Escrevo este post completamente á vontade dado que a situação que nele trato nada tem a ver, desta vez, com o Vitória.
Embora noutras ocasiões já tenha tido!
Vi pela televisão o jogo Académica-Benfica, arbitrado por Carlos Xistra, e apreciei as incidências do mesmo com a nítida percepção do que aconteceria no pós jogo.
A verdade é que Xistra, que está longe de ser um grande talento enquanto árbitro, rubricou uma boa actuação sem reparos de maior e procurando julgar com isenção.
Das três grandes penalidades duas são-no sem qualquer sombra de dúvida.
A segunda dos estudantes e a do Benfica.
A primeira favorável à equipa da casa pode suscitar algumas dúvidas mas confesso que já a vi na televisão várias vezes e estou longe de ter uma certeza inabalável sobre se foi ou não dentro da área.
Imagine-se o árbitro a ter de decidir em fracções de segundo.
O “crime de Xistra foi o ter marcado, ó suprema heresia, duas grandes penalidades contra o Benfica e com isso os encarnados não terem conseguido vencer no terreno um jogo que na teoria já estava no “papo”.
E daí a habitual tempestade mediática que se abateu sobre o árbitro mal o jogo terminou.
Das diatribes de Jorge jesus às teorias da conspiração do meu amigo Rui Gomes da Silva.
Que hoje e amanha, e essa é a razão de ser deste post, vai continuar nesses programas de verdadeira intoxicação televisiva e de autêntico lesa futebol que são o “dia seguinte”, o “prolongamento” e o “trio de ataque”.
Onde Rui Gomes da Silva, Fernando Seara e António Pedro Vasconcelos vão ter horas de televisão para “desfazerem” Carlos Xistra sem qualquer contraditório ou opinião divergente que não seja a dos seus colegas de painel que amanhã vão estar na mesma posição quando Porto ou Sporting não conseguirem ganhar e o árbitro seja a desculpa mais fácil de esgrimir.
Claro que se a Académica hoje, e qualquer outro dos 12 restantes amanha, estivessem nesses programas poderiam contrabalançar o “massacre” e lembrar que no fim de 30 jornadas o trio FCP/SLB/SCP é muito mais favorecido do que prejudicado.
Mas da ditadura anterior ao 25 de Abril sobrou um monopólio.
Sobrou…e piorou.
O dos três clubes.
E perante isso é humanamente compreensível que alguns árbitros (quase todos em boa verdade…) se “encolham”.
Afinal ninguém gosta de ser massacrado na praça pública.
Depois Falamos
12 comentários:
ora aí está uma mão cheia de verdades.
Rui Ricardo
Meu caro Luis,
Não vi o jogo (estou no meio do Maranhão) mas tenho por boas as tuas observações e análises. Só que do academista prefiro não ter ninguém nesses programas a defender o meu clube do que ter algum imbecil ao serviço do energúmeno que é presidente da Académica e que nos envergonha pela sua triste conduta e postura. Abraço forte, ZP
o caro Luis Cirilo, provou que não vê esses programas ao julgar que o trio de ataque ainda se faz com António Pedro Vasconcelos.
Parabéns!
O dr. Luis Cirilo acaba de dar um tiro no pezinho, uma vez que o já fez parte de um programa do género, no Porto Canal.
Viva a Briosa!
(Cá para nós, que ninguém nos ouve, sem árbitro, tinhamos ganho...)
o António Pedro Vasconcelos deixou o trio de ataque há cerca de 1 ano...
LC critica o que não vê....
JM
Caro Rui Ricardo:
infelizmente.
Caro Zé Paulo:
Compreendo-te. Mas o principio deve ser o de permitir o contraditório.
Caro Anónimo:
Tem toda a razão. Não vejo mesmo.
Caro ANónimo:
Ao contrário. O programa do Porto Canal foi o primeiro passo para acabar com o monopólio. Infelizmente não durou muito.
Caro Anónimo:
Podiam ter ganho mesmo.
Caro JM:
De facto não vejo. Nem preciso. Porque comentadores afectos ao SLB/FCP/SCP não vão,de certeza absoluta, defender o Vitória, a Académica, o Paços de Ferreira, etc
Caro LC,
ver o trio de ataque é uma medida preventiva ! Permite ver como os srs. do sistema vêm o futebol e lêem as vicissitudes da evolução do campeonato, embora, no limite da azia, a "clubite" impere. Permite ainda ajudar a pensar "futebolês", porque nem todos os comentários são facciosos.
Já os outros 2 programas não recomendo.
O "prolongamento" depende do estado psicológico de cada um dos seus comentadores. E do estado sóbrio ou ébrio de um deles.
O "dia seguinte" tem dois incendiários, um bombeiro, e um pivot às aranhas. Sofrível.
JM
Pois sim, acabar com o monopólio.
Até parece que havia lá representantes do Rio Ave, Gil Vicente ou Moreirense...
Coerência por favor
Caro Anónimo:
Não discordo.
Caro Anónimo:
Nem do Macedo de Cavaleitros ou do Cabeça Gorda.
Não disse quue era o programa perfeito. Apenas que era uma evolução enorme face ao status quo de 50 anos de televisão.
Mas para alguns é sempre mais gratificante discordar de tudo
Amigo Luís
Disseste tudo: nesse primeiro lance, nem depois de várias repetições se percebe com certeza. E nós temos TV...
O problema é que quando são favorecidos (e não são poucas vezes), SLB, FCP e SCP nunca o reconhecem ou lamentam...
Quanto aos comentários, desde que desfizeram a dupla Gobern-Prata (que, apesar das preferências individuais, tinham um comentário interessante), não sigo nada disso. Só mesmo os jogos.
Caro Gonçalo:
È uma "guerra santa" que os clubes (que não os 3) tem de travar pela moralização televisiva.
Porque para além desses programas,que tambem não vejo, existe o favorecimento diário em noticias e imagens.
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