Ontem à noite em Salónica aconteceu apenas futebol.
Uma equipa teve mais posse de bola, atacou mais e a outra defendeu melhor, soube controlar o andamento do jogo e na hora da finalização, pese embora não ter gasto dezenas de milhões em dois avançados, foi mais eficaz e venceu com mérito.
Acontece tantas vezes no futebol que tem de se considerar normal e não há razao para espanto de quem tiver visto apenas o jogo de futebol.
Depois há o resto.
O treinador caríssimo, arrogante e fala barato que veio prometer milagres (uma equipa portuguesa ganhar hoje a Champions seia um verdadeiro milagre) face a um treinador que foi humilde, inteligente e estudou muito bem o adversário.
Os reforços endeusados por televisões, Record e Bola, comentadores e cartilheiros, que na prática não mostraram nada de extraordinário nem sequer serem melhores que aqueles que já estavam no clube a época passada e que por isso ainda mais realçam a estranheza de terem custado tanto dinheiro.
Uma arbitragem de qualidade que provocou o espanto nos jogadores benfiquistas por não assinalar faltas que os apitadores portugueses são useiros e vezeiros em marcar para não desagradarem a suas excelências.
Por mais que isso tenha custado ao dispendioso plano de salvação eleitoral do presidente do Benfica e aos comentadores televisivos que ontem à noite , em todos os canais, pareciam estar a comentarem um funeral o que se viu em Salónica foi apenas futebol.
E no futebol a sério ganha a equipa que em jogo jogado e eficácia se superioriza à outra.
Fosse assim, sempre, em Portugal.
Depois Falamos.
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