueiros.
Esse hábito maldito de ir para o cinema comer e beber.
Em que para além do desagradável ruído das ditas pipocas a serem remexidas no balde se junta, quantas vezes, a forma ruminante como alguns as comem fazendo gala de que os desgraçados em volta se apercebam bem do que estão a fazer.
De facto ir ao cinema hoje, para além do preço dos bilhetes ser pouco convidativo, obriga a um exercício de pura sorte.
Que é a de ter ou não na sala gente que está lá apenas e só para ver o filme.
Depois Falamos
Sempre gostei.
Desde a meia dúzia de anos de vida que me habituei a frequentar as salas de cinema que são o único lugar onde se pode apreciar verdadeiramente toda a dimensão dos filmes.
Quem já tiver visto em cinema e na televisão filmes como “A Guerra das Estrelas” (qualquer um dos seis da saga), “Apocalypsis Now”” ou “África Minha”, para citar apenas três exemplos, perceberá bem o que estou a dizer face á diferença abissal entre as duas hipóteses.
Teatro Jordão e cinema S. Mamede em Guimarães ou Cine teatro Garrett e Póvoa Cine na Póvoa de Varzim (durante as férias) eram salas que frequentava regularmente e nas quais vi filmes absolutamente fantásticos que recordarei pela vida fora.
Hoje as salas de cinema, a qualidade dos filmes, o som, os ecrãs em que são projectados são muitíssimo melhores e permitem ver cinema com uma qualidade que não existia no passado mas que não obstava a que existisse um enorme entusiasmo pela 7ª Arte.
Paradoxalmente hoje vou menos ao cinema.
Por falta de tempo, é verdade, mas por outra razão também.
A “fauna” que hoje infesta muitas salas e que torna a ida ao cinema numa imprevisibilidade que não me agrada e me faz pensar várias vezes antes de tomar a decisão de ir.
Gente de várias idades mas com um ponto em comum que os torna verdadeiramente indesejáveis.
A falta de educação e a absoluta incapacidade de respeitarem os direitos dos outros.
Que numa sala de cinema são tão só o direito de ver um filme em sossego absoluto de molde a poder disfrutar em pleno do espectáculo.
Uns falam alto durante o filme com a companhia do lado.
Outros fazem comentários em voz alta como se os restantes espectadores fossem uns acéfalos que precisassem que o filme lhes fosse explicado.
Outros ainda acham-se no direito de falarem ao telemóvel ou mandarem SMS numa impossibilidade absoluta de irem ao cinema apenas para verem um filme.
Meses atrás vi um filme, já não recordo qual, em que um grunho sentado na fila a seguir à minha passou mais de metade do filme a mandar SMS. Que terá o idiota ido fazer ao cinema?
E depois há as pipocas e os pipoqueiros.
Esse hábito maldito de ir para o cinema comer e beber.
Em que para além do desagradável ruído das ditas pipocas a serem remexidas no balde se junta, quantas vezes, a forma ruminante como alguns as comem fazendo gala de que os desgraçados em volta se apercebam bem do que estão a fazer.
De facto ir ao cinema hoje, para além do preço dos bilhetes ser pouco convidativo, obriga a um exercício de pura sorte.
Que é a de ter ou não na sala gente que está lá apenas e só para ver o filme.
Depois Falamos
segunda-feira, agosto 06, 2012
"Tea Party" do Pontal
Sou dos muitos que acredita no PSD como um grande partido popular e democrático, interclassista e transversal a toda a sociedade portuguesa.
Um partido genuinamente social-democrata.
Na prática politica, na ideologia económica e social, na concepção de sociedade que defende.
Um partido de enorme implantação autárquica (de há muito o partido que lidera mais autarquias), um partido de trabalhadores, de profissões liberais, de empresários, de professores, de jovens.
Um partido como este não pode ter medo á rua.
Nem deixá-la “abandonada” para a esquerda mais ou menos folclórica, para os sindicatos profissionais da contestação a todos os governos, para as manifestações de vários grupos organizados no insulto e na provocação.
O PSD, desde o tempo bem difícil do PPD, foi sempre um partido que soube estar na rua, junto do povo, na defesa das suas causas.
Fosse no poder fosse na oposição.
Daí a existência de pelo menos dois momentos por ano em que o PSD vinha para a rua.
O “Chão da Lagoa” na Madeira e a Festa do Pontal no Algarve.
Esta ultima herdada dos tempos de Sá Carneiro (ainda realizada nos arredores de Faro) e que se mantém bem viva muito por força da persistência do PSD /Algarve e da saudável teimosia do José Mendes Bota que não a deixou acabar mesmo em tempos em que o partido teve líderes que fugiam dela como o diabo da cruz!
Este ano, por razões que não conheço mas que também considero irrelevantes porque inaceitáveis sejam quais forem, o PSD resolveu “fugir” da rua e encafuar-se num hotel de quatro estrelas!
No conforto das instalações hoteleiras, quiçá com ar condicionado que abrigue da maçada do calor estival, longe de eventuais tentativas de contestação organizada pelos tais profissionais da arruaça mas mais longe ainda do povo.
E sem povo não há festa.
Nem PSD!
Porque o povo do PSD é o povo das bifanas e das cervejolas, da musica popular e do convivo entre todos, do saudável interclassismo que é a nossa marca genética.
Pode ser “podre de chique” (como diria o inefável Dâmaso Salcede de “Os Maias”) ir para um hotel com os cavalheiros a beberem o seu gin tonic e a debicarem um croquetezinho enquanto as senhores bebem chá e comem scones, mas convém não esquecer que as eleições se ganham é com a malta das bifanas e das cervejolas.
E essa gosta pouco, muito pouco, de se ver cada vez mais posta de lado em detrimento dessas elitezinhas que às vezes nem o próprio voto valem.
Exagero?
Talvez.
Mas daqui a um ano se verá…
Depois Falamos
Um partido genuinamente social-democrata.
Na prática politica, na ideologia económica e social, na concepção de sociedade que defende.
Um partido de enorme implantação autárquica (de há muito o partido que lidera mais autarquias), um partido de trabalhadores, de profissões liberais, de empresários, de professores, de jovens.
Um partido como este não pode ter medo á rua.
Nem deixá-la “abandonada” para a esquerda mais ou menos folclórica, para os sindicatos profissionais da contestação a todos os governos, para as manifestações de vários grupos organizados no insulto e na provocação.
O PSD, desde o tempo bem difícil do PPD, foi sempre um partido que soube estar na rua, junto do povo, na defesa das suas causas.
Fosse no poder fosse na oposição.
Daí a existência de pelo menos dois momentos por ano em que o PSD vinha para a rua.
O “Chão da Lagoa” na Madeira e a Festa do Pontal no Algarve.
Esta ultima herdada dos tempos de Sá Carneiro (ainda realizada nos arredores de Faro) e que se mantém bem viva muito por força da persistência do PSD /Algarve e da saudável teimosia do José Mendes Bota que não a deixou acabar mesmo em tempos em que o partido teve líderes que fugiam dela como o diabo da cruz!
Este ano, por razões que não conheço mas que também considero irrelevantes porque inaceitáveis sejam quais forem, o PSD resolveu “fugir” da rua e encafuar-se num hotel de quatro estrelas!
No conforto das instalações hoteleiras, quiçá com ar condicionado que abrigue da maçada do calor estival, longe de eventuais tentativas de contestação organizada pelos tais profissionais da arruaça mas mais longe ainda do povo.
E sem povo não há festa.
Nem PSD!
Porque o povo do PSD é o povo das bifanas e das cervejolas, da musica popular e do convivo entre todos, do saudável interclassismo que é a nossa marca genética.
Pode ser “podre de chique” (como diria o inefável Dâmaso Salcede de “Os Maias”) ir para um hotel com os cavalheiros a beberem o seu gin tonic e a debicarem um croquetezinho enquanto as senhores bebem chá e comem scones, mas convém não esquecer que as eleições se ganham é com a malta das bifanas e das cervejolas.
E essa gosta pouco, muito pouco, de se ver cada vez mais posta de lado em detrimento dessas elitezinhas que às vezes nem o próprio voto valem.
Exagero?
Talvez.
Mas daqui a um ano se verá…
Depois Falamos
quinta-feira, agosto 02, 2012
Vamos Acreditar
Publiquei este artigo na edição de hoje do "Povo de Guimarães"
Ao sabor de um passar inexorável do tempo está à porta uma nova época desportiva para o Vitória Sport Clube.
Depois daquele que terá sido um dos defesos mais difíceis de sempre, por força da imensidão e complexidade dos problemas que foi necessário enfrentar para impedir o encerramento do clube, vai sendo tempo de as atenções se concentrarem naquilo que é o verdadeiro cerne de uma instituição como a nossa.
A competição desportiva.
Sem esquecer contudo, até pela influência que tem na constituição das diversas equipas, que os problemas financeiros estão longe de estarem completamente resolvidos e que o Vitória vai ter de viver alguns anos de profundo rigor orçamental para poder sair desta situação.
Hoje , aprovado o PEC e com isso ultrapassada uma questão delicadíssima que punha tudo em causa (a inscrição das equipas na Liga), renegociadas dividas, feitos acordos com fornecedores entre muitos oputros actos de gestão qual é o balanço que pode ser feito da actual situação do clube e das perspectivas de futuro?
Creio que a principal referência dos tempos que correm, e que vale bem a pena salientar porque essencial à construção do futuro, é a comprensão pelos associados dos problemas do clube e a sua consequente solidariedade com a direcção na tomada de medidas difíceis para todos.
Foi assim no voto que permitiu a prestação de garantias ao Estado para aprovação do PEC assim foi na forma como aceitaram e apoiaram a redução drástica do orçamento do clube sabendo que isso implicava um menor investimento na componente desportiva.
Depois apraz-me salientar, embora sem surpresa, a solidariedade e comunhão de esforços entre os órgãos sociais irmanados numa necessidade comummente assumida de trabalharem em uníssono para a salvação do clube.
Sem contudo, e que isso fique bem claro, existir qualquer alienação de competências ou transigência nas funções de que cada um está imbuído.
Nas modalidades que permitem fazer do ecletismo uma imagem de marca do clube, severamente “castigadas” com problemas financeiros de que não foram responsáveis mas que sofreram na pele de forma brutal, foi possível garantir a continuidade de todas e a formação de equipas capazes de representarem condignamente o clube e fazerem campeonatos equilibrados e dentro das nossas possibilidades financeiras.
Especialmente no basquetebol e voleibol, aquelas que exigem mais recursos mas também as que proporcionam a prática desportiva a mais jovens praticantes, foi alcançado o objectivo de manter ambas em funcionamento e disputando os campeonatos de que já faziam parte na época transacta.
Foi a primeira grande vitória, do Vitória, na época desportiva que agora começa!
E no futebol?
Na formação, “fábrica “ dos talentos que garantirão a nossa estabilidade financeira e desportiva, procedeu-se a uma reorganização ponderada mantendo o que era de manter e mudando o que era de mudar.
Reforçando claramente o vitorianismo da estrutura.
Directiva e técnica.
E , onde a bola pincha, no futebol profissional?
Reduzindo o orçamento para metade, á custa de actos de gestão de todos conhecidos, foi possível constituir duas equipas para disputarem os dois principais campeonatos do nosso futebol.
A equipa A, na Liga Sagres, com uma equipa renovada e rejuvenescida vai certamente fazer um campeonato dentro dos melhores pergaminhos do clube e lutar jogo a jogo pelos três pontos.
Não teremos os nomes da época passada mas teremos, seguramente, um grupo de trabalho coeso, competitivo e solidário.
As contas far-se-ão no fim.
A equipa B, estreia absoluta no clube, será constituída na sua enorme maioria por futebolistas formados no Vitória, portadores do nosso ADN, a que se juntarão alguns reforços criteriosamente escolhidos.
Uma equipa jovem, ambiciosa, com orgulho na camisola que veste e merecedora de um apoio sem reservas desde o primeiro minuto do primeiro jogo.
Por ali, por aqueles “miúdos” passa muito do futuro do nosso clube.
Uma palavra final, mas merecida, para a hierarquia do nosso futebol profissional.
Flávio Meireles, o director do futebol, é um homem da casa e que conhece os cantos à…casa.
Tem todas as condições para impor um novo paradigma no futebol vitoriano.
Pelos conhecimentos, pelo exemplo, pela prática.
Rui Vitória e Luiz Felipe são exactamente os treinadores que o clube queria ter nesta nova fase da sua vida.
Renovar com o primeiro foi uma opção assumida pela actual direcção ainda em campanha eleitoral. É o homem certo no lugar certo e é com absoluta tranquilidade que afirmo que o Vitória não o trocaria por nenhum treinador das equipas que connosco vão disputar a liga Sagres.
Luiz Felipe é um homem da casa com obra feita na formação.
Primeira e única opção para treinar a equipa B.
Ninguém como ele para tirar “tudo” de jovens que ajudou a moldar como praticantes.
Finalmente um destaque merecido para Alex e Diogo Lamelas.
Os nossos capitães de equipa.
Dois homens do Vitória, profundamente vitorianos, que serão orgulhosos portadores da nossa mística no balneário e os primeiros a exigirem dos seus colegas que deêm tudo pelo clube.
Sinceramente creio que há razões para os vitorianos acreditarem.
E unindo-se em volta das nossas equipas, interiorizando que tem um papel essencial no presente e no futuro do clube, creio que todos juntos construiremos um Vitória cada vez maior e cada vez melhor!
Ao sabor de um passar inexorável do tempo está à porta uma nova época desportiva para o Vitória Sport Clube.
Depois daquele que terá sido um dos defesos mais difíceis de sempre, por força da imensidão e complexidade dos problemas que foi necessário enfrentar para impedir o encerramento do clube, vai sendo tempo de as atenções se concentrarem naquilo que é o verdadeiro cerne de uma instituição como a nossa.
A competição desportiva.
Sem esquecer contudo, até pela influência que tem na constituição das diversas equipas, que os problemas financeiros estão longe de estarem completamente resolvidos e que o Vitória vai ter de viver alguns anos de profundo rigor orçamental para poder sair desta situação.
Hoje , aprovado o PEC e com isso ultrapassada uma questão delicadíssima que punha tudo em causa (a inscrição das equipas na Liga), renegociadas dividas, feitos acordos com fornecedores entre muitos oputros actos de gestão qual é o balanço que pode ser feito da actual situação do clube e das perspectivas de futuro?
Creio que a principal referência dos tempos que correm, e que vale bem a pena salientar porque essencial à construção do futuro, é a comprensão pelos associados dos problemas do clube e a sua consequente solidariedade com a direcção na tomada de medidas difíceis para todos.
Foi assim no voto que permitiu a prestação de garantias ao Estado para aprovação do PEC assim foi na forma como aceitaram e apoiaram a redução drástica do orçamento do clube sabendo que isso implicava um menor investimento na componente desportiva.
Depois apraz-me salientar, embora sem surpresa, a solidariedade e comunhão de esforços entre os órgãos sociais irmanados numa necessidade comummente assumida de trabalharem em uníssono para a salvação do clube.
Sem contudo, e que isso fique bem claro, existir qualquer alienação de competências ou transigência nas funções de que cada um está imbuído.
Nas modalidades que permitem fazer do ecletismo uma imagem de marca do clube, severamente “castigadas” com problemas financeiros de que não foram responsáveis mas que sofreram na pele de forma brutal, foi possível garantir a continuidade de todas e a formação de equipas capazes de representarem condignamente o clube e fazerem campeonatos equilibrados e dentro das nossas possibilidades financeiras.
Especialmente no basquetebol e voleibol, aquelas que exigem mais recursos mas também as que proporcionam a prática desportiva a mais jovens praticantes, foi alcançado o objectivo de manter ambas em funcionamento e disputando os campeonatos de que já faziam parte na época transacta.
Foi a primeira grande vitória, do Vitória, na época desportiva que agora começa!
E no futebol?
Na formação, “fábrica “ dos talentos que garantirão a nossa estabilidade financeira e desportiva, procedeu-se a uma reorganização ponderada mantendo o que era de manter e mudando o que era de mudar.
Reforçando claramente o vitorianismo da estrutura.
Directiva e técnica.
E , onde a bola pincha, no futebol profissional?
Reduzindo o orçamento para metade, á custa de actos de gestão de todos conhecidos, foi possível constituir duas equipas para disputarem os dois principais campeonatos do nosso futebol.
A equipa A, na Liga Sagres, com uma equipa renovada e rejuvenescida vai certamente fazer um campeonato dentro dos melhores pergaminhos do clube e lutar jogo a jogo pelos três pontos.
Não teremos os nomes da época passada mas teremos, seguramente, um grupo de trabalho coeso, competitivo e solidário.
As contas far-se-ão no fim.
A equipa B, estreia absoluta no clube, será constituída na sua enorme maioria por futebolistas formados no Vitória, portadores do nosso ADN, a que se juntarão alguns reforços criteriosamente escolhidos.
Uma equipa jovem, ambiciosa, com orgulho na camisola que veste e merecedora de um apoio sem reservas desde o primeiro minuto do primeiro jogo.
Por ali, por aqueles “miúdos” passa muito do futuro do nosso clube.
Uma palavra final, mas merecida, para a hierarquia do nosso futebol profissional.
Flávio Meireles, o director do futebol, é um homem da casa e que conhece os cantos à…casa.
Tem todas as condições para impor um novo paradigma no futebol vitoriano.
Pelos conhecimentos, pelo exemplo, pela prática.
Rui Vitória e Luiz Felipe são exactamente os treinadores que o clube queria ter nesta nova fase da sua vida.
Renovar com o primeiro foi uma opção assumida pela actual direcção ainda em campanha eleitoral. É o homem certo no lugar certo e é com absoluta tranquilidade que afirmo que o Vitória não o trocaria por nenhum treinador das equipas que connosco vão disputar a liga Sagres.
Luiz Felipe é um homem da casa com obra feita na formação.
Primeira e única opção para treinar a equipa B.
Ninguém como ele para tirar “tudo” de jovens que ajudou a moldar como praticantes.
Finalmente um destaque merecido para Alex e Diogo Lamelas.
Os nossos capitães de equipa.
Dois homens do Vitória, profundamente vitorianos, que serão orgulhosos portadores da nossa mística no balneário e os primeiros a exigirem dos seus colegas que deêm tudo pelo clube.
Sinceramente creio que há razões para os vitorianos acreditarem.
E unindo-se em volta das nossas equipas, interiorizando que tem um papel essencial no presente e no futuro do clube, creio que todos juntos construiremos um Vitória cada vez maior e cada vez melhor!
Eurico de Melo
Eurico de Melo, ontem desaparacido do mundo dos vivos que não da memória dos homens, foi um grande Senhor.
Como cidadão, como político, como governante.
Conheci-o, muitos muitos anos atrás, era eu um jovem militante da JSD e ele um dos fundadores da secção de Guimães do PSD onde militou muitos anos antes de se transferir para Santo Tirso.
Acompanhei a sua carreira politica.
Dirigente de secção, dirigente distrital, dirigente nacional do PSD.
Deputado municipal em Guimarães e em Santo Tirso, deputado á Assembleia da República, deputado ao Parlamento Europeu encabeçando a lista do PSD.
Primeiro governador civil do distrito de Braga nomeado pelo PSD pouco depois do 25 de Abril.
Ministro da Administração Interna com Sá Carneiro, vice-primeiro ministro e ministro da Defesa com Cavaco Silva.
Homem de confiança de Francisco Sá Carneiro, que nele chegou a pensar como possível primeiro ministro depois das presidenciais de 1980 (depois Camarate tudo mudou...), apoio essencial na ascenção e liderança de Cavaco Silva, Eurico de Melo foi uma das maiores referências éticas e politicas do Partido Social Democrata desde sempre.
Frontal, corajoso verdadeiro era uma voz sempre escutada com atenção e reverência , dentro e fora do partido, independentemente de ocupar ou não cargos politicos ou de Estado.
Com o seu desaparecimento do mundo dos vivos perde o PSD e perde,essencialmente, Portugal.
Depois Falamos
P.S. Ao Luis Melo deixo um abraço amigo e solidário.
Como cidadão, como político, como governante.
Conheci-o, muitos muitos anos atrás, era eu um jovem militante da JSD e ele um dos fundadores da secção de Guimães do PSD onde militou muitos anos antes de se transferir para Santo Tirso.
Acompanhei a sua carreira politica.
Dirigente de secção, dirigente distrital, dirigente nacional do PSD.
Deputado municipal em Guimarães e em Santo Tirso, deputado á Assembleia da República, deputado ao Parlamento Europeu encabeçando a lista do PSD.
Primeiro governador civil do distrito de Braga nomeado pelo PSD pouco depois do 25 de Abril.
Ministro da Administração Interna com Sá Carneiro, vice-primeiro ministro e ministro da Defesa com Cavaco Silva.
Homem de confiança de Francisco Sá Carneiro, que nele chegou a pensar como possível primeiro ministro depois das presidenciais de 1980 (depois Camarate tudo mudou...), apoio essencial na ascenção e liderança de Cavaco Silva, Eurico de Melo foi uma das maiores referências éticas e politicas do Partido Social Democrata desde sempre.
Frontal, corajoso verdadeiro era uma voz sempre escutada com atenção e reverência , dentro e fora do partido, independentemente de ocupar ou não cargos politicos ou de Estado.
Com o seu desaparecimento do mundo dos vivos perde o PSD e perde,essencialmente, Portugal.
Depois Falamos
P.S. Ao Luis Melo deixo um abraço amigo e solidário.
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