Um livro que é uma colectânea das crónicas publicadas por Alberto Gonçalves no Diário de Notícias na Sábado (orgãos de comunicação de onde foi saneado por incomodar o poder)e no Observador de que é actualmente colunista.
A elas se juntam alguns textos escritos propositadamente para este livro.
Leitor fiel de Alberto Gonçalves já tinha lido a esmagadora maioria das crónicas, que abarcam o período entre 2015 e 2017, mas foi com enorme gosto que as reli e recordei algumas situações que o autor oportunamente denunciou.
Creio que ninguém nestes três anos caracterizou tão bem o governo da geringonça, as suas mentiras, erros e enganos como Alberto Gonçalves o fez ,e continua a fazer, numa escrita fluída, assertiva, compreensível para todos e revestida de uma deliciosa ironia que é uma característica que me agrada pessoalmente muito na escrita política.
São 92 textos, se não me enganei na contagem, que se leem num ápice tal o interesse de que se revestem e que convém guarda para memória futura.
Deles todos destaco três porque são aqueles que ,como se costuma dizer, me encheram as medidas:
"O Congresso". Que refere o último congresso do PCP e que é um daqueles,poucos, que nunca tinha lido.
"O comentador de direita: uma profissão de futuro" em que faz uma descrição magistral de alguns "vendidos" que por aí andam a fazer fretes ao poder.
"Portugal: Doze pontos" em que versa o último festival da Eurovisão e a forma como por cá se reagiu ao triunfo português.
Mas o livro é, todo ele, muito interessante e merece ser lido, relido e guardado para a tal memória futura cuja oportunidade chegará mais dia menos dia.
Depois Falamos.
2 comentários:
Caro Cirilo:
Já gostava das crónicas de Alberto Gonçalves na «Sábado», percebi que tinha sido dispensado, mas não consegui perceber os detalhes.Percebi que era medo, puro e simples medo.
O Sócas perseguia jornais e jornalistas,agora que estamos com um governo PS repete-se.O PS caracteriza-se por isto: bancarrotas e terror.
As crónicas são boas reflexões sobre a cultura de esquerda e as suas consequências. A esquerda não pode deixar fugir o monopólio do controle sobre o poder cultural -Gramsci explica tudo.
Infelizmente o PSD NUNCA percebeu isto...
Cara il:
Todos percebemos que o ataque do Costa à Altice é para tentar intimidá-los. Porque a ele o que dava jeito era a TVI nas mãos em que estava visto que RTP e SIC não o incomodam.
Mas vai ter azar.
Pena que realmente o PSD tenha dificuldade em entender algumas das realidades comunicacionais que o Alberto Gonçalves tão bem descreve.
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