sexta-feira, outubro 26, 2012

Reflexão Europeia

Embora a fotografia que encima este post se refira à selecção alemã não é propriamente sobre selecções que me debruço neste texto.
Embora use esta fotografia, que mostra a enorme quantidade de jogadores naturalizados alemães que jogam por aquele país (outrora, em tempos de péssima memória, bastião da pureza da raça alemã) para suportar de alguma forma o assunto que trato.
E que tem a ver com a jornada europeia desta semana.
Onde com excepção do Porto que ganhou e do Marítimo que empatou todas as restantes equipas portuguesas perderam os respectivos jogos.
De forma natural, embora muito honrosa face ao resultados, Académica e Braga e perante adversários de pouca  cotação nos casos de Benfica e Sporting.
Precisamente dois clubes que enveredaram nos últimos anos por uma contratação desenfreada de jogadores estrangeiros, de maior ou geralmente menor qualidade, ao ponto de o primeiro deles ter entrado em campo no jogo de Moscovo com dez sul americanos e um croata e o segundo ter onze estrangeiros entre os catorze jogadores utilizados.
E a questão é exactamente essa.
Até porque com a excepção do Braga (sete portugueses a titulares)e da Académica(seis) a situação nos outros "europeus" não é muito diferente com o Porto a utilizar nove estrangeiros e o Marítimo oito.
Em boa verdade, é uma ilacção possível, Académica e Braga embora perdendo foram aqueles cuja aposta no futebolista português se revelou acertada face à dimensão dos adversários e á forma como conseguiram discutir os resultados.
Daí que, face a este panorama, se possa colocar cada vez mais em causa a aposta a eito em jogadores de outras nacionalidades em detrimento do futebolista português que tem demonstrado (quando lhe dão oportunidade para isso) não temer comparações com os oriundos de outras paragens.
Significa isto que sou contra a contratação de futebolistas estrangeiros?
Claro que não.
Desde que sejam melhores que os portugueses que por cá andam.
Mas aí teria de haver uma enorme alteração de mentalidades que iria de dirigentes a treinadores passando pelos empresários e pelos próprios jogadores no sentido de adequarem as suas opções á realidade do país e ao potencial do nosso futebol.
Caso contrário, um destes dias, a selecção nacional ou vai pelo caminho de outras e naturaliza estrangeiros ou corre o risco de competitivamente ter uma queda abrupta de que, em boa verdade, já vai havendo pequenos sinais!
Depois Falamos

P.S: Não posso deixar de acrescentar que é com muita satisfação que vejo o Vitória a trilhar caminhos bem diferentes.

3 comentários:

ON disse...

Estou de acordo com a analise, no entanto, e com as responsabilidades que tem no futebol do Vitória, espero que essa seja a sua postura, não por necessidade, mas por estratégia. Deixe-me referir, que a culpa não é só dos empresários, mas acima de tudo é dos dirigentes, pois são eles que avalizam as respectivas contratações, com o intuito que toda a gente sabe. Espero que o Vitória (os seus dirigentes), quando ultrapassar esta turbulência, continue com esta orientação e não se deixe iludir com €strang€iros.

Unknown disse...

Atencão!

Caro Luís, não sei qual a origem da fotografia mas ela não é muito correcta. Gómez, Khedira e Oezil (só para dar alguns examplos) não são jogadores naturalizados!!!Pese os nomes pouco Germânicos. Oezil e Khedira nasceram na Alemanha filhos de segundas gerações de emigrantes. Mario Gómes também nasceu na Alemanha, tal como sua mãe.
Todos optaram por jogar na selecção Alemanha, embora alguns tenham dupla nacionalidade ou então nacionalidade Germânica. Para mim, mas posso claro estar completamente erado, naturalização é um processo diferente.

Cumprimentos





luis cirilo disse...

Caro ON:
Eu,como desejavelmente todos os dirigentes de qualquer clube, estou de passagem na direcção e pelo tempo que os sócios quiserem ou eu próprio determinar.
Mas enquanto cá estiver a linha de rumo será esta sem cedências de qualquer espécie.
Caro Luis:
Tem razão.
Eu para além dos naturalizados devia também ter referido os que tem ascendência de outros paises.
Mas mesmo assim creio que o sentido do post não sai prejudicado.