

Ao que parece José Luis Carneiro será o próximo líder do PS.
E numa tendência para a credulidade, que pelos vistos não tem cura, já há (em bom rigor sempre houve...) quem no PSD sonhe com fazer do PS o parceiro preferencial de um governo sem maioria em nome de um Bloco Central que não assumem mas desejam.
Quais são agora os argumentos?
Que Carneiro é mais moderado que Pedro Nuno Santos, que Carneiro é mais sensato, que Carneiro estará disponível para acordos com a AD para viabilizar o governo e outros assuntos importantes.
O que me parece é outra coisa.
Que Carneiro seja mais moderado e sensato que PNS acredito porque mesmo difícil era não o ser.
Que esteja disponível conheço palavras mas não conheço actos e de palavras estamos todos cheios.
Um pouco como a Rússia que se diz disponível para a paz se a Ucrânia aceitar as suas condições também o PS pode estar disponível para acordos dentro das condições dele.
Que seguramente não interessam à AD salvo se quem ganhou as eleições quiser acordos nas condições de quem as perdeu.
De resto para lá das palavras não conheço atitudes de Carneiro que o diferenciem substancialmente de PNS.
Como ele esteve nos ruinosos governos de Costa.
Com ele foi duas vezes candidato a deputado sem se lhe conhecer nenhuma divergência de fundo quanto a estratégias e a posturas.
Se quiser provar que não é mais do mesmo terá de o fazer na prática e não na teoria.
Porque ao contrário por exemplo de Sérgio Sousa Pinto, que se demarcou por palavras mas também por actos recusando ser deputado, Carneiro esteve sempre alinhado com a deriva radical do PS.
E por isso sem fechar a porta a desejáveis entendimentos com o PS nalgumas matérias é bom que em mais um exercício de inexplicável credulidade a AD e o PSD não queiram fazer do PS um parceiro preferencial porque se vão dar mal.
Não foi nisso que o povo votou no passado domingo.
Depois Falamos.
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