quarta-feira, outubro 17, 2012

Espirito de Grupo

Foto: Simão Freitas/ Record

Quando a actual direcção assumiu os destinos do clube sabia que tinha pela frente uma tarefa imensa em que teria de resolver problemas financeiros tremendos a par da renovação da equipa de futebol e da construção de uma nova realidade chamada equipa B.
Não esquecendo situações também delicadas em quase todas as modalidades bem como no próprio quadro de pessoal do clube.
Sabendo que tinha de reduzir drasticamente orçamentos e fazer face a inúmeros compromissos que a anterior direcção não tinha resolvido.
Nesse contexto de fazer duas equipas de futebol com metade do orçamento de uma só (a da época anterior )assumia particular relevância a escolha dos técnicos e a forma como cada um deles saberia lidar com essa realidade difícil e até melindrosa.
A continuidade de Rui Vitória foi uma prioridade desta direcção desde o primeiro momento.
Pelas capacidades que lhe eram reconhecidas, pela forma excelente como soubera lidar com um balneário muito difícil, pela sensibilidade muito especial com que olha para a formação.
Luiz Felipe foi também a escolha evidente.
A partir do momento em que foi decidido avançar coma equipa B e fazer dela a ultima etapa da formação e a primeira do profissionalismo, recrutando para ela jogadores com vinculo ao clube a rodarem noutras paragens e aproveitando os juniores que passavam a seniores,tornou-se prioritária a contratação de um treinador qualificado, conhecedor da formação e capaz de construir uma equipa o mais depressa possível.
Ninguém melhor que Luiz Felipe que trabalhara com quase todos os jogadores nos escalões inferiores e tivera papel importante na sua formação futebolistica e não só.
Para além do factor importantíssimo de jogadores e treinador se conhecerem muito bem.
E foi assim que arrancou a época.
Debaixo de dificuldades financeiras conhecidas mas com um projecto futebolistico sólido e com gente capaz de o levar a cabo e de vencer os muitos problemas que se sabia irem aparecer.
Tornou-se claro que uma das formas mais eficazes de tornear problemas e suprir lacunas era desde logo construir dois bons balneários em termos humanos e fazer sentir a todos os atletas que no Vitória existe um grupo de jogadores e duas equipas.
Rui Vitória e Luiz Felipe teriam um papel decisivo nisso,como é bom de ver, ao transmitirem o conceito aos seus comandados fazendo-lhes sentir que a existência de duas equipas é um facto de valorização e oportunidades para todos e não de discriminação por isto ou por aquilo.
Creio que estão a ter absoluto sucesso nisso.
Construindo no Vitória um espírito de grupo fortíssimo e fazendo com que exista da parte dos jogadores uma enorme disponibilidade para servirem o clube independentemente de jogarem (ou treinarem) na A ou na B.
E por isso hoje, ao contrário do que acontecia no passado, qualquer jogador da B que vá treinar á A sente-se como fazendo parte do grupo,perfeitamente à vontade, e á altura de a qualquer momento ser chamado a jogar pela A tal como os jogadores desta que vão à B entendem isso como um contributo para o clube e para o fortalecimento do grupo.
E é precisamente nesse espírito,e nesse objectivo claramente traçado, que se inserem os treinos em conjunto que recentemente as duas equipas fizeram e certamente continuarão a fazer no futuro quando os técnicos entenderem conveniente.
O Vitória está muito satisfeito com os seus treinadores e jogadores.
Há um grupo forte, há uma assumpção clara dos objectivos, há uma atitude extremamente positiva perante as dificuldades.
Vamos dar tempo ao tempo.
Depois Falamos

P.S. A fotografia dos dois treinadores do Vitória,com o director do futebol Flávio Meireles,a assistirem na passada segunda feira ao jogo da selecção sub-21 é apenas (mais) um detalhe no conceito de "Um grupo duas equipas".
Mas é um detalhe exemplar para os jogadores do clube, para os vitorianos e de difícil repetição noutras realidades clubisticas idênticas á nossa.
É um detalhe é verdade.
Mas no futebol de hoje os detalhes fazem a diferença!

6 comentários:

VITORIANO DE FAFE disse...

senhor LUis cirilo,para quando uma resposta ao paraquedista do pinto brasil!

Rui Rodrigues disse...

a forma como estão a remodelar o clube merece todo o nosso apoio. sem vós o Vitória já tinha fechado ainda para mais se tem caído nas mãos desse portista disfarçado chamado pinto brail. concordo que os dois treinadores estão a fazer excelente trabalho. se todos ajudarmos vamos ter outra vez um Vitória que nos orgulhe e entusiasme

luis cirilo disse...

Caro Vitoriano de Fafe:
A direcção do Vitória tem tanta coisa importante com que se preocupar.
Caro Rui:
É isso que esperamos dos adeptos. Paciências e apoio porque vai valer a pena.

Anónimo disse...

nomeadamente a forma como se aposta em jovens estou 100% de acordo com esta direcçao,muito bom trabalho. onde critico é na estrutura organizacional do clube, quem conheçe o vitoria por dentro sabe que existe uma estrutura demasiado amadora, é necessario um organigrama bem feito e inequivoco e tb sei que isto não se faz da noite para o dia, mas ja podia ter melhorado ao fim deste tempo..... Quanto ao resto o meu medo prende-se sempre com a falta de liquidez do clube.

VITORIANO DE FAFE disse...

Eu seu que sim,mas que ele anda a pedir uma boa resposta anda!mas tambem concordo que o melhor e não passar cartão,vozes de burro não chegam ao céu!ele so serve para fazer a delicia dos nosso adversários!essa a a função desse senhor!
quando as coisas andam calmas no VITORIa esse senhor aparece!

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Tem razão em muito do que diz.Mas estão aser dados os passos possíveis para aumentar os níveis de eficiência da estrutura.
Quanto á falta de liquidez é o seu medo e o de nós todos.
Caro Vitoriano de Fafe:
Estamos a fazer o nosso trabalho. E estou certo que com o apoio da esmagadora maioria dos vitorianos