José António Saraiva, que dirigiu o Expresso e o Sol, tem uma forma muito particular de escrever sobre política e sobre políticos que uns gostam, outros detestam como é normal em quem exprime opinião e sempre com alguma polémica à mistura.
Mas a que não se fica indiferente.
Escreveu agora um conjunto de três livros sobre o Estado Novo, época da nossa História que sempre me interessou bastante, centrados na figura de António de Oliveira Salazar seu criador, ideológo e principal líder durante quarenta anos.
O primeiro volume, cuja leitura agora recomendo, centra-se no episódio "misterioso" que esteve na origem do fim do longo consulado de Salazar e que foi o acidente que o viria a incapacitar depois de operado.
Desde sempre a tese foi que Salazar teria caído de uma cadeira quando nela se sentava batendo com a cabeça no chão o que daria origem a um traimatismo muito grave.
O autor defende uma tese diferente, aproveitando algumas contradições das narrativas oficiais, e constrói uma explicaçao alternativa mas perfeitamente plausível.
Para lá desse episódio são focados outros aspectos e episódios dessa época da substituição de Salazar por Marcelo Caetano que tornam a leitura extremamente interessante.
Depois Falamos.
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