Miserabilismo

Infelizmente é facto raro mas não deixa de ser agradável quando a boca foge para a verdade aos dirigentes do Bloco de Esquerda tão habituados que estamos às suas mentiras, deturpações e a uma demagogia que não conhece nenhum tipo de limites e muito menos os que vergonha lhes deviam impor.
E por isso quando vemos a pequena líder (e o pequena nada tem a ver com dimensão física) a dizer que não quer que o nosso país seja uma Irlanda, uma Holanda ou um Luxemburgo percebemos que está a ser brutalmente sincera.
Por duas razões; uma prática e outra ideológica.
A primeira, a prática, prende-se com o seu reiterado apoio ao governo em tudo aquilo que o governo precisa mesmo quando a pequena líder e o primeiro ministro parecem , seguramente para disfarçar, que andam de costas voltadas. Claro que é tudo a fingir e a votação dos orçamentos de estado prova-o exuberantemente.
Naturalmente que o apoio a este governo tem a ver com a profunda convicção do BE de que com ele a governar nunca Portugal será como a Holanda, Irlanda ou Luxemburgo!
A segunda , ideológica, prende-se com a prioridade para o BE de que Portugal nunca seja um país próspero, com bom nível de vida em que o grau de satisfação das pessoas as torne imunes à demagogia, ao miserabilismo, ao esterco político em que o BE gosta de chafurdar para lançar à terra as sementes ideológicas que lhe vem de um passado de veneração e admiração profunda por ideologias e ditadores que os ventos da História se encarregaram de atirar para o lixo.
E por isso a última coisa que querem é ver Portugal como um país equiparável aos mais avançados e prósperos da Europa.
De facto é raro dirigentes do BE falarem verdade.
Mas quando o fazem são perfeitamente elucidativos.
Ao menos isso!
Depois Falamos