domingo, agosto 27, 2017

O Nosso 14

"Em casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão" é um velho ditado popular que adaptado ao actual Vitória podia sair mais ou menos assim; "Em plantel onde faltam soluções por mais que se mude não se acerta nas decisões".
É o caso de Pedro Martins que mesmo mudando quatro jogadores em relação ao jogo com o Sporting não só não tirou grande proveito disso como ainda permitiu o adensar de nuvens cinzentas sobre a competitividade desta equipa.
Individualmente:
Douglas: Foi uma das novidades e no muito pouco que teve para fazer correspondeu plenamente.
João Aurélio: Cumpriu com destaque para o esforço ofensivo.
Josué: Não teve problemas nem os criou.
Pedro Henrique: Não está no seu melhor física e psicologicamente. Desviado para lateral depois da lesão de Vigário ainda se notou mais.
Vigário: Azarado. Uma lesão retirou-o prematuramente do jogo.
Rafael Miranda: Apareceu no lugar de Zungu sem se perceber para quê. Muito discreto.
Célis: Pouco trabalho defensivo procurou empurrar a equipa para a frente.
Hurtado: Pouco interventivo esteve no lance que podia ter dado outro desfecho ao jogo
Hélder Ferreira: Correu a frente de ataque procurando servir os companheiros e sem receio de arriscar. Uma exibição bem positiva.
Rafael Martins: Outra das novidades integrando a particular "roleta" de pontas de lança que o treinador tem utilizado. Esforçou-se mas na única oportunidade que teve atirou ao lado.
Raphinha: Alguns bons apontamentos em lances em que utilizou a velocidade e o poder de drible.
Foram suplentes utilizados:
Jubal: Estreia marcada pela participação no lance da expulsão do jogador pacense. No resto cumpriu.
Estupinám: Lançado para reforçar o ataque não teve ensejo de destaque.
Kiko: Uma estreia prometedora. Bem a distribuir jogo ainda teve o melhor remate do Vitória em toda a segunda parte. A acompanhar com atenção este jovem formado no clube.
Não foram utilizados:
Miguel Silva, Zungu, Sturgeon e Texeira

Melhor em campo: Hélder Ferreira

A equipa precisa de reforços.
No mínimo quatro e que sejam verdadeiros reforços para entrarem na equipa e não para andarem entre equipa inicial e banco.
Faltam quatro dias para fechar o mercado e, embora já não seja possível recuperar o perdido (supertaça e oito pontos em quatro jogos), ainda é tempo de consolidar um plantel que possa fazer frente às quatro competições em que estamos honrando o nosso símbolo e dignificando a nossa camisola.
Sem prejuízo de se considerar que esta época foi estranhamente mal preparada.
Depois Falamos.

4 comentários:

Rui Saavedra disse...

Caro Cirilo,

Vamos ao que interessa, pois já todos percebemos que não vamos a lado nenhum.

Estamos a 7 meses das eleições, não acha que já era altura de se perfilarem candidatos? Não me diga que está tudo à espera dos resultados desportivos para avançarem?
O Sr. ajudou e muito à vitória do Júlio Mendes, pois prescindiu de uma candidatura pessoal em troca de um lugar na direcção. Aliás, deu-se a curiosa situação de praticamente toda a equipa do Pinto Brasil que se apresentou às eleições contra o Emílio Macedo integrar a lista do Júlio Mendes. O "Eng." é homem inteligente e usou-o e deixou-o cair sem problema, pois os seus propósitos haviam sido conseguidos. O Sr. mais o Isidro Lobo, dois grandes vitorianos, valorizaram e validaram a eleição de um fulano que não tinha nenhum passado ligado ao clube, um pára-quedista social, vendido e vende-se como um grande gestor, apesar de apenas ter gerido orçamentos camarários e até aí sem grande resultado já que foi corrido da vereação. No Vitória fez o que qualquer dona de casa faria - parafraseando Medina Carreira - curtou nas despesas e "vendeu" os melhores activos ao desbarato sem qualquer visão estratégica para o futuro do clube. Tudo se resume ao passivo.
Sabendo que todos os presidentes no activo que se candidataram a eleições ganharam, portanto, o Júlio Mendes pode perpetuar-se no Vitória, o que, na sua opinião, leva os verdadeiros vitorianos a alhearem-se da presidência do Vitória e só aparecerem patos bravos? E já agora, o que leva um vitoriano como o Sr. a apoiar candidaturas como as do Pinto Brasil ou do Júlio Mendes, sabendo que até essa altura não lhes era conhecida qualquer militância ou ideia para o clube?
Por fim, o Sr. tem quase o perfil perfeito para ser o próximo presidente do Vitória: pertenceu à direcção do Júlio Mendes e saiu incompatibilizado. Alias, na linha de Emílio Macedo e do próprio Júlio Mendes que o haviam feito em relação a anteriores direcções.
No entanto, tem um enorme handicap, se calhar decisivo, é Vitoriano. Essa condição não é condizente com a Presidência do Clube. Triste sina a nossa.




luis cirilo disse...

Caro Rui Saavedra:
Como já tive oportunidade de explicar noutras ocasiões quando em 2012 abdiquei de uma candidatura própria, que acredito tinha todas as condições para ganhar, para unir esforços com a de Júlio Mendes fi-lo na convicção de que seria a melhor opção para o Vitória face a alguns pressupostos que então eram avançados como certezas.
Nomeadamente apoios financeiros importantes para a SAD a constituir.
Nada disso se confirmou. E várias outras coisas correram mal desde o início ao ponto de ter hoje a plena convicção de duas coisas: Saí tarde face ao que se foi passando naqueles oito meses e obviamente que a partir do momento em que ganhamos as eleições (e sem falsas modéstias não ignoro o peso que tive nisso)para alguns o objectivo era verem-se livres de mim o mais depressa possível. As coisas são o que são, a História não anda para trás, mas assumo que foi um enorme erro meu o não ter ido a votos.
Em relação à candidatura de Pinto Brasil, em 2010, integrei-a juntamente com outras pessoas que actualmente estão nos orgãos sociais (outras não estão) porque face ao descalabro da gestão de Emílio Macedo entendemos que era fundamental dar aos vitorianos uma opção para rectificarem o caminho e impedirem o Vitória de cair onde caiu. Como se recordará tivemos cerca de 30% dos votos o que significa que uma clara maioria entendeu que Emílio Macedo estava a levar o clube por bom caminho. E nessa maioria estava muita gente que hoje continua nos orgãos sociais do clube e nalguns casos até integraram orgãos sociais de Emílio Macedo. A História é factual.
Quanto ao futuro é verdade que na última dúzia de anos o ser vitoriano não foi condição para ser presidente. Mas não há mal que sempre dure e por isso acredito que o presidente que vier a seguir terá o nosso ADN, as nossas ambições, o amor ao clube que é típico de todos os vitorianos. Continuo a pensar que o Vitória é um gigante adormecido que de vez em quando acorda e dá um ar da sua graça. Quando acordar de vez, abrir os olhos bem abertos e usar toda a sua força estarão andados dois terços do caminho para Portugal ter o seu sexto campeão nacional de futebol. Por isso espero e desejo que em Março de 2018 os vitorianos tenham por onde escolher.

Saganowski disse...

Caro Luís,

Com a preparação da época, com os jogos e os resultados que temos visto, de gigante temos quase nada. Nesta altura, a jogar como temos jogado, quem adormece são os sócios... nas bancadas!

luis cirilo disse...

Caro Saganowski:
Esperemos que não.
Porque este não é o tempo de os sócios adormecerem