A propósito de acontecimentos recentes do nosso pequeno universo mediático, seja o novo programa de governo seja a morte do cantor Angélico, tive oportunidade de constatar uma vez mais a realidade do que é o espaço de comentário nas nossas televisões.
São sempre os mesmos comentadores.
Autênticos cromos repetidos.
Saltam de televisão em televisão, de programa em programa,de noticiário em noticiário com o á vontade de quem se sente num cinema para ver tranquilamente um filme.
A alguns quase se adivinha o que vão dizer tal a periodicidade com que aparecem.
Medina Carreira,Henrique Neto, Nuno Rogeiro, Miguel Sousa Tavares, Rui Santos,Henrique Monteiro,Emídio Rangel,Luís Delgado,António José Teixeira,José Manuel Fernandes, e mais uns tantos.
Aos anos que os ouvimos.
Sempre em circuito fechado.
Sempre traduzindo a realidade de um micro clima lisboeta.
Sempre "vendendo" a convicção que eles é que sabem,eles é que estão informados,as opiniões deles é que contam.
Lembram um pouco outro sector televisivo, o dos programas de entretenimento,em que os respectivos apresentadores tem a "delicadeza" de se convidarem uns aos outros para os respectivos programas.
Promovem-se e mantém o circuito fechado a intrusos que eles de tolos não tem nada.
Portugal,também nas televisões, é cada vez mais uma pescadinha de rabo na boca.
Para sincera felicidade dos "cromos repetidos" que nos falam desse país que não conhecemos.
Depois Falamos
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6 comentários:
O problema detes opinion makers e da televisão generalista, é o mesmo.
Estupidificam a populaça, principalmente em horário nobre, e em serviços (ditos) informativos.
Assassinam o espirito critico, e até a capacidade de cada um pensar o mundo, per si.
Mais parece um fast food do conhecimento.
Nesta aldeia global e ultra mediática em que vivemos;
se passou na tv, é verdade(!!!), opostamente;
se não teve direito de antena, é porque não existe!!!
Na minha modesta forma de pensar; tudo começou (já me esqueci quando), com os atropelos (ou total olvidamento) do código deontológico, e da ética jornalistica.
Isto, para nem abordar as obrigações morais e pedagógicas, ou o "famigerado" serviço público (ressalva-se, que neste sentido lato do termo, nem só a RTP, tem o ónus do mesmo).
GATE 12
Tantas estrelas referidas e faltou a principal, talvez por lapso.
O prof Martelo!
Verdade , sem duvida, aquilo que « Anónimo » escreve.
Mas , imaginemos : O embrutecimento das « massas » é um objectivo, ou uma consequência da estupidez ?
Formulado de outra maneira, será que se procura “embrutecer” as pessoas, ou estas são atraídas pela estupidez, que se lhes serve simplesmente, porque é o que elas pedem, segundo o principio da oferta e da procura ?
Outra reformulação : Deve-se acusar as “elites” de embrutecer as massas ou as massas de se comprazer na sua ignorância?
E se são as elites que devem ser acusadas, então que se acusem e, neste caso, acham que deviam ser tomadas decisões contrárias à vontade imediata das massas ?
Como compreender a democracia e os seus limites, perante este exemplo?
Na realidade, creio, pessoalmente, que as elites que governam não estão nada interessadas na educação das massas, porque quando estas são o que são, são mais fáceis de governar!
Freitas Pereira
Pão e circo, é uma formula ancestral!!!
Quando o pão escaceia, expande-se o circo.
De qualquer das formas os gostos educam-se, por quem de direito...
GATE 12
Então e o Luis Cirilo. no PorcoCanal?
Caro Gate 12:
Estou de acordo consigo.
E infelizmente parece-me que a tendência não é para melhorar.
Caro Anónimo:
Também faz parte desse lote sem duvida.
Caro Freitas Pereira:
E esse desinteresse ,verdadeiro, pela educação das massas coloca os actuais regimes politicos ao nível das ditaduras que atravessaram grande parte do século passado em boa parte dos paises europeus.
Para lá ou para cá da cortina de ferro.
Os métodos são diferentes mas os objectivos são os mesmos.
Caro gate 12:
Também é verdade.
Caro Anónimo:
Quando se quer dizer mal qualquer coisa serve.
Eu referi-me a comentadores quendam há muitos anos a pairar sobre as televisões generalistas e de grande acesso público.
Você agarrou-se a um canal por cabo e a um programa no qual participei durante dez MESES.
E que para sua alegria já acabou.
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