sábado, maio 31, 2025

Amizade

Nas eleições legislativas de 17 de Março de 2002 o PSD elegeu 102 deputados e o CDS 14 o que lhes permitiu formar um governo de maioria absoluta com base em dois grupos parlamentares que funcionaram como um só do primeiro ao último dia sempre de forma homógenes e solidária sem qualquer quebra. 
Foi uma legislatura complicada. 
Porque aos dois governos saídos dessa maioria coube a tarefa de recuperarem o país do pântano de que António Guterres tinha fugido o que obrigou a trabalho intenso e difícil quer do governo quer da maioria parlamentar. 
O que naturalmente contribuiu para reforçar a solidariedade política e incrementar as relações pessoais de amizade entre deputados. 
Depois em 2004 José Manuel Durão Barroso deixou a liderança do governo para ser presidente da comissão europeia e foi substituido por Pedro Santana Lopes continuando governo e maioria a trabalhar com absoluta normalidade até ao dia em que o então PR, Jorge Sampaio, resolveu derrubar o governo e dissolver o parlamento para fazer um favor ao seu partido e colocar José Sócrates a governar com os "magníficos" resultados que se conhecem. 
Fruto desse excelente relacionamento pessoal entre os deputados foi então "deliberado" que Sampaio dissolvera o parlamento mas não conseguiria dissolver as amizades criadas.
E de 2005, vinte anos atrás, até ao presente todos os anos os deputados do PSD da IX legislatura se reúnem uma ou duas vezes por ano num almoço de confraternização. 
Não os 102, até porque há alguns que nunca quiseram participar, mas um número que tem variado entre os 20 e os 70 marca presença nesses almoços consoante a disponibilidade de todos e de cada um. Sempre em locais diferentes do país mas sempre organizados pela então chefe de gabinete do grupo parlamentar, Fátima Resende, pelo(s) deputado(s) do concelho onde o almoço se realiza e sempre com a presença de Guilherme Silva o líder parlamentar dessa legislatura. 
Importa dizer que hoje dos participantes habituais nos almoços, com uma ou outra excepção pontual, já nenhum é deputado e já nenhum tenciona voltar a ser. É mesmo pela amizade que nos reunimos. 
Hoje foi o vigésimo quinto destes almoços. 
No Porto, na Casa do Roseiral que é a residência oficial do presidente da câmara gentilmente cedida por Rui Moreira para este efeito, e com a organização da Adriana Aguiar Branco e da Fátima Resende lá nos reunimos para mais uns excelentes momentos de confraternização e amizade. 
Como sempre estiveram os que puderam e quiseram estar presentes e que a fotografia guarda para a posteridade. 
Nela faltam apenas o Pedro Duarte e o Arménio Santos que por compromissos assumidos tiveram de sair mais cedo. 
Lá para Outubro/Novembro voltaremos a reunir-nos algures em Portugal.
Depois Falamos.

sexta-feira, maio 30, 2025

Ópera de Sidney

Morsa

Monte Rainier, Washington,EUA

Nojo

O futebol português é um nojo.
Mais fora do que dentro dos relvados embora nesses também sucedam coisas que não deviam suceder.
Contextualizemos.
Num jogo como qualquer outro, embora mais mediático por ser a final de uma competição, um jogador (há quem diga que foram dois mas não considero as imagens conclusivas quanto a isso) agrediu um adversário sem a consequente sanção disciplinar que seria a amostragem do merecido cartão vermelho.
O árbitro não viu, o fiscal de linha embora à beira não se terá apercebido porque tinha os olhos na bola, o VAR viu de certeza mas não interveio. Errou!
Um jogador agredir outro e escapar a sanção disciplinar é algo que acontece com relativa frequência, especialmente se a cor da camisola ajudar à impunidade, sem que se monte em torno disso o verdadeiro circo que se montou à volta deste caso.
Um cadastrado, condenado por corrupção desportiva a favor do Benfica, apresentou uma queixa (há gente com lata para tudo...) contra este e o outro jogador do Sporting e a PGR diligentemente abriu um inquérito.
O conselho de disciplina da FPF, presidido por uma conhecida adepta do Benfica, sem qualquer suporte documental porque a jogada não consta do relatório do árbitro instaurou de imediato um processo aos dois jogadores do Sporting, supõe-se que com base nas imagens televisiva e nas queixinhas do Benfica, embora já não constem dos regulamentos os famigerados "sumaríssimos" de má memória e que previam as imagens televisivas como fonte para instauração de processos.
O conselho de arbitragem de imediato suspendeu as nomeação do VAR, Tiago Martins, atirando-o para uma "jarra" que tal como os "sumarissímos" se pensava extinta mas afinal não está. 
Pelo menos quando dá jeito que não esteja.
Ficam pois para o futuro três interrogações e uma certeza.
As interrogações são:
Se a partir da próxima época a PGR passa a ser um orgão de recurso das decisões disciplinares do futebol e se cada clube que vir um jogador seu agredido por um adversário também poderá recorrer para a PGR e ver um inquérito ao agressor ser aberto e com a celeridade deste.
Se o conselho de disciplina cada vez que se verificar uma situação análoga e independentemente da cor das camisolas também vai instaurar processos com base em imagens televisivas e queixas dos clubes.
Se o conselho de arbitragem vai mandar para a ressuscitada "jarra" cada árbitro e cada VAR que cometam um erro de  análise grave independentemente de quem for favorecido por esse erro.
Só o tempo responderá a estas questões embora, infelizmente, não seja difícil adivinhar o teor das respostas.
Finalmente resta uma certeza.
E essa apenas aumenta à repulsa que o nosso futebol causa em quem realmente preza a verdade desportiva.
Já todos percebemos que mais do que o sucedido com este momento de uma  final de taça de Portugal, que está decidida e cujo resultado não pode ser alterado, o que está em causa é o aproveitamento futuro que o Benfica quer tirar de todo este circo.
Já todos tinhamos constatado que foi o pretexto para, numa "xico espertice" própria de quem a protagoniza mas indigna da instituição, o Benfica tentar boicotar a negociação centralizada dos direitos televisivos para manter os inaceitáveis privilégios de que goza na actualidade (embora nisso não seja o único) assim prejudicando a evolução e o aumento de competitividade do nosso futebol.
Mas depois da entrada em cena da PGR, do conselho de disciplina e do conselho de arbitragem em acções tão rápidas quanto concertadas, já não duvido que aquilo a que também estamos a assistir é uma monumental manobra de intimidação a jogadores de clubes adversários, a árbitros e aos VAR que na próxima época defrontem e arbitrem jogos do Benfica sabendo que qualquer lance que desagrade ao clube de Lisboa e qualquer erro na apreciação de um lance poderão ter consequências idênticas ás actualmente em curso quanto a Matheus Reis e Maxi Araujo.
Ou por outras palavras "aconselham" os jogadores adversários a serem muito macios na abordagem dos lances e árbitros e VAR a na dúvida não terem dúvidas quanto ao que devem fazer...
Tudo isto é um nojo, tudo isto indigno de um país que tem dos melhores jogadores e das melhores seleções do mundo mas que na organização interna do seu futebol está de há muito mergulhado num pântano fétido com  a verdade desportiva das competições arredada graças ao famigerado "sistema" que não há forma de ser extinto.
Sim, enquanto o nosso futebol for esta vergonha não me importava nada que o Vitória jogasse em "La Liga". 
Depois Falamos.

quinta-feira, maio 29, 2025

PGR

Alguém me sabe dizer, se faz favor, quem eram árbitro e VAR deste jogo em que Eliseu, do Benfica, tem uma entrada arrepiante à cabeça de Hurtado do Vitória? 
E já agora se houve algum comunicado do clube tão preocupado com a verdade desportiva nestes últimos dias ? 
É para um amigo da PGR...
Depois Falamos.

Conclusões

Terminado o escrutínio com a contagem dos votos da emigração ( que nada de substancial alteraram a não ser esclarecerem quem é o segundo maior partido) há algumas conclusões a retirar.
A AD venceu claramente mas sem maioria.
O PSD consolida-se como maior partido português sem concorrência próxima.
O Chega é agora a segunda força politica com um resultado que confirma um crescimento incessante.
O PS desce pela primeira vez em 50 anos para o terceiro lugar.
A Iniciativa Liberal e Livre crescem ligeiramente enquanto CDU continua o seu caminho para a extinção na margem da qual já estão BE e PAN. O JPP confirma apenas que o sistema eleitoral está esgotado e permite aberrações.
De tudo isto se constata que centro e direita tem uma enorme maioria aritmética que supera os dois terços mas que dificilmente se transformará em maioria política enquanto a extrema esquerda se tornou ultra minoritária e sem qualquer relevância parlamentar.
Resta o PS. 
Duramente castigado pelos eleitores mas que parece com dificuldade em tirar daí as devidas ilações e ter uma humildade regeneradora. 
De facto um partido que em 2015 perdeu as eleições mas sem vergonha assaltou o poder aliado com partidos radicais de extrema esquerda defensores de ditaduras e ditadores quer agora exigir à AD que faça acordos de regime exclusivamente com ele para evitar que os faça com um partido da direita radical. 
Tanta lata e tamanha cegueira não podem passar em claro nem ser aceites pela AD seja de que forma for. 
O PS não está hoje em situação de exigir seja o que for porque os seus votos para nada são precisos se a tal maioria aritmética se transformar em maioria politica ainda que ocasionalmente. 
E se o PS não quer isso resta-lhe meter o rabinho entre as pernas, ser humilde, negociar com a AD o que a AD quiser negociar com ele e aceitar que a AD negoceie com Chega e IL o que muito bem entender. Repito o que já escrevi atrás; o povo castigou duramente o PS e mandou-o para a oposição cumprir pena. 
Era o que faltava a AD amnistia-lo. 
Como se diz sempre naqueles momentos rituais " É preciso respeitar a vontade popular"! 
Não o fazer dá seguramente mau resultado. 
A prova está feita.
Depois Falamos.

Pinguins

Lua

Farol do Bugio

quarta-feira, maio 28, 2025

Inglaterra

Considero de há muito o campeonato inglês como o melhor do mundo.
Pátria do futebol, com comeptições centenárias, a Inglaterra tem no seu principal campeonato de futebol um bom exemplo do que deve ser a modalidade.
Excelentes equipas, alto nível futebolístico, grandes jogadores, estádios modernos (quase todos) e feitos a pensar no público, excelentes centros de treinos, mediatismo absoluto para jogadores e treinadores ficando os dirigentes na penumbra, verdade desportiva , disciplina rápida e justa,  imprensa sem favoritismos, fair play, grande ambiente em bancadas sempre cheias, promoção mundial da prova com grande eficácia, justa distribuição dos direitos televisivos, enfim tudo isso contribui para que a "Premier League" seja mesmo o melhor campeonato do mundo.
E prova maior disso é nos últimos cinquenta anos terem existido onze campeões diferentes.
Onze!
Manchester United (13), Liverpool (12), Manchester City (8), Chelsea e Arsenal (5), Everton (2) e Leicester, Blackburn Rovers, Leeds, Aston Villa e Nottingham Forest (1).
E se como em qualquer outro lado há clubes mais fortes e que por isso ganham mais vezes também os menos fortes conseguem pontualmente vencer ,sem que isso constiua surpresa ou escandalo, por força de competitividade e da igualdade com que todos são tratados
Qualquer comparação com Portugal é pura coincidência.
Depois Falamos.

Mal

Começa mal!
O PS não está em posição de exigir nada porque para nada é preciso. 
Quando será que vão perceber que não só perderam as eleições como são apenas o terceiro partido?
Pedro Nuno Santos saiu mas pelos vistos a arrogância ficou. 
Espero que tenham o azar que merecem.
Depois Falamos.

terça-feira, maio 27, 2025

Vergonha

O comunicado do Benfica é uma vergonha e uma falta de respeito do clube pela sua própria grandeza e História. 
Porque não passa de um amontoado de pretextos, de ameaças de chantagem e de " xico espertices" próprias de quem hoje dirige o clube mas indignas da instituição. 
Vamos por partes. 
Na final da taça de Portugal há um lance em que um jogador do Benfica é pisado na cabeça por um jogador do Sporting que devia ter sido expulso mas não foi. 
Erro do árbitro mas essencialmente do VAR. E nisso o Benfica tem razão. Num lance de um jogo de futebol. 
Afinal idêntico a tantos lances em que jogadores do Benfica gozam da tolerância dos árbitros e da inacção dos VAR. 
Virá a talhe de foice recordar que o Benfica foi a única equipa que terminou o campeonato sem um único cartão vermelho pese embora só o jogador Otamendi ter feito o suficiente para ver meia dúzia deles. 
E com base nesse lance, que nem influência directa teve no resultado, o clube fez um comunicado. Como pretexto esse lance e a pugna pela verdade desportiva ( só dá para rir mas enfim ) ameaçando com participações disciplinares e exposições à FIFA num folclore que tem mais a ver com as eleições no clube daqui a uns meses do que com qualquer resultado prático dessas queixas. 
Mas depois do folclore vem o substancial. 
A chantagem parola e ridícula sobre não disponibilizar o estádio da Luz para jogos da seleção sem qualquer pejo em utilizar a equipa de " todos nós " como arma de arremesso naquilo que não passa de uma luta pelo por manter uma posição de privilégio no controle da arbitragem. 
Se o senhor Proença tiver um pingo de dignidade marcará o próximo jogo da seleção para a Luz e quero ver se a recusa de cedência se mantém com as consequências disciplinares previstas nos regulamentos a serem aplicadas. 
Mas o mais grave de tudo, o verdadeiramente grave e que é a génese da "xico espertice" por trás deste aproveitamento de um mero lance de um jogo, é o Benfica anunciar o seu ( esperado) boicote à negociação centralizada dos direitos televisivos que tão importante é para o desenvolvimento e a competitividade do nosso futebol. 
O Benfica quer manter o " status quo" de sempre, incluindo aquilo que é caso único na Europa do futebol e que é transmitir os jogos caseiros do campeonato na sua televisão com a conhecida manipulação de imagens conforme os seus interesses (nomeadamente na repetição de lances polémicos) , mostrando o mais absoluto desprezo pelos interesses globais do nosso futebol que também passam por uma distribuição mais justa das verbas televisivas. 
Matheus Reis pisou Belotti e devia ter sido expulso mas não foi. 
Mas que tem isso a ver com a seleção jogar na Luz ou com a negociação centralizada de direitos televisivos? 
É evidente que nada que não seja falta de vergonha e "xico espertice". 
O Benfica é o maior clube português, é um clube importante no nosso desporto bem como uma referência de Portugal no mundo. 
Mas não "este" Benfica com esta forma de agir e com estes dirigentes. 
O desporto nacional precisa de outro Benfica e esse outro Benfica precisa de ser muito melhor dirigido!
Depois Falamos.

https://www.jn.pt/1316861520/benfica-fecha-luz-a-selecao-e-faz-queixa-do-var-a-fifa/

Estádio Diego Maradona, Nápoles

Farol de Guntersville, Alabama, EUA

Alcedo

segunda-feira, maio 26, 2025

Brutus

Com erros de pontuação e acentos este tweet de Alexandra Leitão personifica a reencarnação de Brutus a apunhalar Júlio César. 
E nem disfarça o alívio pela saída de Pedro Nuno Santos do cargo de SG do PS.
Há elogios que são vitupério e omissões que dizem tudo. 
O não falar de competência ou de rigor por exemplo. 
Ou o desejar-lhe de forma seca boa sorte para a vida futura sem uma palavrinha sobre a possivel vida futura em termos políticos. 
José Luis Carneiro que se cuide. 
As facas estão afiadas e a prática em espetá-las está à vista.
Depois Falamos.

Dobradinhas

Fim de semana de conquista de dobradinhas. 
O Vitória no pólo aquático e o Sporting no futebol. 
Ambos já campeões nacionais conquistaram ontem a Taça de Portugal. 
Estão de parabéns.
Depois Falamos.

A Mais

Apenas dois comentários a este lance. 
O primeiro para dizer que mesmo que árbitro e fiscal de linha não tivessem visto o VAR viu e devia ter dado indicação ao árbitro para expulsar Matheus Reis. 
O segundo para afirmar que um jogador desleal e maldoso como este, reincidente em atitudes anti desportivas, anda a mais no futebol. 
Mas enquanto por lá andar tem de ser punido com a severidade que os seus comportamentos justificam. Esta agressão a Belotti é perigosíssima para a integridade física do jogador benfiquista e indigna de um profissional do mesmo ofício. 
O próprio Sporting devia agir disciplinarmente em nome do fair play e do combate à violência.
Depois Falamos.

domingo, maio 25, 2025

Estádio da Madeira

Farol Corsewall, Escócia

Bodo, Noruega

Credulidade

Ao que parece José Luis Carneiro será o próximo líder do PS. 
E numa tendência para a credulidade, que pelos vistos não tem cura, já há (em bom rigor sempre houve...) quem no PSD sonhe com fazer do PS o parceiro preferencial de um governo sem maioria em nome de um Bloco Central que não assumem mas desejam. 
Quais são agora os argumentos? 
Que Carneiro é mais moderado que Pedro Nuno Santos, que Carneiro é mais sensato, que Carneiro estará disponível para acordos com a AD para viabilizar o governo e outros assuntos importantes. 
O que me parece é outra coisa. 
Que Carneiro seja mais moderado e sensato que PNS acredito porque mesmo difícil era não o ser. 
Que esteja disponível conheço palavras mas não conheço actos e de palavras estamos todos cheios. 
Um pouco como a Rússia que se diz disponível para a paz se a Ucrânia aceitar as suas condições também o PS pode estar disponível para acordos dentro das condições dele. 
Que seguramente não interessam à AD salvo se quem ganhou as eleições quiser acordos nas condições de quem as perdeu. 
De resto para lá das palavras não conheço atitudes de Carneiro que o diferenciem substancialmente de PNS. 
Como ele esteve nos ruinosos governos de Costa. 
Com ele foi duas vezes candidato a deputado sem se lhe conhecer nenhuma divergência de fundo quanto a estratégias e a posturas. 
Se quiser provar que não é mais do mesmo terá de o fazer na prática e não na teoria. 
Porque ao contrário por exemplo de Sérgio Sousa Pinto, que se demarcou por palavras mas também por actos recusando ser deputado, Carneiro esteve sempre alinhado com a deriva radical do PS. 
E por isso sem fechar a porta a desejáveis entendimentos com o PS nalgumas matérias é bom que em mais um exercício de inexplicável credulidade a AD e o PSD não queiram fazer do PS um parceiro preferencial porque se vão dar mal. 
Não foi nisso que o povo votou no passado domingo.
Depois Falamos.

Paz

Só um imbecil controlado pela Rússia, como Donald Trump, pode acreditar que o criminoso de guerra Vladimir Putin quer a paz. 
Não quer. 
Quer guerra e vai continuar a querer enquanto pensar que a pode ganhar. 
E por isso a União Europeia e outros países que apoiam a Ucrânia na guerra contra o invasor russo só tem uma solução. 
Mais dinheiro e mais armas para Kiev, mais sanções contra a Rússia de modo a que o ditador perceba que não vai levar as suas pretensões imperialistas avante.
Depois Falamos.

https://valor.globo.com/mundo/noticia/2025/05/24/kiev-sofre-grande-ataque-de-drones-e-misseis-russos.ghtml? 

sábado, maio 24, 2025

Assistências

A média de assistências na primeira liga, no que toca aos cinco primeiros classificados, nada traz de novo porque há muito que o escalonamento é aquele. 
Mas no restante merece alguma reflexão. 
Desde logo o facto de os clubes com a sexta e sétima melhores médias de assistência terem descido de divisão! 
Mas também o facto de treze clubes terem médias abaixo dos 10.000 enquanto há oito clubes que nem a uma média de 3.000 conseguem chegar. 
Aliás o Casa Pia, que nem estádio tem para jogar é por pouco que ultrapassa a média de 2000 espectadores. 
Anuncia-se agora um grande congresso do futebol promovido pela FPF. 
Espero que este seja um dos temas principais a ser debatido porque é muito importante para o futuro do nosso futebol. 
Ou para a falta dele! 
Certo é que a solução não passa por reduzir o número de clubes na primeira liga por mais que isso agradasse a três deles. 
Outras soluções haverá. 
Como por exemplo estabelecer requisitos muito mais exigentes para se poder jogar no primeiro escalão. Que passem pela qualidade dos estádios ( quem não tiver estádio em condições ou não tiver mesmo estádio fica automáticamente excluido), pelas médias de assistência, pelo número de associados entre outros. 
A palavra à FPF e à LPFP.
Depois Falamos.

Tubarão

Farol de Fastnet, Irlanda

Brooklyn, Nova Iorque

Sede

Elucidativo. 
Um só estava disponível para ser ministro que ser deputado é coisa pouca para tão grande ego.
Os outros, coitadinhos, agora que as coisas correram mal até eram contra a queda do governo. 
Não é por acaso que a sede do PS é no Largo do Rato. 
Confere!
Depois Falamos.

Trio

Depois de Barcelona e Liverpool hoje foi a vez do Nápoles se sagrar campeão nacional. 
Um ano para mim absolutamente excepcional com as equipas com que simpatizo nos três principais campeonatos europeus ( e mundiais em boa verdade) a sagrarem-se campeãs. 
Para ser mais que perfeito era em Portugal ter sido o Vitória. 
Mas ainda não chegou esse tão desejado dia.
Depois Falamos.

sexta-feira, maio 23, 2025

Simples

Não tenho idade, paciência nem tempo para sequer tentar enveredar por raciocínios políticos, complexos, elaborados, cheios de nuances como às vezes se vêem por ai. 
Deixo isso para alguns dos comentadores televisivos que tanto trabalho dão ao comando da minha televisão. 
Prefiro raciocínios simples sem serem simplistas. 
O centro e a direita tem hoje uma enorme maioria no parlamento dado que o povo resolveu dar-lhes uma segunda oportunidade depois de não terem aproveitado na plenitude a dada em 2024. 
E não só deu como a reforçou dando mais de dois terços dos lugares no hemiciclo. 
Desta vez é preciso saber aproveitar. 
Do meu ponto de vista assim: 
1) A AD deve governar sozinha dado que uma coligação com a IL para nada serve aritmeticamente e com o Chega não é possível não só porque o " não é não " o impede mas também porque a campanha feita pelo Chega o impossibilita dado ter ultrapassado as marcas da razoabilidade e do bom senso nos ataques a Luis Montenegro e à AD. Nenhum eleitor da coligação perceberia e aceitaria que quem fez cartazes com Montenegro ao lado de Sócrates viesse a aparecer ao lado de Montenegro no governo. E por isso tal como na campanha o Chega soube ir para a porta da casa de família de Luis Montenegro também por agora terá de ficar à porta da sua casa politica que é o governo. 
2) Isso não obsta a que AD e Chega, que tudo indica será o maior partido da oposição, não estabeleçam acordos parlamentares em torno de matérias importantes como a eleição do presidente da assembleia da República, o programa de governo e o orçamento de estado. Sendo absolutamente desejável que também a IL participe nesses acordos. Obviamente que ninguém pede a esses dois partidos que deixem de ser oposição mas apenas que demonstrem um sentido de Estado que também os credibiliza. Todos ganharão com isso. 
3) Aproveitando essa maioria de dois terços as três forças políticas não podem perder a oportunidade de fazerem a tão necessária revisão constitucional para modernizarem o documento e lhe retirarem a carga ideológica que ainda possui. 
Aí será desejável que o PS também seja parceiro activo se a sua nova liderança despir o radicalismo destes últimos anos. 
Se não o fizer então AD, Chega e IL devem avançar de igual forma com o processo prescindindo do PS. Não podem é uma esquerda e uma extrema esquerda absolutamente minoritárias serem forças de bloqueio de um processo que não precisa delas para nada. 
Repito a terminar o que escrevi no início. 
O povo deu ao centro e à direita uma segunda oportunidade. 
Se não a aproveitarem é muito improvável que haja uma terceira nos próximos largos anos.
Depois Falamos.

Nota: Sei bem que no PSD há quem continue a achar que o PS deve ser parceiro preferencial para acordos parlamentares e revisões constitucionais. Tenho dificuldade em perceber porquê. O PS cada vez que governa faz asneira grossa que depois tem de ser o PSD a resolver. De bancarrotas a serviços públicos no caos passando por classes profissionais revoltadas entre muitas outras coisas. De resto que confiança merece um partido que atirou pela janela décadas da sua História para se aliar com partidos totalitários e assaltar um poder que para ele não resultou de uma vitória eleitoral mas de uma geringonça contra natura? Creio que nenhuma!

Lago Carezza, Itália

Farol

Búfalos

Malapata

O jornal " Tal & Qual" , de que sou leitor fiel, traz esta semana um artigo engraçado sobre a eventual malapata do Jamor sobre a maioria dos clubes que venceu a Taça de Portugal. 
Constatou o jornal que ate hoje a taça foi vencida por treze clubes e desses apenas cinco mantém um percurso normal na primeira liga. 
Vitória, Sporting, Benfica, Porto e Braga. 
Os outros oito estão mergulhados na desgraça. 
O Boavista voltou a descer enquanto Vitória Futebol Clube, Académica, Belenenses, Beira Mar, Leixões, Desportivo das Aves andam há muito perdidos entre a segunda liga e o campeonato de Portugal. 
Resta o Estrela da Amadora que regressou na época passada ao campeonato maior depois de épocas bem atribuladas em escalões secundários. 
É evidente que ganhar a Taça não traz malapata nenhuma bem pelo contrário e esta coincidência detectada pelo " Tal & Qual" é isso mesmo, coincidência pitoresca, e nada mais.
Mas já não é coincidência nenhuma o facto de algumas importantes cidades do país como Aveiro, Coimbra, Setúbal e Matosinhos terem desaparecido do futebol primodivisionário enquanto se assiste à afirmação de clubes " sem abrigo" como AFS e Casa Pia , de clubes sedeados em pequenos meios como Arouca e Moreira de Cónegos ( vila do concelho de Guimarães) ou de clubes quase sem adeptos como Santa Clara, Estoril ou Rio Ave. 
E isso sim merece séria reflexão. 
Porque para lá da habitual "bebedeira" com os chamados " grandes" de que enfermam comunicação social e órgãos dirigentes do futebol, parecendo que tudo se resume a esses três clubes, há a realidade de um progressivo afastamento do futebol de centros populacionais importantes com a consequente perda de espectadores nos estádios. 
Mas talvez os presidentes da FPP e da LPFP, uma vez afastadas as suas actuais preocupações com as eleições no Desportivo de Chaves, queiram promover uma reflexão séria sobre o assunto.
Acho que vale a pena.
Depois Falamos.

quinta-feira, maio 22, 2025

Totalitarismo

Os totalitarismos começam assim.
Quando as votações não agradam questiona-se o voto e a forma como ele foi expresso.
O festival da Eurovisão tem desde 2016 um sistema de votação misto em que jurados de cada país atribuem 50% dos votos e o público (esse povo que alguns tanto dizem defender quando lhes dá jeito) atribui outros 50%.
É assim há nove anos e sem qualquer contestação.
Mas este ano deu-se algo com que alguns "donos da verdade" não contavam, não esperavam, não aceitaram nem podiam tolerar.
No auge da campanha internacional contra Israel, a que nem o facto de a intérprete  desse país ser uma sobrevivente do sete de Outubro obstou, os júris de quase todos os países ( e entre eles o Wokismo  pululava) "condenaram" nas suas votações a canção israelita a um décimo quarto lugar como uma quase vingança do que se passa em Gaza. 
Mas o povo não concordou.
E em treze países, incluindo Portugal e Espanha, a votação popular deu a vitória à canção israelita o que feita a ponderação final lhe deu o segundo lugar perante a repelente, vergonhosa e descabida posição aflitiva dos dois apresentadores portugueses da RTP, absolutamente indignos da função que desempenharam, e que festejaram a vitória da canção austriaca como se portuguesa fosse.
Nada que nos admire vindo de quem veio.
Conclusão?
Envergonhado e humilhado pela votação do povo espanhol, absolutamente insensível ás posições do bandalho que tem como primeiro ministro contra Israel e às palhaçadas protagonizadas pela TVE durante a transmissão do festival, Pedro Sanchez, o tal que para se manter no poder perdendo eleições não hesitou em se aliar com criminosos separatistas catalães e herdeiros de terroristas bascos , ordenou inquéritos à votação dos telespectadores espanhóis insinuando suspeições e manipulações que porventura explicassem que o "seu"povo se estivesse nas tintas para a sua opinião.
É assim que começam os totalitarismos e se fazem os ditadores.
Rejeitando as opiniões democráticas do povo e achando que as opiniões de quem tem poder são as únicas que contam.
Vai acabar mal este Pedro Sanchez.
Que é exactamente o que merece.
Depois Falamos.

Nota: Felizmente a RTP, ao  contrário da obediente e governamentalizada TVE, não alinhou em inquéritos à votação dos telespectadores portugueses. Ao menos isso!

Arrogante

Rui Tavares é o novo arrogante da politica portuguesa na linha de a extrema esquerda à falta de ideias e soluções exibir arrogância e prepotência. 
Com o indisfarçável arzinho de empregado da FNAC, alucinado pelos 6 deputados eleitos (é a explicação mais provável para a alucinação), acha que vai mandar no parlamento e no que se pode e não pode discutir na próxima legislatura. 
Nomeadamente se vai ou não haver revisão constitucional como se um pequeno partido como o dele pudesse decidir matérias dessa importância. 
Desde 1982 já houve sete revisões constitucionais, sem alarmismos nem toques a rebate de ninguém incluindo a agora minúscula extrema esquerda, e por isso se nesta legislatura houver mais uma (é imperioso que haja mas isso é apenas a minha opinião) é algo de perfeitamente normal para toda a gente menos para estes totalitários disfarçados de democratas.
Rui Tavares, arrogante e presunçoso, acha-se o novo guru da esquerda e extrema esquerda portuguesa.
Bem espremido não passa de um Mortágua de calças e nada mais. 
Inofensivo, porque felizmente os portugueses não lhe deram expressão eleitoral para mais, mas irritante porque se arroga de uma importância que não tem.
Depois Falamos.

quarta-feira, maio 21, 2025

Castelo de Loarre, Huesca, Espanha

Penhasco Kallur, Ilhas Faroe

Galo da serra andino

Revisão

Sim, deve haver revisão constitucional nesta legislatura.
Não para adequar a Constituição, ideologicamente,  à área largamente maioritária no Parlamento mas precisamente pela razão contrária ou seja tirar do documento a carga ideológica que ela ainda contém e que remete pra o PREC.
Como por exemplo o hoje inaceitável preâmbulo da mesma que a determinada altura prescreve "...abrir caminho a uma sociedade socialista..." o que não só não faz qualquer sentido como deve ser retirado da Constituição.
E para isso a AD deve não só apresentar o seu projecto de revisão constitucional ( o PSD já apresentou o seu em 2023 e a Iniciativa Liberal vai apresentar o dela agora) como procurar com Chega, Il e se possível PS (é importante estar mas não é indispensável porque nem é preciso para os dois terços nem a revisão deve deixar de se fazer se o PS não se livrar do radicalismo actual) ) obter um consenso muito alargado para adequar a Constituição aos tempos presentes e expurgá-la de conteúdos ideológicos.
Aproveitando a oportunidade, se para tanto houver a necessária coragem e o indispensável espírito reformista, para proceder às necessárias alterações num sistema eleitoral que está gasto e não mobiliza uma franja significativa de eleitores.
Já se sabe que a eleitoralmente esmagada extrema esquerda não quer que se faça a revisão constitucional.
O que é apenas mais uma razão para não deixar de aproveitar a oportunidade de a fazer.
Não só porque o que a extrema esquerda quer ou deixa de querer não interessa para nada mas também porque se a situação fosse inversa e uma geringonça de esquerda tivesse os dois terços seriam os primeiros a defender a urgência da sua realização!
Espero sinceramente que AD, Chega, IL e se possível PS não percam esta oportunidade.
Seria péssimo para o país se não a aproveitassem.
Depois Falamos.

Ridículo

O PCP, já se sabe, é absolutamente exímio em duas coisas.
Uma é em fazer de conta que não percebe os resultados eleitorais e a outra em demonstrar a mais absoluta incapacidade em admitir derrotas.
No domingo o seu caminho para a irrelevância deu mais um significativo passo com a obtenção do pior resultado de sempre e ficando também, e por consequência", com o menor grupo parlamentar desde 1975.
Mas mesmo fazendo de conta que não os percebeu o PCP sabe bem que o seu discurso, a sua ideologia, a sua postura perante o o mundo e a instrumentalização do sindicalismo que ainda lhe obedece ( como a absurda greve na CP em período eleitoral bem demonstra) já não rendem votos e bem pelo contrário afastam dele irreversivelmente eleitorado que tradicionalmente lhe era fiel e que passou de armas e bagagens para o Chega como os resultados, entre outros, de Setúbal, Évora e Beja bem demonstram.
Mas o PCP é incapaz de reconhecer os erros e mudar de caminho como esta ridícula moção de censura a um programa de governo que ainda não existe bem atesta.
Seria desde logo uma irresponsabilidade, se fosse aprovada, porque o país iria ficar sem governo durante um ano dada a impossibilidade constitucional de haver eleições até meados de 2026.
A viver de duodécimos e com um governo de gestão.
Mas o PCP sabe bem , do alto dos seus três deputados, que ela será rejeitada por uma maioria esmagadora.
Então para que serve?
Para dizer que são oposição à vontade maioritária dos portugueses? Isso já se sabia.
Para ter o "privilégio" de ser o primeiro a apresentar uma moção de rejeição mostrando que é a oposição mais oposição e marcando terreno á esquerda? Só dá para rir numa esquerda que sem PS tem hoje um total de dez deputados e que é irrelevante em termos parlamentares.
Para obrigar o PS e o Chega a definirem-se em termos de viabilização do governo (como se sabe o programa de governo não implica ser votado salvo se aparecerem moções de confiança ou rejeição) e tentar capitalizar com isso? Mal andavam Chega e PS se se definissem em função das tacticazinhas do irrelevante PCP.
Em suma no seu irreversível caminho para a extinção esta moção de rejeirção é apenas mais um passo.
E passo a passo o fim chegará.
Bem tem feito por merecê-lo!
Depois Falamos.

Bode

É o animal da moda em Portugal. 
Extremamente popular, frequentemente usado, dá um jeito extraordinário para todos aqueles que não querem assumir as responsabilidades que lhes cabem. 
Nesta semana pós eleições legislativas os bodes pululam por todo o lado. 
Na sua versão expiatória é claro. 
Afinal uma velha tradição nacional e transversal a todas as áreas.
Depois Falamos.

Lago Toolondo, Austrália

Kookaburra