sábado, maio 01, 2010

Ridiculo !

O Benfica, conhecido clube lisboeta, aprovou em assembleia geral (com uma centena de associados presentes)uma alteração estatutária que tem direito a entrar directamente no anedotário nacional.
Assim, a partir de ontem,só pode ser presidente da agremiação quem tiver 25 anos sócio ininterruptos e contando desde a maioridade.
Ou seja num país em que se pode ser Presidente da República aos 35 anos existe uma distinta agremiação em que só aos 43 tal é possivel.
Completamente ridiculo.
E ao contrário do que se possa pensar a proposta não partiu desse grande exemplo de benfiquismo retratado na foto.
Mas sim do actual presidente.
Que tem mais de 25 anos de sócio, quer do Benfica quer de Porto e Sporting(!!!), e está particularmente interessado em barrar candidaturas que abram aos associados vias de credibilidade que ele manifestamente não assegura.
Mas a euforia do titulo tão próximo permite todas as demagogias,todos os atropelos ao bom senso,todas as "jogadas" em que Vieira parece ser eximio.
E esta é "exemplar"
Digna do grande túnel da Luz.
Depois Falamos

12 comentários:

slbaddicted disse...

Compreendo a sua opinião e também acho que 25 anos é um exagero.
Mas ainda o percebo melhor quando verifico que nas últimas eleições do Vitória, fez parte de uma lista encabeçada por um 'novo' sócio do clube.
Se Vieira é sócio de três clubes diferentes à tanto tempo, um mérito deve ser-lhe atribuído...é cumpridor...paga sempre as quotas.

luis cirilo disse...

Caro slb:
É verdade que sim.
Mas no Vitória basta um ano de antiguidade para poder ser membro dos orgãos sociais.
Se calhar é pouco admito.
Mas 25 anos é um exagero inconcebivel.
Por mim estou há vontade.
Tenho quase 40 anos de sócio do Vitória.
Achei piada ao seu comentário quanto a LFV ser sócio de 3 clubes.
E que três..
Mas você tem razão no espirito do comentário: o nosso futebol é para levar meio a sério meioa brincar.

SicGloriaTransitMundi disse...

Só faltava ele agora tentar criar uma regra que proibisse todo e qualquer clube que nunca tivesse ganho um campeonato de disputar a Liga.

Seria uma competição a três (como já acontece), dado que Beleneneses (a caminho da 2º Liga) e Boavista (onde pára essa fabulosa agremiação de bairro com um estádio de 30 mil lugares cheios de teias de aranha e relvado sintético?) já nem sequer na 1ª Liga estão.

O nosso futebol mete nojo, meu caro!

SicGloriaTransitMundi disse...

Agora a sério.
25 anos de sócio é um disparate, mas admito que deveria ser obrigatório um sócio ter pelo menos entre 5 a 10 anos de filiação para poder pertencer a uma lista candidata.

Mr.Karvalhovsky disse...

Os 25 anos talvez seja um exagero, ainda que transporte alguma mística...
Mas aquilo que não deveria mesmo ser admitido, seria aceitar candidatos com 1 ano de sócio e nesse sentido concordo com o último comentário...

Sérgio Ferreira disse...

Nem oito nem oitenta mas o caminho a seguir pelo Vitória será, inevitavelmente, o mesmo.

Podemos discutir se serão 15, 20 ou 25 anos depois dos 18 mas, sempre, com um patamar mínimo que impeça um eventual assalto ao Vitória.

Não acredito em Cristãos Novos...

Anónimo disse...

Estou em desacordo caro Cirilo. Devia ser assim também no PSD. Acabavam-se as filiações da 'lista telefónica', com quotas pagas e 'senhas' de presença no dia da eleição.

Ou então dar aos velhos 'sócios' votos, por antiguidade. Porque não é só no PSD que se faz tal. Clubes e até Santas Casas foram tomados de assalto. Lembrem-se do escândalo da Stª Casa de Oeiras, em que o arcebispo de Lisboa teve de irtervir, dada a gravidade dos factos.

luis cirilo disse...

Caro Sic:
O problema essencial está,como sabemos, na qualidade dos dirigentes.
Que são capazes das maiores tropelias para se manterem no poder.
Nem todos mas bastantes.
Acho que o tempo de antiguidade para ser dirigente é algo que merece reflexão.
Ponderada!
Caro Mr Karvalkhovsky:
Eu próprio já defendi isso.
E continuo a defender que deve haver uma antiguidade minima.
Qual ?
Não sei,penso que merece ponderação.
25 anos é que nunca.
Caro Sérgio Ferreira:
O Vitória actualmente tem um quadro estatutário,aprovado pelos sócios,que prevê um ano de antiguidade.
É nesse pressuposto que se tem desenrolado as eleições.
Penso que no âmbito de uma revisão estatutária,bem precisa aliás,esse assunto deve ser ponderado seriamente.
COm duas ou três exigências:
Que a revisão seja feita longe de eleições.
QUe proporcione um periodo alargado de debate interno.
Que não mexa com direitos adquiridos dos associados.
Nomeadamente a antiguidade.
Que só deve ser aplicada a novos sócios e não aos existentes.
E nisso estou á vontade.
Com quase 40 anos de sócio não há antiguidade que me afecte.
Caro Anónimo:
Acho que no PSD as coisas estão bem como estão quanto a antiguidade.
Agora o que precisa de ser redefinido é o que é ser militante.
Direitos e ,essencialmente, deveres.
Mas isso levava-nos longe.

Sérgio Ferreira disse...

Mas eu não queria chegar à sua antiguidade.!

Não sei aceito é a tese dos "direitos adquiridos"...

Saudações Vitorianas!

luis cirilo disse...

Caro Sérgio Ferreira:
Eu sei que não se referia á minha antiguidade.
Quanto aos direitos adquiridos penso o seguinte:
Uma pessoa quando entra para associado do Vitória fá-lo num determinado quadro estatutário.
Que actualmente permite que ao fim de um ano possa ser dirigente do clube.
Bem ou mal é assim.
Naturalmente que um alteração estatutária não pode pôr isso em causa.
Imagine que por desvario os sócios aprovavam que só podia ser dirigente quem tivesse 15 anos de antiguidade.
Isso significaria que todos os sócios com mais de um ano de associados e menos de quinze(seguramente alguns milhares)deixavam de ter um direito que sempre fora deles ao fim de uma ano de filiação clubistica.
Acho isso inaceitável.
E permite outra perversidade.
Imaginemos que um determinado presidente tem oito anos de sócio.
E um potencial adversário apenas quatro.
Acha bem que se alterem os estatutos de molde a permitir que apenas possa ser presidente quem tiver mais de 5 anos de sócio ?
Permitindo ao tal presidente sser candidato e impedindo o candidato ?
É apenas ficção mas ás vezes a realidade ultrapassa a ficção.
E agora um exemplo real:
IMagine que os sócios aprovam que só pode ser presidente quem tiver mais de dez anos de sócio.
O actual presidente,Emilio Macedo,duas vezes eleito não podia continuar a ser presidente ou recandidatar-se.
O que não faria nenhum sentido.
Por isso acho que alterações estatutárias tem de ser bem ponderadas.

Sérgio Ferreira disse...

Então fixar-se-ia um regime transitório de modo a proteger os Vitorianos que se increveram no Clube por paixão e não motivados por calendários eleitorais.

Por exemplo no próximo acto eleitoral exigir-se-iam cinco anos de Clube com a certeza de que, daqui a dois mandatos, já seriam exigidos dez anos de associado.

Assim proteger-se-iam os superiores interesses do Vitória e "de quem vem por bem".

luis cirilo disse...

Caro Sérgio Ferreira:
Parece-me aceitável uma solução de transição.
Defende os que estão e baliza os timings dos que vão entrar.
Mas sempre com a precauçao de defender os interesses do Vitória.
Porque essa tese,que perfilho, de "quem vem por bem" também tem reverso da medalha.
Imagine que o Roman Abramovich queria ser presidente do clube.
Não lhe seria exigivel paixão vitoriana,como é óbvio, mas seguramente que seria bem vindo.
E alguém questionaria se "vinha por bem" ?
Duvido.