Pedro Passos Coelho tem hoje três problemas para resolver que lhe estão a custar popularidade nas sondagens mas dos quais a sua forma de ser, e de encarar a realidade do país, não lhe permitem escapar seja de que forma for.
O primeiro é falar Verdade.
E isso em Portugal, ainda por cima num cenário comunicacional em que a esquerda prepondera, tem graves custos de popularidade porque há muita gente que prefere boas notícias,embora falsas, do que aquelas que lhe mostram a realidade.
O segundo é não ser capaz de se rir com a situação do país e falar aos portugueses com ar sorridente como se vivêssemos na Suécia, na Dinamarca, ou em qualquer outro país que não tenha um resgate financeiro duríssimo pendente dos "humores" de uma pequena agência de rating Canadiana.
O terceiro é ,embora tenha jeito para cantar, não querer fazer parte de um enorme coro que se entretém a cantar melodias de embalar,muito agradáveis ao ouvido embora sem correspondência com a realidade, com letras escritas em S.Bento e melodias compostas em Belém e que tendem a fazer com que os portugueses acreditem que vivem no melhor dos mundos.
Passos Coelho não é cínico, hipócrita e desavergonhado como o primeiro ministro nem usa de um certo maquiavelismo simpático como o Presidente e por isso não goza de cotas de popularidade e simpatia,incluindo nas sondagens, destes dois ilustres personagens embora seja dos três aquele que tem a visão mais correcta da realidade e a lucidez de perceber que uma vez mais o presente está a comprometer o futuro.
Como não acredito que ele deixe de falar verdade, se consiga rir com o desgraçado estado do país ou alguma vez alinhe no coro da irresponsabilidade, terá de continuar a lutar com as armas que tem para convencer os portugueses que o governo da geringonça está a levar o país por muito mau caminho.
A História se encarregará de provar que ele tem razão.
Ao PSD compete apenas dar-lhe tempo para que essa mesma História prove o acerto das suas posições.
Depois Falamos
Depois Falamos
4 comentários:
O homem que fala a verdade.
https://m.youtube.com/watch?v=ttG0QehfAe4
Caro Anónimo:
Estes assuntos já foram convincentemente explicados mais de não sei quantas vezes.
Pelos vistos não percebeu ou não quis perceber.
Mas ainda assim repito-lhe que estas afirmações foram feitas num tempo em que o governo de Sócrates enganou a oposição sobre o real estado do país que era bem pior do que se supunha.
Naturalmente que quando PSD e CDS chegaram ao governo tiveram de tomar medidas em função da realidade e não daquilo que ao longos dos anos lhes foi dito pelo então governo.
Até porque ao contrário do que pensam(?) ilustres anónimos não há nenhum governo no mundo que imponha medidas de austeridade por gosto. É mesmo por necessidade.
Se Passos Coelho depende de haver ou não uma derrocada do nosso país, espero bem que estejamos perante o seu funeral político
Caro Anónimo:
Se o "preço" fosse esse estava de acordo consigo.
Mas não é
Enviar um comentário