Neymar é um extraordinário futebolista, todos o sabemos, e provavelmente aquele que em termos de classe pura aparece logo a seguir aos ainda inatingiveis Ronaldo e Messi que para já continuam solitários no patamar mais elevado.
Ao serviço do Barcelona e do Brasil, mais do clube que da selecção em boa verdade, tem rubricado grandes exibições, marcado extraordinários golos e deslumbrado quem acorre aos estádios para ver jogar aqueles que o futebol tem de melhor.
Mas não vale 220 milhões de euros!
Nem ele nem futebolista nenhum do mundo, mesmo os "tais" dois, e o facto de o negócio por esse valor absurdo estar prestas a consumar-se apenas confirma a desregulação actual do futebol e a sua permeabilidade a loucuras com origem em país de estranho dinheiro.
Devo dizer que se fosse dirigente do Barcelona, e concordando com a posição do seu presidente que afirma que o clube catalão não baixará um cêntimo à clausula de rescisão, rezaria a todos os anjinhos para que o negócio se realizasse e o mais depressa possível.
Porque perdendo um jogador de categoria mundial a verba que o clube vai receber dá para ir ao mercado e contratar dois ou três jogadores de altíssimo nível que não só suprirão a partida do brasileiro como tornarão o plantel ainda mais forte.
Se pensamos que de nomes como Griezman, Hazard, Dybala, Mbappé ou Coutinho, entre outros desse patamar, o Barcelona poderá contratar dois ou três de uma assentada percebe-se bem que a direcção do clube e os próprios adeptos (o que é significativo) estejam pouco ou nada preocupados com a saída de Neymar.
Fica apenas o problema deste estranho dinheiro que anda pelo futebol mas esse não é problema que os clubes possam resolver face à realidade das coisas.
É um problema da UEFA, da FIFA e dos próprios Estados.
E convém que o resolvam.
Porque o excesso de dinheiro também pode matar o futebol.
Depois Falamos
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