
Em política ter memória dá muito jeito mesmo quando, e isso às vezes acontece, há factos e acontecimentos que mais valia esquecer.
Dá jeito e também provoca algum deleite ao , por exemplo,analisar acontecimentos presentes e fazer uma ligação ao passado e aos seus protagonistas.
Conheço Rui Rio e Luís Marques Mendes, tenho por ambos consideração pessoal e de ambos fui colega no Parlamento, mas nunca os apoiei nas disputas internas pela liderança do PSD.
Apoiei duas vezes Luís Filipe Menezes contra Marques Mendes, uma derrota seguida de uma vitória histórica e até hoje inigualável porque foi o único candidato a derrotar um líder em funções, e depois Pedro Santana Lopes contra Rui Rio disputa que este último venceu.
E é nesta última que radica algum deleite pessoal.
Porque recordo bem que grande parte, praticamente todos, dos apoiantes "notáveis" de Marques Mendes nas disputas anteriores apoiaram Rio contra Santana fazendo as mais convictas declarações de apoio e quase jurando que era Deus no céu e Rio na Terra e no PSD.
E agora andam pela candidatura presidencial de Marques Mendes excomungando Rui Rio porque este é mandatário de uma candidatura adversária e descobrem-lhe defeitos onde antes só encontravam virtudes.
Na política ter memória dá realmente muito jeito.
Mas ter convicções em vez de interesses também não fica mal a ninguém.
Depois Falamos.
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