terça-feira, abril 12, 2016

O Nosso 14

Não contem comigo, aviso desde já, para "crucificar" os jogadores fazendo deles o bode expiatório por esta época de fracasso desportivo do Vitória.
Quero com isto dizer que não tem responsabilidades?
Não.
Porque é evidente que tem algumas e eles são os primeiros a saberem isso.
Mas é óbvio que esta época correu muita coisa mal, desde a pré temporada, cuja responsabilidade não pode ser assacada aos jogadores e que se reflectiu depois no seu rendimento individual e colectivo.
Mas isso ficará para o balanço da época a fazer depois do fecho da Liga.
Agora está em análise apenas o jogo de Vila do Conde.
Individualmente:
João Miguel: Sofreu mais dois golos sem qualquer culpa e ainda evitou outros dois. Por ele estávamos na Europa.
Bruno Gaspar: Uma exibição regular e a autoria do melhor remate do Vitória.
Josué: Fica ligado aos dois golos. Num foi antecipado e no outro terá (?) feito penálti.
Pedro Henrique: Outra exibição sem grandes problemas para resolver e algumas dobras bem feitas.
Dalbert: Bem a atacar mas muitos problemas a defender com Heldon e depois Ukra.
Bouba: O regresso trouxe alguma estabilidade ao meio campo mas jogou num raio de acção demasiado limitado.
Cafu: Fez o remate mais perigoso do Vitória e alguns bons passes a variar jogo. Não se percebeu a substituição.
Otávio: Começou bem mas foi-se apagando. Algo complicativo.
Valente: Quando andou pela área criou perigo como naquela recarga ao remate de Cafu. "Exilado" nos flancos fez o que pôde mas perdeu eficácia. Estranhamente substituido quando a equipa precisava de golos.
Dourado: Faz pena ver um ponta de lança com a sua qualidade não ter jogo para concretizar. Ele bem procurou a bola, até recuando no terreno, mas a equipa nunca o serviu devidamente.
Licá: Passou ao lado do jogo. Pensou-se que saíria ele e não Valente mas o treinador decidiu de outra forma.
Alexandre Silva: Entrou mas não foi visto.
Franci: Entrou mas não foi visto.
Tozé: Reapareceu na A, depois de andar uns tempos pela B, mas sem tempo para mais do que para executar um livre bem acima da barra da baliza do Rio Ave.
Douglas, Moreno, Phete e João Teixeira não foram utilizados.
Espera-se agora que sem objectivos na I Liga os recursos humanos sejam bem usados para ajudar a equipa B a evitar a descida de divisão que é hoje a grande prioridade desportiva do futebol do Vitória.
Por muito triste que isso seja, por várias razões, as coisas são assim mesmo.
Depois Falamos

11 comentários:

Saganowski disse...

Caro Luis,

Continuo sem perceber como é que jogadores como Dalbert são titulares indiscutíveis!
Continuo sem perceber porque não jogamos com o Valente e o Dourado juntos na area.
Continuo sem perceber porque não temos fio de jogo, com jogadas simples, ao primeiro toque, de baliza a baliza.

No seu post "A Europa aos Quadradinhos" comentei que o Vitória não faria mais de 6 a 8 pontos até ao fim da Liga. O resultado de ontem está, infelizmente, a dar-me razão...

luis cirilo disse...

Caro Saganowski:
Não és só tu que não percebes...

Pedro disse...

Meus caros, eu não percebo a apatia generalizada que se abateu no clube. Perder e ganhar é a mesma coisa. Tenho saudades dos tempos em que uma derrota - para não falar num conjunto de derrotas - era razão para haver espera no final dos jogos e apertos nos treinos. Muitos dirão que isso é um instigar à violência e tal. Eu digo: Isso era o VITÓRIA!!! Exigência, vontade de ganhar e lutar pelos lugares cimeiros. Nada disso hoje acontece.

luis cirilo disse...

Caro Pedro:
O vitorianismo está "adormecido".
E isso é mais preocupante que os resultados desportivos porque a paixão dos adeptos sempre foi o grande "cimento" do crescimento do Vitória.
Hoje há uma passividade, um baixar de braços, um deixar cadeiras vazias no estádio que é absolutamente preocupante.

JRV disse...

A passividade de que se fala está alicerçada em dois aspectos: o primeiro são as claques que me parecem absolutamente condicionadas por favores da direcção - venderam-se; o segundo é a imprensa local, que insiste em fazer de conta que não se passa nada e se recusa a questionar a gestão do clube. Reminiscências de ditadura...

Controladas as massas mais instáveis e a imprensa, perpetua-se a mediocridade.

Anónimo disse...

Caro Luis Cirilo,
Vivemos um periodo negro na nossa história, onde quase todos acabam por ter razão na identificação das causas para este estado atual do clube! Realço que não se tratam apenas de questões meramente desportivas, mas sim o crescimento sustentado da perda dos nossos valores e peso no futebol nacional! Poderia estar aqui a dissertar sobre a minha opinião, no fundo "chover no molhado", contudo, confesso que o que me levou a escrever/desabafar foi o facto de ter acabado de ler as recentes declarações do nosso Presidente e de ter ficado perplexo com as suas palavras, já que as mesmas, apenas bem corroborar com o que anteriormente disse!! Mentalidade pequena, pouco ambiciosa, muito institucionalizada (estará em campanha para a Liga de Clubes?), desajustada aos pergaminhos do clube, ......, no fundo mais do mesmo, perspectivando-se com este presidente, a manutenção da mediania nos resultados desportivos e na apatia do clube enquanto o maior símbolo da nossa cidade, Pais, Mundo e arredores!!!
Lamento, muito mais teria para dizer, mas prefiro neste momento manter este registo.....

Saganowski disse...

Esta semana já não se vai falar mais nisto, porque já trataram de fazer notícias com a assinatura de um novo contrato de equipamentos com a Macron para distrair os mais bacocos!

Relativamente ao apoio à equipa, a partir de ontem não me parece que vá haver muito mais do que se viu ontem!

E para provar que também não há grande sintonia de objectivos entre o treinador e o presidente (como se isto fosse novidade), basta ver as declarações do treinador ontem e do presidente hoje: um diz que enquanto for matematicamente possivel lutar pela Europa, a equipa vai lutar; o outro hoje assumiu o adeus às competições europeias...
Palavras para quê?

luis cirilo disse...

Caro JRV:
Há de factos factores de "passividade" que no passado não se verificavam.
E o Vitória nunca foi um clube passivo embora o "passivo" sirva de desculpa para muita coisa.
Caro Anónimo:
Percebo as suas reservas.
Mas a liderança foi sempre um factor de mobilização e crescimento do Vitória.
Nos tempos que correm por razões que não conheço (e neste momento também não quero especular)há uma lacuna acentuada nessa matéria.
Caro Saganowski:
É inquestionável que há falta de sintonia entre SAD e treinador.
Nomeadamente nas questões que se prendem com a arbitragem mas não só.
Enfim,,,mais um triste momento de uma época toda ela triste

Anónimo disse...

E faltando 5 jornadas para o fim estamos a 16 pontos do nosso rival direto, 16!!! O que garante desde já que vão ficar mais um ano à nossa frente. Temos de mudar de paradigma o quanto antes. Dizemos sempre mal, mas alguma coisa de bem eles fizeram. E porque não copiar as coisas boas Sr.Cirilo? Mantendo sempre a nossa identidade como é óbvio.

Anónimo disse...

No meio disto tudo só me apetece dizer... volta Pimenta estás perdoado!

Por este andar, nos próximos 10 ou 15 anos não passamos de um clube banal que outrora imponha respeito.

Acho incrível como haja quem defenda o treinador! Completamente absurdo. Desconfio que com estes jogadores, o Cajuda até treinava menos para obter melhores resultados.

Quando o Pimenta era presidente a rádio Santiago tinha argumentos para tudo contra ele, hoje em dia são quem mais contribui para a degradação do Vitória no seio da população. Temporizam muito bem as noticias como lhes convém.

Contudo, anda muita gente na direção (e nas claques...) que gosta da atual situação.

Para os próximos anos, só acredito numa revolução para voltarmos ao velho Vitória quando o Luís Cirilo for presidente.


Fernandes.

luis cirilo disse...

Caro Anónimo:
Inteiramente de acordo.
Até porque o Braga está onde está por fazer mais coisas bem feitas do que asneiras.
Por isso e porque nós lhe demos o espaço todo.
Caro Fernandes:
De facto o Vitória está a banalizar-se.
Nas classificações, na forma como é ultrapassado por clubes que dantes só nos viam ao longe, no facto de o Braga estar num patamar em relação a nós que normalmente era o nosso em relação a eles.
E tem, na realidade, existido uma tolerância com todos os que sucederam a Pimenta que nunca houve nos últimos anos de Pimenta a presidente.
Dos adeptos à comunicação social embora neste ultimo caso se possa dizer que Pimenta "comprou" guerras sem sentido e que só prejudicaram.
Essencialmente acho que falta ao Vitória uma liderança que galvanize os adeptos e lhes devolva a esperança de triunfos e da conquista de troféus.
É verdade que passamos anos difíceis em que a prioridade teve de ser a financeira mas mesmo assim o discurso podia e devia ter sido outro. Especialmente quando somos prejudicados e ninguém.
Entre passivo por um lado e passividade por outro vai-se desanimando os adeptos.
E isso é muito mau.