Nem sequer vou falar muito de treinador, táctica, disposição da equipa.
Moreno no seu quarto jogo como treinador principal e primeiro na equipa A teve a preocupação de não inventar, de mexer o menos possível em relação ao que vinham sendo as apostas do antecessor, de não criar mais ambiguidades tácticas a uma equipa que delas estará farta.
Sabendo que por lesões e castigos não podia contar com Quaresma, André André, Rúben Lameiras e Sílvio entre outros.
Mas a equipa não correspondeu a esse voto de confiança e fez uma primeira parte muito, mas muito, fraca sem causa qualquer perigo para a baliza de um Marítimo que entrara em campo completamente tranquilo quanto à manutenção.
Foram 45 minutos penosos de uma equipa que sabia que tinha de ganhar depois do resultado do B SAD com o Santa Clara que colocara a equipa açoriana em momentânea vantagem em relação ao Vitória mas teoricamente com uma derradeira jornada mais fácil.
E o Vitória sabia que mesmo vencendo teria sempre de na última jornada fazer um resultado que lhe assegurasse o sexto lugar,ou seja, um empate face ao previsível triunfo do Santa Clara face a um aflito Farense.
A verdade é que na primeira parte nada fez por isso.
Na segunda já o panorama foi diferente para melhor porque as entradas de Estupiñan, Foster (uma boa surpresa) e Janvier deram outra agressividade à equipa e o Vitória dominou com alguma intensidade mas sem conseguir fazer o tal golo que lhe permitiria gerir a última jornada de outra forma.
E pelo que fez na segunda parte merecia ter vencido sem prejuízo da boa oposição do Marítimo.
Agora é um "mata,mata" com o Benfica que chegará a Guimarães com a sua classificação definida e com o pensamento na final da Taça de Portugal no próximo domingo o que pode ser uma vantagem para o Vitória.
Mas mesmo para vencer esse Benfica, despreocupado da classificação e preocupado com a final, vai ser preciso um Vitória bem melhor do que aquele que vimos em grande parte dos jogos em 2021.
Um Vitória que não pense em resultados favoráveis nos Açores e que entre em campo convicto que depende de si, e apenas de si, o apuramento para uma competição europeia que há muito estaria garantido não fora esta miserável segunda volta que a equipa fez.
Quarta feira é o dia de dar tudo por tudo e transformar a decepção de hoje num momento de bem merecida alegria para todos os vitorianos.
E, já agora, de mostrar quem tem alma de Conquistador.
Depois Falamos.
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