Desde pequeno que me habituei a gostar de ouvir rádio.
Recordo-me de em casa dos meus avós, num tempo feliz em que televisão só á noite,se ouvir rádio durante o almoço.
Especialmente os saudosos Parodiantes de Lisboa.
Um aparte para dizer que em Lisboa continuam a existir parodiantes mas agora já não nos programas de rádio !
Depois pela vida fora fui sempre um ouvinte regular de emissões radiofónicas.
Recordo,até, um episódio da vida militar em Santa Margarida quando estando a minha companhia em manobras não podíamos assistir a um jogo do Mundial de Espanha que nos despertava particular interesse.
O Brasil- União Soviética.
Vai daí o soldado responsável pelas transmissões no grupo em que eu estava integrado teve de ir instalar o rádio militar no telhado de um edifício em ruínas para podermos ouvir o relato desse jogo feito já não me lembro em que emissora!
Durante hora e meia dessa noite de Julho não houveram manobras para ninguém.
Guardo também fantásticas memórias do tempo em que colaborei nas chamadas rádios piratas.
Primeiro na Rádio Guimarães e depois na Rádio Fundação.
Outros tempos.
Hoje,por força de muitas circunstâncias, praticamente só ouço rádio no carro.
Especialmente RFM e TSF.
Com o prazer de sempre.
Mas lamentando apenas duas coisas:
A publicidade radiofónica que parece concebida para públicos acéfalos tal a falta de qualidade e a pobreza das mensagens.
E a triste convicção que os locutores dos programas da manhã(essencialmente esses) tem de serem uns tipos com muita piada.
Infelizmente não são.
E tornam-se,quantas vezes,patéticos no esforço de fazerem rir.
De facto são outros tempos.
Mas a rádio continua a ser um permanente fascínio.
Depois Falamos
segunda-feira, maio 31, 2010
domingo, maio 30, 2010
sexta-feira, maio 28, 2010
Vaivém Atlantis
O tempo passa mais depressa do que damos por ela.
E certamente do que gostaríamos!
O vaivém Atlantis ao fim de 25 anos de serviço e 32 missões espaciais vai agora gozar um merecido repouso num museu dedicado ao espaço.
Assisti via televisão á sua ultima aterragem em Cabo Canaveral com a curiosa sensação de despedida de um "velho amigo".
De toda a frota de vaivéns americanos , dois tragicamente desaparecidos (o Colúmbia e o Challenger),este foi um que sempre acompanhei com alguma curiosidade.
Por uma razão simples.
Precisamente há vinte e cinco anos,completos lá para Setembro, tive oportunidade de visitar o Centro Espacial John F. Kennedy na Florida.
Mais propriamente em Cabo Canaveral.
E numa visita completamente inolvidável, quase toda feita num autocarro da NASA, tive oportunidade de ver muito á distância os preparativos e curso para o lançamento (feito poucos dias depois) de um vaivém.
Precisamente o Atlantis.
Então prestes a iniciar a sua primeira missão.
Foi há 25 anos.
Como o tempo passa...
Depois Falamos
E certamente do que gostaríamos!
O vaivém Atlantis ao fim de 25 anos de serviço e 32 missões espaciais vai agora gozar um merecido repouso num museu dedicado ao espaço.
Assisti via televisão á sua ultima aterragem em Cabo Canaveral com a curiosa sensação de despedida de um "velho amigo".
De toda a frota de vaivéns americanos , dois tragicamente desaparecidos (o Colúmbia e o Challenger),este foi um que sempre acompanhei com alguma curiosidade.
Por uma razão simples.
Precisamente há vinte e cinco anos,completos lá para Setembro, tive oportunidade de visitar o Centro Espacial John F. Kennedy na Florida.
Mais propriamente em Cabo Canaveral.
E numa visita completamente inolvidável, quase toda feita num autocarro da NASA, tive oportunidade de ver muito á distância os preparativos e curso para o lançamento (feito poucos dias depois) de um vaivém.
Precisamente o Atlantis.
Então prestes a iniciar a sua primeira missão.
Foi há 25 anos.
Como o tempo passa...
Depois Falamos
A Vuvuzela.
A GALP já nos torturava com o preço dos combustiveis.
Gazolina,gasóleo,gpl, gaz de botija.
Também com as promoções do cartão fast galp, com a menina das botijas,com a publicidade que espalha indiscriminadamente por todo o lado.
Até junto ás balizas da Liga espanhola encontramos publicidade da petrolifera.
Mas agora os torturadores arranjaram instrumento ainda mais sofisticado.
Uma corneta chamada,por eles,vuvuzela.Distribuida nos postos de venda GALP a quem adquirir x número de litros de combustivel.
E que tem um ruido absolutamente insuportável.
Ainda não começou o Mundial e já as criancinhas, e outros com idade para terem juizo, utilizam o sádico instrumento a seu bel prazer.
Dia e noite com aquele civismo tão tipico de alguns portugueses.
Á beira da vuvuzela os instrumentos de tortura da Inquisição pareciam brinquedos próprios para infantários.
Por mim cada vez que ouço uma vuvuzela só me apetece manter-me longe dos postos GALP.
E como eu,desconfio,muitos portugueses.
Depois Falamos
Muito Bem !
Foto:www.vitoriasc.pt
O Vitória anunciou por estes dias, no seu site oficial, a retirada dos acrílicos do estádio D.Afonso Henriques.
Embora a medida peque por muito tardia (era caso único nos estádios do Euro 2004) sauda-se na medida em que vai melhorar as condições de visibilidades dos espectadores que se sentam nas bancadas mais próximas do relvado.
E que assistiam aos jogos através dessas protecções(?) acrílicas que para mais não serviam do que para lhes dificultar a visibilidade do terreno de jogo.
Era uma promessa eleitoral da Lista A a que a direcção eleita resolveu dar sequência.
Fez bem.
E se quiser seguir este bom caminho tem muitas mais para aproveitar!
Depois Falamos
Só se foi...
Para terminar por agora o assunto comissão de inquérito da TVI.
Acompanhei,dentro do possível, os trabalhos da comissão e algumas das mais importantes inquirições.
Também segui a novela da publicação das escutas no jornal "Sol" e a questão da providência cautelar interposta por essa nóvel figura do mundo empresarial e politico chamado Rui Pedro Soares.
Que esteve no epicentro de toda a questão investigada pela comissão de inquérito.
Ouvi os depoimentos de Henrique Granadeiro,Zeinal Bava, e destacados membros do anterior governo incluindo o ex ministro da tutela.
Tomei conhecimento da idade, do curriculum,das amizades da figura Rui Pedro Soares.
E também da forma como na idade que tem, sem curriculum que o recomende, chegou á administração de uma das maiores empresas portuguesas.
Facto espantoso: nas inquirições referidas não houve um único responsável que se lembrasse quem tinha indicado o "boy" socialista para a administração da PT.
Nem um !
Se a isto não se chama compadrio,encobrimento, amnésia selectiva então não sei a que se chamará.
Excepto no caso de, facto verdadeiramente excepcional, o padrinho da nomeação ter sido o ...Pai Natal.
Terá sido ?
Depois Falamos
quinta-feira, maio 27, 2010
Triste Fim !
Já aqui tive oportunidade de escrever sobre a comissão de inquérito ao chamado caso TVI.
Creio que,em boa verdade, ninguém precisava dessa comissão para fazer um juízo de valor sobre se Sócrates tinha ou não mentido ao Parlamento
Uns,como eu,acharão que sim e outros com toda a legitimidade acharão que não.
É da democracia.
Mas as convicções de cada um são uma coisa e as questões formais são outra bem diferente.
Daí a forma empenhada como a comissão trabalhou ao longo de semanas, ouviu dezenas de pessoas,analisou um vasto conjunto de documentos.
Um trabalho e um empenho que valorizaram os deputados da comissão e prestigiaram o Parlamento.
Infelizmente quantas vezes no melhor pano cai a nódoa e acaba por o manchar irremediavelmente!
Foi o caso.
Quando o presidente da comissão, o social democrata Mota Amaral,numa decisão altamente discutível (até juridicamente) entendeu que as escutas remetidas á comissão não podiam ser utilizadas para uma nova ronda de audições tão pouco para o relatório final!
E assim acabaram ingloriamente os trabalhos.
Mas deixando no ar uma sensação de tremenda incomodidade, de algo muito mal explicado, de conivências e entendimentos difíceis de explicar.
Foi pena.
Não porque desejasse que se provasse que Sócrates mentira.
Até desejava,sinceramente, o contrário.
Mas porque se as coisas corressem até ao fim como deviam ter corrido teria sido prestado um belo serviço á democracia.
E ao seu mais importante orgão.
Depois Falamos
Creio que,em boa verdade, ninguém precisava dessa comissão para fazer um juízo de valor sobre se Sócrates tinha ou não mentido ao Parlamento
Uns,como eu,acharão que sim e outros com toda a legitimidade acharão que não.
É da democracia.
Mas as convicções de cada um são uma coisa e as questões formais são outra bem diferente.
Daí a forma empenhada como a comissão trabalhou ao longo de semanas, ouviu dezenas de pessoas,analisou um vasto conjunto de documentos.
Um trabalho e um empenho que valorizaram os deputados da comissão e prestigiaram o Parlamento.
Infelizmente quantas vezes no melhor pano cai a nódoa e acaba por o manchar irremediavelmente!
Foi o caso.
Quando o presidente da comissão, o social democrata Mota Amaral,numa decisão altamente discutível (até juridicamente) entendeu que as escutas remetidas á comissão não podiam ser utilizadas para uma nova ronda de audições tão pouco para o relatório final!
E assim acabaram ingloriamente os trabalhos.
Mas deixando no ar uma sensação de tremenda incomodidade, de algo muito mal explicado, de conivências e entendimentos difíceis de explicar.
Foi pena.
Não porque desejasse que se provasse que Sócrates mentira.
Até desejava,sinceramente, o contrário.
Mas porque se as coisas corressem até ao fim como deviam ter corrido teria sido prestado um belo serviço á democracia.
E ao seu mais importante orgão.
Depois Falamos
Orgulho Vitoriano
Cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt
Já não é novidade a excelência dos cartoons do Miguel Salazar.
São muitos anos a desenhar excepcionalmente e a complementar com um sentido de humor oportuno e quantas vezes caustico.
Gosto especialmente deste desenho.
Não só pela evidente qualidade, e sentido de oportunidade, mas também por retratar um jogador (e um Homem) que é um verdadeiro ídolo para todos os vitorianos e vimaranenses de há anos a esta parte.
Porque Pedro Mendes é de Guimarães e do Vitória e sempre fez questão de o afirmar em todo o lado.
Até na tribuna de Wembley!
Naturalmente que é para mim, e para muitos vitorianos acredito, a principal referência da nossa selecção no próximo Mundial.
Não vou falar das ridiculamente poucas internacionalizações que um jogador deste gabarito tem (nem dos critérios de Scolari...) porque este post é essencialmente uma profissão de fé.
No sentido de desejar que Pedro Mendes,no maior evento futebolistico do planeta, jogue ao seu nível e ajude Portugal a fazer um grande campeonato.
Ele merece.
Portugal também.
Depois Falamos
quarta-feira, maio 26, 2010
Reflexão
terça-feira, maio 25, 2010
segunda-feira, maio 24, 2010
"Saltillada "?
Passaram mais ou menos 24 anos entre os acontecimentos que esta foto documenta e a triste cena de ontem na Covilhã.
Neste 24 anos tudo mudou menos duas coisas:
O amadorismo com que a selecção A continua a preparar as suas presenças em Mundiais e o vice presidente para as selecções que inacreditavelmente,passados os tais 24 anos,é exactamente o mesmo !
E Saltillo lembramo-nos bem do que se passou.
Valerá apenas recordar que foi uma vergonha para Portugal.
Com pesadissimas responsabilidades da estrutura federativa e da falta de profissionalismo dos jogadores.
Ontem na Covilhã foi diferente.
Com base no "nacional porreirismo" que ataca periodicamente todos os sectores da sociedade
resolveu a FPF,com o beneplácito do seleccionador,que alguns treinos da selecção seriam á porta aberta.
Vai daí milhares de pessoas assistem, sempre que lhes é dada a possibilidade, a uma preparação para o maior evento desportivo do mundo (a par dos J.O.) que devia decorrer num ambiente de absoluta privacidade e num lugar de acesso reservadissimo.
Como fazem todas as outras selecções.
Pelos menos as que vão ao Mundial com um mínimo de ambição.
Nós não.
E depois foi o que se viu.
Suas Excelências, o público,acharam que por terem acesso ao treino ele devia decorrer pelo tempo e no modo que lhes convinha e não consoante a planificação dos técnicos.
Como a equipa já tinha tido treino matinal, e estava muito calor, entendeu a equipa técnica com toda a legitimidade que bastaria uma sessão de 45 m.
Foi o bom e o bonito.
Insultos ao seleccionador,aos jogadores, impropérios de toda a ordem.
E umas televisões ,que sempre dispostas a valorizar o que vem da sarjeta,ainda deram voz a meia dúzia de malcriados para insultarem quem quiseram.
Como é possível que continue a existir tanto amadorismo em volta da "equipa de todos nós" ?
Como é possível que depois dos acontecimentos de ontem a direcção da FPF ainda não tenha,pura e simplesmente,terminado com os treinos á porta aberta ?
Porque com gente que não distingue uma matiné do circo Chen(onde o espectáculo tem de ser igual ao da hora nobre)de um treino da selecção (um treino não tem de ser igual a um jogo)mais vale sós do que mal acompanhados.
Mais uma vez, como em Saltillo ou em Macau/2002(preparação do Mundial da Coreia/Japão),começamos mal.
Esperemos que o fim seja diferente.
Depois Falamos
Neste 24 anos tudo mudou menos duas coisas:
O amadorismo com que a selecção A continua a preparar as suas presenças em Mundiais e o vice presidente para as selecções que inacreditavelmente,passados os tais 24 anos,é exactamente o mesmo !
E Saltillo lembramo-nos bem do que se passou.
Valerá apenas recordar que foi uma vergonha para Portugal.
Com pesadissimas responsabilidades da estrutura federativa e da falta de profissionalismo dos jogadores.
Ontem na Covilhã foi diferente.
Com base no "nacional porreirismo" que ataca periodicamente todos os sectores da sociedade
resolveu a FPF,com o beneplácito do seleccionador,que alguns treinos da selecção seriam á porta aberta.
Vai daí milhares de pessoas assistem, sempre que lhes é dada a possibilidade, a uma preparação para o maior evento desportivo do mundo (a par dos J.O.) que devia decorrer num ambiente de absoluta privacidade e num lugar de acesso reservadissimo.
Como fazem todas as outras selecções.
Pelos menos as que vão ao Mundial com um mínimo de ambição.
Nós não.
E depois foi o que se viu.
Suas Excelências, o público,acharam que por terem acesso ao treino ele devia decorrer pelo tempo e no modo que lhes convinha e não consoante a planificação dos técnicos.
Como a equipa já tinha tido treino matinal, e estava muito calor, entendeu a equipa técnica com toda a legitimidade que bastaria uma sessão de 45 m.
Foi o bom e o bonito.
Insultos ao seleccionador,aos jogadores, impropérios de toda a ordem.
E umas televisões ,que sempre dispostas a valorizar o que vem da sarjeta,ainda deram voz a meia dúzia de malcriados para insultarem quem quiseram.
Como é possível que continue a existir tanto amadorismo em volta da "equipa de todos nós" ?
Como é possível que depois dos acontecimentos de ontem a direcção da FPF ainda não tenha,pura e simplesmente,terminado com os treinos á porta aberta ?
Porque com gente que não distingue uma matiné do circo Chen(onde o espectáculo tem de ser igual ao da hora nobre)de um treino da selecção (um treino não tem de ser igual a um jogo)mais vale sós do que mal acompanhados.
Mais uma vez, como em Saltillo ou em Macau/2002(preparação do Mundial da Coreia/Japão),começamos mal.
Esperemos que o fim seja diferente.
Depois Falamos
É pena !
Tenho uma enorme admiração pelo genial futebolista que foi Diego Maradona.
Um dos melhores de todos os tempos.
A par disso sempre gostei do futebol argentino, da sua competitividade, da paixão que põe no jogo.
Tem a técnica dos brasileiros mas uma forma de encarar o jogo muito mais agressiva (quantas vezes excessivamente)e fácil de enquadrar no futebol europeu.
Sempre achei,e continuo a achar,que o Vitória devia apostar seriamente nesse mercado.
Mas é da selecção argentina e de Maradona que quero falar.
Porque num Mundial aberto dada a inexistência de um claro favorito, a Argentina tem (tinha ?) grandes possibilidades de ser um claro candidato ao titulo face á excepcional valia dos seus jogadores.
Quem tem Messi(á cabeça), Higuain, Milito,Tevez,Aguero,Mascherano,Walter Samuel,Palermo,Demichelis tem seguramente uma equipa muito forte.
Mesmo não tendo,por opção nalguns casos incompreensivel,Riquelme,Aimar,Saviola,Zanetti,Cambiasso,Gabriel Milito,Lisando Lopes e Lucho Gonzalez.
Especialmente Zanetti e Cambiasso,pedras essenciais do Inter campeão europeu,faz-me muita confusão não estarem no lote final.
Como confusão faz ouvir Maradona afirmar que Milito é apenas a quarta(!!!) opção para ponta de lança atrás de Tevez,Higuain e Palermo.
Milito a quarta opção ?
Maradona foi um excepcional futebolista.
Mas isso não faz dele um treinador á altura de uma selecção deste nivel.
Bastará atentar que Pélé e Eusébio nunca foram treinadores.
Maradona é.
Infelizmente para a Argentina desconfio...
Depois Falamos
domingo, maio 23, 2010
sábado, maio 22, 2010
Soma e Segue
Grande José Mourinho.
Mais um triunfo notável,sem "espinhas", na final da Champions reforçando ainda mais a sua aura de "Special One" e colocando-o no topo dos treinadores a nível mundial.
Onde,e boa verdade, já está há algum tempo.
Ainda jovem tem já um curriculum verdadeiramente extraordinário dado o seu curioso hábito de por onde passa ganhar...tudo !
Foi assim no Porto, no Chelsea e agora no Inter.
Neste ultimo caso com o facto extraordinário de ter ganho mesmo tudo e no mesmo ano.
Na época passada já fora campeão.
Este ano campeão foi e ao "Scudeto" juntou a Taça de Itália e agora o mais ambicionado troféu do futebol mundial:
A Champions League.
Segunda na sua carreira.
E em ambos os casos,Porto e Inter, treinando equipas que embora excelentes não eram as melhores da Europa.
Com todo o respeito pelo Inter a verdade é que pelo menos Barcelona, Real Madrid,Chelsea e Manchester United tem melhores jogadores e melhor plantel.
Mas não tem Mourinho!
Que é quem faz a diferença.
Porque constroi,como ninguém,equipas na verdadeira acepção do termo onde o brilho individual (veja-se como defende Eto'o) é sempre posto ao serviço do colectivo.
E motiva de tal forma os seus jogadores que eles em campo dão tudo que tem e ás vezes que não tem por lealdade e respeito pelo seu treinador.
Mourinho, o melhor treinador do mundo,está de parabéns.
Pelo que ganhou.
Sabendo-se que ainda vai ganhar muito mais.
É um orgulho ser português.
Depois Falamos
Dão-se alvíssaras...ou talvez não...
sexta-feira, maio 21, 2010
Redução dos...Disparates!
Politicamente falando não existe pior "banha da cobra" do que a ciclicamente repetida, e exigida,redução do número de deputados.
Qualquer "bicho careta" que queira um mínimo de protagonismo basta-lhe surgir com essa "revolucionária" e "inovadora" ideia para ter logo cobertura mediática.
A propósito de tudo, e frequentemente de nada, a redução dos deputados surge como a panaceia para todos os males do país desde a crise financeira á renovação do sistema politico.
Considero essa proposta de uma demagogia grotesca e sem correspondência com a realidade do país.
Pior,é a cedência ao populismo mais extremista que pretende transformar os agentes políticos nos responsáveis por todos os males que por aí andam.
Dez anos atrás, numas jornadas parlamentares do PSD em Setúbal, tive oportunidade de dizer que como alguma opinião pública considera os politicos uma "malandragem" as propostas de reduzir o número de deputados trazia subrepticiamente a mensagem de que "reduzindo-se aos malandros reduz-se a malandrice".
E é essa a imagem que muitos querem fazer passar.
Portugal tem, do meu ponto de vista,um número de deputados adequado á dimensão do país e á população que nele habita.
Em termos médios há países cujo rácio de deputados ainda é mais alto.
É fácil, e popular, dizer que há deputados a mais.
Difícil é dizer porquê e aonde.
O que entendo que se deve fazer nessa matéria é outra coisa bem diferente:
Mudar o sistema eleitoral,consagrar os círculos uninominais, proibir candidaturas tipo "Inês de Medeiros", dar aos deputados efectivas condições de trabalho nos seus círculos eleitorais.
Se isso for feito depressa se reforçará a ligação entre eleitos e eleitores e se construirá uma imagem bem diferente da generalidade dos deputados.
Porque nessas condições o trabalho do deputado será a condição essencial para a sua reeleição.
E os eleitores poderão avaliar permanentemente o trabalho de quem elegeram.
Depois Falamos
quinta-feira, maio 20, 2010
Que Pobreza !
As entrevistas da dupla José Alberto Carvalho e Judite de Sousa a José Sócrates são televisivamente deprimentes, profissionalmente pobres,politicamente inócuas.
O estilo "low profile" dele e a agressividade dela,caracteristicas de outras entrevistas a outras personalidades, travestem-se numa subserviência ao "animal feroz" de causar dó.
Esta ultima entrevista foi exemplar nisso.
Questões redondas,receio visível de tocar no essencial, respeitinho até dizer basta não fosse o senhor primeiro ministro zangar-se.
Perguntas sobre as obras públicas (TGV,Aeroporto,Barragens) susceptíveis de incomodar o entrevistado foram feitas o mais tarde possível e apenas porque seria escandaloso não o serem.
A comissão de inquérito ao "caso TVI",um dos assuntos mais palpitantes da actualidade ficou mesmo para o fim e feita com um receio visível do entrevistador.
Estas entrevistas, foi a segunda com os mesmos protagonistas nos últimos tempos, apenas servem para divertir face ao ar incomodado do PM quando é interrompido.
É talvez aquele momento em que a sua verdadeira personalidade vem ao de cima e ultrapassa aquela "simpatia" de ultima hora pós transtorno eleitoral.
José Alberto e Judite podem ser excelentes jornalistas não discuto.
Mas seria uma obra de caridade não os porem outra vez a entrevistar Sócrates.
Porque apenas fazem passar uma imagem de empregados a entrevistar o patrão!
Depois Falamos
O estilo "low profile" dele e a agressividade dela,caracteristicas de outras entrevistas a outras personalidades, travestem-se numa subserviência ao "animal feroz" de causar dó.
Esta ultima entrevista foi exemplar nisso.
Questões redondas,receio visível de tocar no essencial, respeitinho até dizer basta não fosse o senhor primeiro ministro zangar-se.
Perguntas sobre as obras públicas (TGV,Aeroporto,Barragens) susceptíveis de incomodar o entrevistado foram feitas o mais tarde possível e apenas porque seria escandaloso não o serem.
A comissão de inquérito ao "caso TVI",um dos assuntos mais palpitantes da actualidade ficou mesmo para o fim e feita com um receio visível do entrevistador.
Estas entrevistas, foi a segunda com os mesmos protagonistas nos últimos tempos, apenas servem para divertir face ao ar incomodado do PM quando é interrompido.
É talvez aquele momento em que a sua verdadeira personalidade vem ao de cima e ultrapassa aquela "simpatia" de ultima hora pós transtorno eleitoral.
José Alberto e Judite podem ser excelentes jornalistas não discuto.
Mas seria uma obra de caridade não os porem outra vez a entrevistar Sócrates.
Porque apenas fazem passar uma imagem de empregados a entrevistar o patrão!
Depois Falamos
Causa e Efeito
Publiquei este artigo no site da Associação Vitória Sempre.
Acabada a época desportiva com o insucesso de todos conhecido, importará agora reflectir alguma coisa sobre esta preocupante tendência do Vitória para se afastar cada vez mais das posições que tradicionalmente eram as suas.
Claro que podemos sempre, se nos quisermos enganar a nós próprios, atirar responsabilidades para cima dos árbitros que nos prejudicaram ou para o escasso golo (é, foi um golo não um ponto que nos pôs em inferioridade perante o Marítimo) que nos impediu de ir á Liga Europa.
Mas árbitros, azares vários, pontos e golos são apenas o efeito visível dos erros cometidos a montante e que nos afastam quer da Europa quer do Braga.
Porque árbitros e azares explicam muita coisa mas são altamente insuficientes para justificarem trinta pontos de atraso em relação ao velho rival minhoto.
Então onde está o verdadeiro problema?
Do meu ponto de vista não é apenas um problema mas sim uma mistura deles que todos juntos contribuem para estarmos numa fase da vida do clube em que as alegrias são cada vez menos e as preocupações cada vez mais.
Tipificarei três:
O modelo de gestão, a concepção do futebol, a percepção do clube.
Começando pelo primeiro não deixa de ser uma curiosa ironia que o Vitória tenha tido direcções colegiais no tempo da ditadura e pouco depois da restauração da democracia tenha enveredado por formas de presidencialismo que roçaram nalguns casos o verdadeiro posso quero e mando. Nessa matéria andamos um pouco ao contrário da História.
Mas sejamos claros e sem hipocrisias: Foi assim porque os sócios quiseram, e continuam a querer, que assim seja.
Durante mais de vinte anos tivemos o presidencialismo exacerbado de Pimenta Machado, um tempo em que o Vitória cresceu estruturalmente, cresceu desportivamente e ganhou voz no contexto do futebol nacional. Infelizmente nada se modernizou em termos de gestão e de compreensão da evolução do futebol.
Mesmo assim foi o tempo em que o clube ganhou o estatuto de 4º grande.
A seguir veio o presidencialismo envergonhado de Vítor Magalhães.
Eleito com um enorme capital de esperança por parte dos sócios (não com o meu voto) que depois dos tais vinte anos de Pimenta Machado ansiavam, naturalmente, por um estilo de gestão diferente.
Mais participada, com uma Direcção em que os seus membros tivessem autonomia e capacidade de decisão, um modelo mais consentâneo com os novos tempos.
Foi ilusão de pouca dura.
Porque o Presidente eleito pouco demorou a dizer ao que vinha: Debaixo do slogan do “homem sério” e de uma simpatia devidamente estudada depressa se percebeu que queria era mandar como o seu antecessor.
Infelizmente a cópia saiu pior que o original e Vítor Magalhães conseguindo imitar Pimenta Machado nalgumas das coisas que este tinha de pior nunca dele se conseguiu aproximar no que tinha de melhor.
Visibilidade nacional, capacidade reivindicativa, algum respeito das estruturas do futebol.
Faço-lhe contudo a justiça de reconhecer que teve algum azar (para o qual também contribuiu com a absurda substituição de Manuel Machado por Jaime Pacheco!) nos resultados desportivos dado ter sido o último presidente que investiu a sério na equipa de futebol. Bastará recordar que no ano da descida tínhamos equipa para ir á Europa de caras.
É claro que esta sequência presidencialismo exacerbado, presidencialismo envergonhado dificilmente poderia deixar de dar no que deu; o presidencialismo desorientado de Emílio Macedo da Silva.
Que quer tanto mandar como os anteriores, com a legitimidade de o poder do Presidente ser algo que os sócios sufragam há três décadas, mas sob uma capa de democraticidade interna baseada nos vice-presidentes.
Que são, eles vice-presidentes, a prova provada do presidencialismo desorientado.
Um que admite, impávido e sereno, a afronta de Paulo Sérgio usar as nossas instalações (apetecia-me ironizar mas fica para outra oportunidade) para falar aos sportinguistas.
Outro que esteve, saiu no meio de um chorrilho de acusações mútuas, e agora volta exactamente para o mesmo sítio como se a memória das pessoas fosse algum conceito abstracto.
Um terceiro que não passa de um comissário politico, na posição de “controleiro”, sem o mínimo jeito para as funções que ocupa e sem que da ocupação que faz do cargo se vejam vantagens para o Vitória.
Há um quarto, provavelmente o mais capaz de ter uma intervenção positiva na gestão do clube, mas que curiosamente é o mais invisível de todos.
Ou seja, e para concluir este ponto, o Vitória continua sem um modelo de gestão capaz de responder aos tremendos desafios que o futebol profissional hoje acarreta.
E por isso “navega” á vista, sempre na ânsia de uma receita extraordinária que permita equilibrar um orçamento cronicamente deficitário, obrigado a vender jogadores ao sabor das suas necessidades mais prementes e não ao valor de mercado que esses jogadores tenham.
Quanto ao modelo de futebol, e porque o artigo já vai longo, o Vitória tem de fazer opções.
Ou quer ser um clube formador, que assente a base do seu plantel nos jogadores feitos nas camadas jovens, e depois contrate cirurgicamente jogadores bem avaliados para posições específicas sempre na perspectiva de formar-utilizar/valorizar – vender e assim manter uma bitola competitiva que tenha o 5º lugar como a pior classificação possível.
Ou então continua a desperdiçar alegremente os jovens talentos da formação, emprestando-os a clubes da III Divisão onde nunca conseguirão evoluir ao nível de saltarem para a I liga, e constituindo o seu plantel com base nas sobras dos amigos de ocasião (ontem o Porto, hoje o Benfica, amanhã…o Braga?), nas propostas dos empresários, nas viagens ao Brasil de quem calha, ou em jogadores de percurso desconhecido e que depois se revelam flops.
Finalmente, e porque o mais importante, a percepção do clube.
O Vitória tem que ser gerido por quem o perceba.
Ao clube, á comunidade, aos sócios, a Guimarães.
Todos sabemos que o Vitória tem um potencial tremendo, uma massa associativa impar (mas as imitações já por aí andam e a crescerem..) uma comunidade que o acarinha. Mas também sabemos que tanta dedicação sem contrapartidas cansa.
As desilusões não matam mas moem.
E isso acaba por se reflectir na compra de cadeiras, na assiduidade ao estádio, na aquisição de merchandising, no acompanhamento da equipa. E o vermos o vizinho do lado numa tremenda dinâmica de crescimento em nada nos ajuda. Porque em termos de dedicação não tememos comparação. Mas os resultados das últimas década estão claramente do lado deles.
Porque tem sido quase sempre melhores.
Melhores classificações, mais apuramentos europeus, e agora o vice campeonato através de um segundo lugar que nunca obtivemos.
Um dos nossos maiores orgulhos era o sermos o único clube fora de Lisboa e Porto que já tinha estado no pré eliminatória da Champions.
Agora já não somos.
E com o risco de vermos o Braga chegar á fase de grupos, ao pote dos milhões, á possibilidade de com mais dinheiro ser maior, mais forte e mais competitivo.
Oportunidade que nós desperdiçamos. Não por um fiscal de linha desonesto (embora também) mas porque quem nos dirige não percebeu as oportunidades extraordinárias que ali estavam de darmos o grande salto em frente.
No dia em que nos saiu o Basileia, como ultimo obstáculo á entrada na fase de grupos, tínhamos de apostar tudo. Correr riscos e reforçar a equipa de molde a garantir a passagem.
Contratamos o Gregory e o Wénio, zangamo-nos com o Porto e envolvemo-nos numa aventura trágica com o Benfica.
Que só podia acabar como acabou. Porque quem nos dirige não percebeu.
Creio que todos estes problemas, e outros de menor escala, tem estado na origem da nossa irregularidade classificativa e da frustração que todo nós sentimos quando vemos um grande clube como o nosso a ficar muito aquém das suas possibilidades.
Estes problemas não são de hoje, vem de trás, mas importa reconhecer que os últimos anos os têm agravado significativamente.
Olho com preocupação a próxima época.
Quer quanto ao número de sócios (é ano de renumeração), quer quanto às cadeiras vendidas, quer quanto á qualidade do plantel e às opções em termos de clube satélite.
Chega de pedir aos sócios que não falhem. Porque eles nunca falham.
É tempo de outros não falharem.
Porque já basta o que basta.
Acabada a época desportiva com o insucesso de todos conhecido, importará agora reflectir alguma coisa sobre esta preocupante tendência do Vitória para se afastar cada vez mais das posições que tradicionalmente eram as suas.
Claro que podemos sempre, se nos quisermos enganar a nós próprios, atirar responsabilidades para cima dos árbitros que nos prejudicaram ou para o escasso golo (é, foi um golo não um ponto que nos pôs em inferioridade perante o Marítimo) que nos impediu de ir á Liga Europa.
Mas árbitros, azares vários, pontos e golos são apenas o efeito visível dos erros cometidos a montante e que nos afastam quer da Europa quer do Braga.
Porque árbitros e azares explicam muita coisa mas são altamente insuficientes para justificarem trinta pontos de atraso em relação ao velho rival minhoto.
Então onde está o verdadeiro problema?
Do meu ponto de vista não é apenas um problema mas sim uma mistura deles que todos juntos contribuem para estarmos numa fase da vida do clube em que as alegrias são cada vez menos e as preocupações cada vez mais.
Tipificarei três:
O modelo de gestão, a concepção do futebol, a percepção do clube.
Começando pelo primeiro não deixa de ser uma curiosa ironia que o Vitória tenha tido direcções colegiais no tempo da ditadura e pouco depois da restauração da democracia tenha enveredado por formas de presidencialismo que roçaram nalguns casos o verdadeiro posso quero e mando. Nessa matéria andamos um pouco ao contrário da História.
Mas sejamos claros e sem hipocrisias: Foi assim porque os sócios quiseram, e continuam a querer, que assim seja.
Durante mais de vinte anos tivemos o presidencialismo exacerbado de Pimenta Machado, um tempo em que o Vitória cresceu estruturalmente, cresceu desportivamente e ganhou voz no contexto do futebol nacional. Infelizmente nada se modernizou em termos de gestão e de compreensão da evolução do futebol.
Mesmo assim foi o tempo em que o clube ganhou o estatuto de 4º grande.
A seguir veio o presidencialismo envergonhado de Vítor Magalhães.
Eleito com um enorme capital de esperança por parte dos sócios (não com o meu voto) que depois dos tais vinte anos de Pimenta Machado ansiavam, naturalmente, por um estilo de gestão diferente.
Mais participada, com uma Direcção em que os seus membros tivessem autonomia e capacidade de decisão, um modelo mais consentâneo com os novos tempos.
Foi ilusão de pouca dura.
Porque o Presidente eleito pouco demorou a dizer ao que vinha: Debaixo do slogan do “homem sério” e de uma simpatia devidamente estudada depressa se percebeu que queria era mandar como o seu antecessor.
Infelizmente a cópia saiu pior que o original e Vítor Magalhães conseguindo imitar Pimenta Machado nalgumas das coisas que este tinha de pior nunca dele se conseguiu aproximar no que tinha de melhor.
Visibilidade nacional, capacidade reivindicativa, algum respeito das estruturas do futebol.
Faço-lhe contudo a justiça de reconhecer que teve algum azar (para o qual também contribuiu com a absurda substituição de Manuel Machado por Jaime Pacheco!) nos resultados desportivos dado ter sido o último presidente que investiu a sério na equipa de futebol. Bastará recordar que no ano da descida tínhamos equipa para ir á Europa de caras.
É claro que esta sequência presidencialismo exacerbado, presidencialismo envergonhado dificilmente poderia deixar de dar no que deu; o presidencialismo desorientado de Emílio Macedo da Silva.
Que quer tanto mandar como os anteriores, com a legitimidade de o poder do Presidente ser algo que os sócios sufragam há três décadas, mas sob uma capa de democraticidade interna baseada nos vice-presidentes.
Que são, eles vice-presidentes, a prova provada do presidencialismo desorientado.
Um que admite, impávido e sereno, a afronta de Paulo Sérgio usar as nossas instalações (apetecia-me ironizar mas fica para outra oportunidade) para falar aos sportinguistas.
Outro que esteve, saiu no meio de um chorrilho de acusações mútuas, e agora volta exactamente para o mesmo sítio como se a memória das pessoas fosse algum conceito abstracto.
Um terceiro que não passa de um comissário politico, na posição de “controleiro”, sem o mínimo jeito para as funções que ocupa e sem que da ocupação que faz do cargo se vejam vantagens para o Vitória.
Há um quarto, provavelmente o mais capaz de ter uma intervenção positiva na gestão do clube, mas que curiosamente é o mais invisível de todos.
Ou seja, e para concluir este ponto, o Vitória continua sem um modelo de gestão capaz de responder aos tremendos desafios que o futebol profissional hoje acarreta.
E por isso “navega” á vista, sempre na ânsia de uma receita extraordinária que permita equilibrar um orçamento cronicamente deficitário, obrigado a vender jogadores ao sabor das suas necessidades mais prementes e não ao valor de mercado que esses jogadores tenham.
Quanto ao modelo de futebol, e porque o artigo já vai longo, o Vitória tem de fazer opções.
Ou quer ser um clube formador, que assente a base do seu plantel nos jogadores feitos nas camadas jovens, e depois contrate cirurgicamente jogadores bem avaliados para posições específicas sempre na perspectiva de formar-utilizar/valorizar – vender e assim manter uma bitola competitiva que tenha o 5º lugar como a pior classificação possível.
Ou então continua a desperdiçar alegremente os jovens talentos da formação, emprestando-os a clubes da III Divisão onde nunca conseguirão evoluir ao nível de saltarem para a I liga, e constituindo o seu plantel com base nas sobras dos amigos de ocasião (ontem o Porto, hoje o Benfica, amanhã…o Braga?), nas propostas dos empresários, nas viagens ao Brasil de quem calha, ou em jogadores de percurso desconhecido e que depois se revelam flops.
Finalmente, e porque o mais importante, a percepção do clube.
O Vitória tem que ser gerido por quem o perceba.
Ao clube, á comunidade, aos sócios, a Guimarães.
Todos sabemos que o Vitória tem um potencial tremendo, uma massa associativa impar (mas as imitações já por aí andam e a crescerem..) uma comunidade que o acarinha. Mas também sabemos que tanta dedicação sem contrapartidas cansa.
As desilusões não matam mas moem.
E isso acaba por se reflectir na compra de cadeiras, na assiduidade ao estádio, na aquisição de merchandising, no acompanhamento da equipa. E o vermos o vizinho do lado numa tremenda dinâmica de crescimento em nada nos ajuda. Porque em termos de dedicação não tememos comparação. Mas os resultados das últimas década estão claramente do lado deles.
Porque tem sido quase sempre melhores.
Melhores classificações, mais apuramentos europeus, e agora o vice campeonato através de um segundo lugar que nunca obtivemos.
Um dos nossos maiores orgulhos era o sermos o único clube fora de Lisboa e Porto que já tinha estado no pré eliminatória da Champions.
Agora já não somos.
E com o risco de vermos o Braga chegar á fase de grupos, ao pote dos milhões, á possibilidade de com mais dinheiro ser maior, mais forte e mais competitivo.
Oportunidade que nós desperdiçamos. Não por um fiscal de linha desonesto (embora também) mas porque quem nos dirige não percebeu as oportunidades extraordinárias que ali estavam de darmos o grande salto em frente.
No dia em que nos saiu o Basileia, como ultimo obstáculo á entrada na fase de grupos, tínhamos de apostar tudo. Correr riscos e reforçar a equipa de molde a garantir a passagem.
Contratamos o Gregory e o Wénio, zangamo-nos com o Porto e envolvemo-nos numa aventura trágica com o Benfica.
Que só podia acabar como acabou. Porque quem nos dirige não percebeu.
Creio que todos estes problemas, e outros de menor escala, tem estado na origem da nossa irregularidade classificativa e da frustração que todo nós sentimos quando vemos um grande clube como o nosso a ficar muito aquém das suas possibilidades.
Estes problemas não são de hoje, vem de trás, mas importa reconhecer que os últimos anos os têm agravado significativamente.
Olho com preocupação a próxima época.
Quer quanto ao número de sócios (é ano de renumeração), quer quanto às cadeiras vendidas, quer quanto á qualidade do plantel e às opções em termos de clube satélite.
Chega de pedir aos sócios que não falhem. Porque eles nunca falham.
É tempo de outros não falharem.
Porque já basta o que basta.
quarta-feira, maio 19, 2010
O Ultimo Tango em...S.Bento
Acredito que José Sócrates e Pedro Passos Coelho gostam tanto do entendimento a que chegaram como a generalidade dos militantes do PS e do PSD.
Ou seja...nada !
Mas compreende-se a necessidade de face a uma situação económica gravíssima os dois maiores partidos assumirem as suas responsabilidades.
E devem louvar-se os dirigentes que tiveram a coragem de dar o passo.
Podemos gostar ou não da expressão de Sócrates "...são precisos dois para dançar o tango..." e considerá-la mais ou menos adequada.
A verdade é que é fácil de perceber por toda a gente.
É também perceptível que deste par forçado a entender-se, no fim, só um vai ficar a rir-se.
Para o outro terá sido mesmo o último tango.
Mas o país exige, e creio que os militantes de ambos os partidos também, que enquanto tiverem de "dançar" o façam o melhor possível.
Com compostura, correcção e dando os passos certos.
Porque estas" pisadelazinhas" com que um e outro, e ás vezes por interpostas pessoas, se vão mimoseando para mais não servem do que para irritar a assistência ao "baile".
Já que a ele temos de assistir ao menos dancem direitos e respeitem o sentir profundo dos espectadores.
Creio que é o mínimo exigível.
Depois Falamos
terça-feira, maio 18, 2010
Gostei !
Foto: www.presidencia.pt
Acho que o presidente da República esteve bem na comunicação que dirigiu ao país na noite de ontem e na forma como fundamentou a promulgação da lei em causa.
Por três razões fundamentais:
Já se conhecia a sua posição quanto á lei que permite o casamento entre homossexuais e por isso a mandara para o Tribunal Constitucional.
Ontem foi claro nas criticas ao Parlamento e á forma como a questão foi lá resolvida.
Existiam , de facto, outros caminhos.
Em segundo lugar creio que fez bem ao evitar o veto.
Que teria como única consequência o diploma voltar ao Parlamento, para ser novamente aprovado pela mesmíssima maioria , e posterior promulgação automática.
E Cavaco, claramente , não alinhou em mais mais fait divers e perdas de tempo.
Talvez ao PS desse jeito ir por aí, até tendo em vista lógicas presidenciais (pese embora a forma penosa como adiam o apoio a Alegre),mas ao país não dava.
Em terceiro lugar achei adequada a forma como se referiu á crise económica e ao nela residirem razões para a promulgação.
Creio que o Presidente quis dizer claramente ao Governo que é tempo de ...governar.
E não o de perder tempo com manobras de diversão,com causas fracturantes e que dividem desnecessariamente a sociedade portuguesa, com o prolongar de discussões próprias da estratosfera da "cultura" mas irrelevantes para a qualidade de vida dos portugueses.
O casamento dos homossexuais pode ser muito importante ,para eles, mas é irrelevante para o país.
E foi isso que Cavaco disse ao Governo.
O progresso que os portugueses esperam não é nas leis deste tipo.
É na recuperação económica, na diminuição do desemprego, no crescimento dos salários reais.
Aí é que "a bola pincha" como diz um amigo meu.
Depois Falamos
segunda-feira, maio 17, 2010
domingo, maio 16, 2010
Grande Barça !
Estou naturalmente muito satisfeito com o esplêndido triunfo do Barcelona na Liga espanhola.
E digo naturalmente porque aqueles que vão tendo a paciência de me lerem ao longo dos anos já terão percebido que o Barça é o meu segundo clube.
Muito depois do Vitória,certamente, mas o clube de que mais gosto embora não seja do meu país.
Sinto-me um verdadeiro "culé" no exterior da Catalunha.
Talvez por conhecer muito bem Barcelona e já ter ido inumeras vezes ao Nou Camp (jogos é que só lá vi um Barcelona-Juventus...) numa romagem obrigatória cada vez que estou na cidade condal.
Talvez por me identificar com a forte identidade do clube e a forma como representa toda uma região.
Talvez por sentir que o seu lema "Mais que um clube" é algo com que me sinto totalmente de acordo e gostaria de ver o meu Vitória,á sua escala,assumir.
Talvez porque passaram pelo Barcelona alguns dos jogadores que mais gostei de ver jogar.
Cruyff, Maradona,Ronaldo, Laudrup,Romário,Ronaldinho,Figo, Messi.
Talvez por admirar um clube que sabe tirar extraordinário proveito dos seus escalões de formação.
Hoje, no jogo do titulo, alinharam "apenas" estes:
Valdés, Puyol,Piquet, Busquets,Messi,Pedro,Bojan.
Iniesta regressado após lesão apenas jogou 10 minutos e o genial Xavi ficou de fora por castigo.
Nove jogadores oriundos de La Masia.
Mas há mais no plantel.
Por tudo isso admiro o Barcelona e sou seu adepto.
Mas também porque treinado por Pepe Guardiola, outro nado e criado no clube de que foi capitão e excepcional jogador,o Barcelona joga o mais espectacular futebol do planeta.
Por isso acho que o titulo está muito bem entregue.
Porque foi ganho pela melhor equipa.
E quando assim é...
Depois Falamos
E digo naturalmente porque aqueles que vão tendo a paciência de me lerem ao longo dos anos já terão percebido que o Barça é o meu segundo clube.
Muito depois do Vitória,certamente, mas o clube de que mais gosto embora não seja do meu país.
Sinto-me um verdadeiro "culé" no exterior da Catalunha.
Talvez por conhecer muito bem Barcelona e já ter ido inumeras vezes ao Nou Camp (jogos é que só lá vi um Barcelona-Juventus...) numa romagem obrigatória cada vez que estou na cidade condal.
Talvez por me identificar com a forte identidade do clube e a forma como representa toda uma região.
Talvez por sentir que o seu lema "Mais que um clube" é algo com que me sinto totalmente de acordo e gostaria de ver o meu Vitória,á sua escala,assumir.
Talvez porque passaram pelo Barcelona alguns dos jogadores que mais gostei de ver jogar.
Cruyff, Maradona,Ronaldo, Laudrup,Romário,Ronaldinho,Figo, Messi.
Talvez por admirar um clube que sabe tirar extraordinário proveito dos seus escalões de formação.
Hoje, no jogo do titulo, alinharam "apenas" estes:
Valdés, Puyol,Piquet, Busquets,Messi,Pedro,Bojan.
Iniesta regressado após lesão apenas jogou 10 minutos e o genial Xavi ficou de fora por castigo.
Nove jogadores oriundos de La Masia.
Mas há mais no plantel.
Por tudo isso admiro o Barcelona e sou seu adepto.
Mas também porque treinado por Pepe Guardiola, outro nado e criado no clube de que foi capitão e excepcional jogador,o Barcelona joga o mais espectacular futebol do planeta.
Por isso acho que o titulo está muito bem entregue.
Porque foi ganho pela melhor equipa.
E quando assim é...
Depois Falamos
Campeões !
Hoje foi um dia bom para o futebol.
Porque os dois melhores treinadores do mundo,com a devida licença de Fabio Cappelo e Gus Hiddink,sagraram-se campeões nacionais.
José Mourinho com o Inter e Pepe Guardiola com o Barcelona.
Filosofias de jogo diferentes,concepções técnico-tácticas distintas,maneira de ser e estar totalmente diversas.
Mas dois fabulosos treinadores.
Um português e um espanhol.
E quando os melhores ganham, e Inter e Barcelona foram-no indiscutivelmente apesar dos grandes campeonatos de Roma e Real Madrid,o futebol progride.
Pena não ser assim em todo o lado.
Mas por alguma razão Espanha e Itália,a par de Inglaterra,são os países onde se joga o melhor futebol e que tem a maior concentração mundial de grandes talentos.
Ao contrário,por exemplo de Portugal,onde se joga pouco, se sobrevalorizam jogadores apenas bons e se discute mais do que se compete.
Mas este post é para falar de bom futebol.
Bem jogado e com verdade desportiva.
E para realçar Mourinho e Guardiola.
Os melhores do mundo.
Depois Falamos
Porque os dois melhores treinadores do mundo,com a devida licença de Fabio Cappelo e Gus Hiddink,sagraram-se campeões nacionais.
José Mourinho com o Inter e Pepe Guardiola com o Barcelona.
Filosofias de jogo diferentes,concepções técnico-tácticas distintas,maneira de ser e estar totalmente diversas.
Mas dois fabulosos treinadores.
Um português e um espanhol.
E quando os melhores ganham, e Inter e Barcelona foram-no indiscutivelmente apesar dos grandes campeonatos de Roma e Real Madrid,o futebol progride.
Pena não ser assim em todo o lado.
Mas por alguma razão Espanha e Itália,a par de Inglaterra,são os países onde se joga o melhor futebol e que tem a maior concentração mundial de grandes talentos.
Ao contrário,por exemplo de Portugal,onde se joga pouco, se sobrevalorizam jogadores apenas bons e se discute mais do que se compete.
Mas este post é para falar de bom futebol.
Bem jogado e com verdade desportiva.
E para realçar Mourinho e Guardiola.
Os melhores do mundo.
Depois Falamos
sábado, maio 15, 2010
Pedidos de Desculpas
Tem causado alguma celeuma, parte dela oriunda do PS, o facto de Pedro Passos Coelho ter pedido desculpa aos portugueses pelo facto de o PSD apoiar algumas medidas de combate á crise económica.
Embora sendo uma posição de risco, que para o bem e para o mal vai acompanhar PPC durante algum tempo,não vejo mal nenhum na atitude em si.
Vejo-a até como um sinal de humildade e de respeito por aqueles que vão pagar a crise com a diminuição de uma qualidade de vida em tantos casos já diminuta.
As criticas que vem do PS são,isso sim, oriundas num resto de arrogância que por lá perdura e que parece insensível ao estado a que cinco anos de governo socialista conduziram o pais.
Creio,pois,que Passos Coelho esteve bem.
Falta complementar essa atitude com algo que me parece essencial.
Explicar aos militantes do partido as razões que levaram o PSD a esta convergência com o PS.
Já todos sabemos que é em nome do interesse nacional
Mas será bom se explicarem detalhadamente as medidas, a sua abrangência, os resultados práticos na vida de cada um.
E por isso bem andariam os dirigentes nacionais do partido se ,em natural sintonia com as distritais,convocassem com urgência assembleias distritais em todos os distrito do país e no mesmo dia.
Por elas se distribuiriam o presidente, os membros da CPN, o secretário geral e os secretários gerais adjuntos afim de explicarem detalhadamente tudo aquilo que está em causa com este programa de combate á crise.
Proporcionaria uma forte mobilização do partido e seria um sinal de respeito pelas estruturas distritais,concelhias e especialmente pelas bases do PSD.
Uma forma diferente de fazer as coisas.
É a minha opinião enquanto militante de base.
Vale o que vale.
Depois Falamos
sexta-feira, maio 14, 2010
A Visita do Papa
Terminou a visita a Portugal de Bento XVI.
Pelo que tive oportunidade de acompanhar, via comunicação social, terá constituído um assinalável êxito em termos de adesão popular.
Especialmente,como sempre, em Fátima onde terão estado meio milhão de peregrinos.
Creio que para os crentes,ou seja a maioria dos portugueses, terá sido um lenitivo face aos tempos de dificuldade que o país vive.
Porque muitas vezes é na fé, na crença,no imaterial que se vão buscar forças para combater os problemas do dia a dia e as dificuldades que não param de aumentar.
Creio que terá sido,pois,uma visita muito bem sucedida.
Ainda bem.
A mim impressionou-me, e daí a foto que encima o post, a quantidade de vezes que jornalistas chamaram a Bento XVI...João Paulo II !
De facto o Papa polaco, uma das maiores figuras do século XX,deixou uma marca tão forte que cinco anos após a sua morte ainda continua para muitos a ser o ...Papa!
Para mim será sempre o "meu" Papa.
Maneiras de ver as coisas.
Depois Falamos
quinta-feira, maio 13, 2010
Pressas e Vagares
Na politica,como na vida em geral, é quase tão mau chegar antes do tempo como chegar atrasado.
Porque há um tempo certo para tudo.
Um dos aspectos que mais tenho apreciado na liderança de Pedro Passos Coelho, e já o referi em escritos anteriores,é precisamente o ele considerar que existe um tempo certo para o PSD voltar ao poder.
E esse tempo não é agora.
Por razões diversas mas também, e PPC sabe-o bem,porque o PSD ainda não está preparado para tal.
E esse despreendimento pelo poder, essa recusa em precipitar o que chegará a seu tempo,é precisamente uma das caracteristicas que está a valer ao Presidente do PSD uma crescente simpatia dos portugueses.
Que bem fartos estavam de ver o PSD assemelhar-se a um boletim metereológico do cabo Horn!
Agora existe outro desafio a que PPC tem de responder da mesma forma.
Evitar a pressa de aparecer como um estadista.
Saber contornar estes acenos de simpatia vindos de um PS que só os faz porque vê o terreno fugir-lhe debaixo dos pés.
Perceber que esta atenção que Sócrates lhe dispensa é meramente tacticista e sem qualquer sinceridade.
PPC e o PSD estão empenhados em ajudar Portugal a sair da crise.
Acredito que muitos socialistas também.
Sócrates apenas tem como objectivo sobreviver a qualquer custo.
E por isso PPC tem de ter a sensatez de destrinçar o essencial do acessório.
E perceber,tal como o "Road Runner",que alguns presentes astuciosamente oferecidos apenas visam torná-lo numa presa fácil do "Coyote".
Depois Falamos
Porque há um tempo certo para tudo.
Um dos aspectos que mais tenho apreciado na liderança de Pedro Passos Coelho, e já o referi em escritos anteriores,é precisamente o ele considerar que existe um tempo certo para o PSD voltar ao poder.
E esse tempo não é agora.
Por razões diversas mas também, e PPC sabe-o bem,porque o PSD ainda não está preparado para tal.
E esse despreendimento pelo poder, essa recusa em precipitar o que chegará a seu tempo,é precisamente uma das caracteristicas que está a valer ao Presidente do PSD uma crescente simpatia dos portugueses.
Que bem fartos estavam de ver o PSD assemelhar-se a um boletim metereológico do cabo Horn!
Agora existe outro desafio a que PPC tem de responder da mesma forma.
Evitar a pressa de aparecer como um estadista.
Saber contornar estes acenos de simpatia vindos de um PS que só os faz porque vê o terreno fugir-lhe debaixo dos pés.
Perceber que esta atenção que Sócrates lhe dispensa é meramente tacticista e sem qualquer sinceridade.
PPC e o PSD estão empenhados em ajudar Portugal a sair da crise.
Acredito que muitos socialistas também.
Sócrates apenas tem como objectivo sobreviver a qualquer custo.
E por isso PPC tem de ter a sensatez de destrinçar o essencial do acessório.
E perceber,tal como o "Road Runner",que alguns presentes astuciosamente oferecidos apenas visam torná-lo numa presa fácil do "Coyote".
Depois Falamos
O Final Anunciado...
Cartoon: http://miguelsalazar.blogs.sapo.pt
Mais um excelente cartoon do Miguel Salazar.
Extremamente oportuno e com a ironia de sempre.
Chamo particularmente a atenção para o pormenor,magnifico,do boné.
Depois Falamos
terça-feira, maio 11, 2010
Os 23
Carlos Queiroz divulgou a lista de convocados para o Mundial.
Vinte e quatro jogadores (apenas 23 viajarão) a prever alguma lesão que apareça ou que não fique debelada a tempo.
Pepe como é evidente.
De uma forma geral concordo com os convocados.
Apenas em três casos tenho dúvidas.
Daniel Fernandes,Zé Castro e Ricardo Costa.
O guarda redes ,do Iraklis da Grécia ,terá convencido Queirós nas diversas observações a que foi sujeito.
Não me pronuncio porque em Portugal o campeonato da Grécia passa ao lado.
Tenho alguma pena de Rui Patrício que,apesar de tudo,fez um bom campeonato e é um jovem com largo futuro.
Os dois centrais,que vi jogar esporadicamente nos respectivos campeonatos,são as convocatórias mais duvidosas do meu ponto de vista.
Porque sempre que os vi não vi nada de especial.
E acho,mas é apenas a minha opinião,que a alternativa natural a Pepe seria sempre Fernando Meira que tanto pode jogar a central como a trinco.
No resto creio que a convocatória é acertada pese embora ter mantido até ao fim uma pequena esperança na chamada de Nuno Assis.
Que terá sido prejudicado pela falta de curriculum de selecção.
Olhando para a convocatória, e constatando a presença de seis centrais (dos quais sairá o elemento a mais),não seria dificil encaixar um jogador como o criativo vitoriano.
Mas o mesmo dirão os sportinguistas de Moutinho também excluído.
Quanto aos avançados e considerando o prolongado "apagão" de Quaresma apenas fica uma ligeira dúvida sobre a hipótese..Makukula.
O ponta de lança português que mais golos marcou a seguir a Cristiano Ronaldo.
Num campeonato difícil como o da Turquia.
Mas são opções a respeitar.
Até porque nesta matéria é impossível agradar a todos.
São estes os escolhidos...são a partir de agora os melhores.
Depois Falamos
segunda-feira, maio 10, 2010
Reflectir.
Ser-me ia fácil, tendo integrado a Lista que perdeu as recentes eleições para os orgãos sociais do Vitória, vir agora pronunciar-me sobre estes tempos complexos que o clube vive por responsabilidade de quem o dirige.
E que tiveram ontem,perante 25.830 vitorianos ( e meia dúzia de maritimistas), o seu epilogo com a inacreditável derrota face ao Marítimo e consequente não apuramento europeu.
Que tivemos tudo para concretizar e ingloriamente vínhamos desperdiçando há algumas semanas.
São evidentes, e não vale a pena esmiuçá-las, as tremendas responsabilidades neste insucesso imputáveis ao Presidente,vice presidente para o futebol e treinador.
Certamente que noutro fórum que não a blogosfera terão alguns deles oportunidade para responderem ás muitas perguntas que seguramente lhes serão feitas pelos sócios.
Hoje proponho-me contudo fazer outro tipo de reflexão.
Sobre que Vitória queremos.
Porque é para mim claro que caminhamos no fio da navalha.
A quase crónica instabilidade desportiva tem-nos mantido cada vez mais longe do tal quarto lugar que achamos ser nosso.
Mas não é.
A equipa de futebol corre o risco de ser dizimada no final da época(Andrezinho,Desmarets,Gustavo,Nilson,Assis,Marquinho,Roberto,etc) ficando as maiores interrogações sobre que plantel vamos ter para o ano.
Que plantel e que ambições desportivas.
Porque dos reforços anunciados..valha-nos Deus!
A direcção, apesar dos redondos elogios prodigalizados pelos "Grandes Vitorianos" de sofá e pantufas(especialmente no período eleitoral porque agora andam um bocado desaparecidos...),está seriamente atingida na sua credibilidade.
E este caso Paulo Sérgio está tão mal explicado que desconfio que ainda vai degradar mais algo que já não é famoso.
A delicada situação financeira mantém-se,tanto quanto se sabe, e não são conhecidas medidas de fundo para inverter a situação.
Por este andar ainda vamos parar a um PEC vitoriano...
O treinador para a próxima época continua uma incógnita.
Manuel Machado foi dado como certo mas agora parece que já não é bem assim a fazer fé nas declarações do próprio.
Depois o "problema" Sporting de Braga.
Que nos habituamos a ver como o velho rival minhoto é certo,mas quase sempre numa posição de inferioridade.
Agora começamos a vê-lo quase sempre por cima.
E com uma brutal dinâmica de crescimento desportivo, estrutural e associativo.
Tradicionalmente os nossos grandes rivais para a Europa e para o tal mítico 4º lugar eram,para além do Braga, o Boavista, o Belenenses e o Setúbal.
Este último, em muita coisa e não apenas no nome parecido connosco, perdeu o comboio por razões diversas mas a que a crise económica da zona em que está implantado não é alheia.
Um sinal de alerta que não devemos olvidar.
Boavista e Belenenses,ambos com palmarés bem melhor que o nosso infelizmente, afundam-se em campeonatos inferiores devido a sucessivos erros de gestão.
Outro sinal de alerta.
Sendo certo que sempre foram clubes menores em cidades de clubes maiores.
O que limitou as suas possibilidades de crescimento.
Resta o Braga.
Clube principal de uma cidade que hoje,por muito que nos custe, está á frente de Guimarães em diversos índices.
Demográficos,económicos e de desenvolvimento.
Durante muitos anos o Sporting de Braga teve de dividir protagonismo, e até primazia,com o Benfica.
Que tinha em Braga forte contingente de simpatizantes.
Mas também isso está a mudar como a noite de ontem se encarregou de provar.
É certo que nem sempre pelas melhores razões...mas provou.
As novas gerações bracarenses, até pelo nosso exemplo, são cada vez mais pelo seu clube e alérgicas á vassalagem a um clube de Lisboa como durante muitos anos foi apanágio dos bracarenses.
A isso acrescendo uma gestão inteligente em termos de promoção do Sporting de Braga junto das escolas,da Universidade e de outros sectores da cidade, leva-nos a concluir que o nosso velho rival tem um potencial de crescimento tremendo.
Como nunca teve na sua história.
E agora com o conforto dos resultados desportivos.
E a conquista e fidelização de adeptos,nomeadamente nas camadas mais jovens,passa imenso pelas vitórias.
Ou seja:
O que podemos esperar do lado de lá da Morreira é um adversário cada vez mais forte, mais numeroso, mais preparado e ambicioso.
Na próxima época o Braga parte de novo com o titulo como objectivo.
Belíssima equipa,bom treinador,plantel forte e em vias de ser bem reforçado .
Candidato certo a um dos primeiros quatro lugares.
A qualquer um deles.
E nós ?
Qual é a nossa estratégia para não termos de nos habituar a ter apenas o quinto lugar como objectivo ?
E estou a ser quiçá demasiado optimista...
Como vamos conseguir fazer frente a este rival cada vez mais forte ?
Como podemos ambicionar intrometermo-nos na luta pelos primeiros lugares como fizemos tantas vezes ao longo da nossa História com pleno sucesso em quatro ocasiões ?
Ou vamos resignar-nos a ser um clube de meio da tabela falho nos objectivos e modestíssimo nas ambições ?
Foi assim que começou o declínio do Belenenses, do Setúbal e de outros que outrora disputavam lugares cimeiros.
Acho que é este o debate que vale a pena fazer.
Que Vitória para 2010-2020 ?
Como vamos inverter este lento deslizar para posições que não são as nossas nem queremos que sejam ?
Como vamos inverter este lento deslizar para posições que não são as nossas nem queremos que sejam ?
Qual a estratégia para este clube corresponder á dedicação incondicional dos seus adeptos e obter os resultados que eles,adeptos,tanto merecem ?
É a discussão que vale a pena fazer.
Porque debater o mercenário que foi para Alvalade, os dirigentes que não defenderam a dignidade do clube nem os objectivos desportivos, ou a estrutura de poder que sustenta tudo isto...é perda de tempo.
O Vitória que todos queremos não passa,seguramente,por aí.
A prova está feita.
Depois Falamos
A Estátua
Um sujeito que nunca devia ter passado por Guimarães e pelo Vitória veio ontem, depois de graças á sua falta de competência o clube ter ficado arredado das competições europeias, proferir um conjunto de afirmações verdadeiramente revoltantes.
Sendo que a pior, do meu ponto de vista, foi afirmar que se o Vitória tivesse ficado em 5º lugar os sócios em vez de o assobiarem ainda lhe faziam uma estátua (sic) !
Com esta afirmação demonstrou não conhecer a História do clube , não perceber a sua grandeza, não entender os seus associados !
Por isso me parece que se algum dia ,em Guimarães, lhe fizessem uma estátua só podia ser idêntica á da imagem que titula este post !
Essa sim era uma estátua adequada ao personagem.
Depois Falamos
Orgulho Vimaranense
Tenho,sempre,imenso orgulho em ser vimaranense.
Nascido no velho hospital da Misericórdia a 100 metros do Castelo.
Mas hoje tive ainda mais orgulho.
Porque enquanto via ,na porcaria das televisões que temos, o que se passava noutras cidades do país reflectia no que é Guimarães.
Enquanto noutros lados, de norte a sul, se viam caravanas automóveis a buzinarem estridentemente, concentrações populares,festejos e foguetes a propósito da vitória de um clube de Lisboa num campeonato de futebol (apenas isso), em Guimarães a noite foi calma e serena.
Por cá não se passou nada.
Porque cá existe um clube chamado Vitória.
Que é o nosso clube.
E o respeitinho é muito lindo !
Depois Falamos
Nascido no velho hospital da Misericórdia a 100 metros do Castelo.
Mas hoje tive ainda mais orgulho.
Porque enquanto via ,na porcaria das televisões que temos, o que se passava noutras cidades do país reflectia no que é Guimarães.
Enquanto noutros lados, de norte a sul, se viam caravanas automóveis a buzinarem estridentemente, concentrações populares,festejos e foguetes a propósito da vitória de um clube de Lisboa num campeonato de futebol (apenas isso), em Guimarães a noite foi calma e serena.
Por cá não se passou nada.
Porque cá existe um clube chamado Vitória.
Que é o nosso clube.
E o respeitinho é muito lindo !
Depois Falamos
domingo, maio 09, 2010
Um Bom F.D.S.
Com a precaução e a sensatez que o passar dos anos vai trazendo tenho acompanhado esta nova fase da vida do PSD.
Novo líder, novos dirigentes, uma forma de fazer politica bastante diferente da liderança anterior.
É ainda cedo, muito cedo, para fazer balanços.
Quanto mais para nos deixarmos embalar por uma ou outra sondagem de resultado animador.
Mas creio que neste primeiro mês de liderança Pedro Passos Coelho tem estado francamente bem.
Bem na forma, bem no conteúdo,bem no timing das intervenções.
Muito bem até no que toca a refrear entusiasmos e no fazer passar a ideia de que não tem pressa em formar governo.
Há um longo trabalho até chegarmos lá.
Ao poder.
Este fim de semana tive oportunidade, na qualidade que muito prezo de militante de base, de participar em duas sessões do partido de cariz totalmente diferente.
Em Matosinhos, sexta feira, num grande jantar comemorativo dos 36 anos do partido organizado pela distrital do Porto.
2500 pessoas (e todas a pagarem o respectivo bilhete),entusiasmo como há muito não via, pode mesmo dizer-se que era o PSD no seu melhor.
Foi um bom momento.
Sábado, em Viana do Castelo, numa sessão de homenagem ao Professor Mota Pinto organizada pela respectiva distrital.
Carácter muito mais restrito, cerca de 120 pessoas, para evocar a memória daquele que foi um dos nossos maiores.
Intervenções muito interessantes de um conjunto de oradores convidados:
Mário Frota, Calvão da Silva,Mendes Bota,Daniel Proença de Carvalho,Paulo Mota Pinto e Pedro Passos Coelho.
Com algumas achegas oportunas de Amândio de Azevedo.
E o relembrar de momento que fazem parte da História do PSD.
Creio que um dos resultados já visíveis desta liderança, e que espero se mantenha por muito tempo,é a imagem de um partido em paz consigo próprio.
Em que a disputa eleitoral já lá vai e parece existir uma sincera vontade de todos,incluindo alguns ex lideres mais activos,de ajudarem a construir uma alternativa.
E muito virado para Portugal e para os problemas que urge resolver.
"Só" por isto já valeu a pena eleger Pedro Passos Coelho.
Mas sem ilusões de facilidade.
Este fim de semana correu bem.
Falta fazer muito mais.
Depois Falamos
sexta-feira, maio 07, 2010
Como "Isto" Anda...
Leio nos jornais mais uma história mirabolante.
Que me ajuda a consolidar a ideia de que Portugal parece,cada vez mais, um manicómio a céu aberto.
Um deputado do PS, entrevistado por jornalistas da revista "Sábado", não gostando do teor das perguntas terminou abruptamente a conversa e retirou-se.
Metendo ao bolso os gravadores dos jornalistas !
E recusando-se a devolvê-los quando instado a tal.
A isto se chama roubo.
Independentemente da patética argumentação por ele usada para justificar o injustificável.
No dia seguinte o deputado (que já não o devia ser) foi aplaudido pelos seus pares na reunião do grupo parlamentar do PS!
A isso se chama conivência.
Embora a falta de vergonha tenta camuflá-la numa solidariedade que não tinha a minima razão de existir.
Governados por gente desta como podem as famosas agências de rating ter confiança na economia deste país ?
Pior:
Que credibilidade tem um governo, apoiado por um grupo parlamentar que aplaude quem rouba,para aplicar o não menos famoso PEC?
Pobre Portugal.
Depois Falamos
Vamos Lá Malta!
Vamos lá levar a equipa ao colo até á Liga Europa.
Porque se não formos nós ,vitorianos, a enchermos o D.Afonso Henriques e a criar um ambiente de grande vitorianismo capaz de levar os jogadores a superarem-se creio corrermos o risco de uma tremenda desilusão.
Factos:
O treinador fez o que se sabe.
Com ele não se pode contar para nada.
E isto para ser simpático.
A equipa tem demonstrado uma inoperância exibicional de meter dó.
Foi em Vila do Conde, foi em casa com o Olhanense,foi noutras ocasiões em que saimos dos estádios desiludidos.
Para o jogo decisivo estamos desfalcados daqueles que terão sido,provavelmente,os melhores jogadores do Vitória em todo o campeonato.
Nilson, Gustavo e Nuno Assis.
A que se junta um Douglas em melhoria de forma.
Na equipa titular vão estar jogadores em dia de despedida depois de não terem chegado a acordo para renovar.
Andrezinho e Desmarets.
Para o ataque as opções disponiveis são três jogadores também de malas aviadas.
Roberto, Marquinho e Jorge Gonçalves.
O primeiro em atrito por causa da célebre "avaliação", o segundo dispensado de forma incompreensivel e o terceiro publicamente desmoralizado pelo presidente do clube.
A isto se junta um ambiente tenso (basta ver a conferência de imprensa dos três capitães)e uma direcção calada face aos comportamentos do Sporting e do treinador.
Cereja em cima do bolo a nomeação provocatória de um árbitro, Olegário Benquerença, do qual temos enormes razões de queixa ao longo dos anos.
E esta época também.
Bastará lembrar o Vitória-Sporting ou o Vitória-Olhanense.
O cenário não é,pois, muito animador.
Mas vamos acreditar.
E ajudar os jogadores a acreditarem.
Depois Falamos
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