segunda-feira, novembro 26, 2007

Recursos Humanos

Vivemos hoje tempos novos,estimulantes mas também dificeis.
Nomeadamente fruto da chamada globalização que tende,cada vez mais,a transformar pessoas em números,cidadão em estatisticas,trabalhadores em meros rácios.
Dir-me-ão que é sinal dos tempos,de uma economia global,da modernização das tecnologias produtivas.
Pois sim.
Mas são tempos em que se agravam tremendamente as diferenças entre ricos e pobres,entre primeiro mundo e restantes mundos,em que as desigualdades são cada vez mais gritantes e opressivas.
Há fenómenos,para além do terrorismo politico como no País Basco ou na Irlanda que não tem defesa nem explicação,de violência que radicam precisamente na miséria,na ignorância,na falta de qualidade de vida ou de expectativas de futuro.
O Médio Oriente,algumas ex repúblicas soviéticas na Ásia ou vários paise das África Oriental são bem exemplo disso.
Por isso é cada vez mais tempo de na Europa (porque se não for cá não será em lado nenhum !) de voltar a pensar nas pessoas.
Nas pessoas como individualidades ,com direitos e deveres sem dúvida,merecedoras de atenção,consideração e respeito.
Não como meros produtos com referência,que se distinguem precisamente pelo "catálogo", e não pela sua individualidade merecedora de respeito.
Todos (???) sabemos que a maior riqueza das organizações são precisamente os seus recursos humanos.
Que devidamente estimulados,remunerados,considerados operam maravilhas.
Transcendem-se,superam-se,conseguem dar mais do que aquilo que era suposto.
Sendo certo que ao contrário,subavaliados,desconsiderados,divididos em produto de catálogo dificilmente conseguirão,sequer,dar o minimo que lhes é exigivel.
Todos conhecemos exemplos disso.
Desde as nossas tropas em Aljubarrota á nossa selecção no euro 2004.
Duas realidades distintas em tudo menos numa coisa: a utilização sábia dos recursos humanos disponiveis.
É o "ovo de Colombo" de qualquer gestão moderna,racional,competiva e que quer ganhar.
Valorizar os seus recursos humanos.
Os que tém.
E depois,mas só depois,pensar nos que quer ter.
Desvalorizar o que existe em nome do que nunca se sabe se existirá é grossa asneira.
A História demonstra-o.
Depois Falamos

6 comentários:

freitas pereira disse...

Este « post », extremamente interessante, merece comentário à altura. Talvez longo. Tem muita razão, Caro Luis Cirilo: Todos os responsáveis políticos deveriam ter em consideração a importância do potencial humano no futuro do pais. Porque o mundo mudou.. As fronteiras desaparecem, os países interpenetram-se; temos que olhar lá para fora; e de constatar que as dificuldades, por várias razoes, são igualmente muito grandes em todo o mundo ocidental, com o qual nos formamos um todo; quer queiramos ou não nele somos integrados, sociologicamente, economicamente, moralmente, pelas potências ‘não ocidentais’, isto é, pelas outras raças de homens que nos são superiores em numero e que, pela sua inteligência, empenhamento e a consciência recente que eles têm da miséria deles, se querem içar ao nosso nível material e técnico.
E é neste novo mundo , feito de combates sociais, conflitos ideológicos e religiosos, rivalidades económicas e as fricções entre grupos, classes e homens de todas as origens e formações, que temos de nos inserir e defender o nosso lugar ao sol.
Só o poderemos fazer se individualmente e colectivamente os homens estão à altura do desafio.
Bem vemos que estamos colocados em frente duma opção radical, não para o indivíduo mas para toda a humanidade, viver ou morrer. Porque pela primeira vez na historia da humanidade, o suicídio à escala planetária é possível. Mas recusar esse suicídio, é ‘ipso facto’ aceitar de respeitar um pacto fundamental do qual as condições se enraízam na estrutura do próprio homem.
Trata-se de colocar o homem num nível intelectual, cultural economico e moral digno dos progressos científicos e técnicos em plena mutação.
Trata-se de trazer remédios positivos às divisões, às incompreensoes, ao hermetismo, ao ódio, à corrupção, à falta de sensibilidade humana, à falta de respeito à dignidade, à insociabilidade que criam obstáculo a uma melhor repartição dos bens culturais e materiais e a uma melhor difusão do humanismo.
Na realidade trata-se de lançar uma batalha contra a ignorância, a falta de civismo, a falta de cultura e a ausência de humanismo, no seu sentido lato, a todos os níveis de responsabilidade na sociedade.
Recordo-me de ter feito uma palestra no Rotary Club de Guimarães, a pedido dum amigo comum, sobre o tema da “Inovação”, no qual tinha escrito isto: “A novidade do mundo moderno faz que é sem duvida importante, hoje como ontem, de adquirir conhecimentos, mas é também necessário de “mudar o homem”. Fala-se muito de prever o futuro. Mas acho que o futuro se prepara e mesmo construi-se. Bem amar o homem para lhe permitir de viver num universo em aceleração, é dar-lhe, com a ciência indispensável, o entusiasmo, a lucidez e a coragem, mas respeitando-o”
Acrescentarei : e na liberdade, sendo esta, a possibilidade que é dada ao homem, a todos os homens da terra, de saber e poder tomar em toda independência as decisões que convêm melhor. O dever da liberdade é de corrigir o destino.

Um abraço.

freitas pereira disse...

Corrigir por favor: No penúltimo parágrafo, : « . Bem _armar o homem para lhe permitir de viver num universo em aceleração, é dar-lhe, com a ciência indispensável, ....... “

Obrigado.

Anónimo disse...

Apoiado!

Pena é que os patrões portugueses (nós não temos empresários -infelizmente) ainda não tenham percebido isso, E agora temos o Estado Sócretino a fazer o mesmo.

E a prova está é que com dirigentes 'à maneira' os protugueses sejam os mais produtivos: no Luxemburgo ou na Auto-Europa. Mas os dirigentes são estrangeiros...

SicGloriaTransitMundi disse...

Como costumo dizer...Portugal é um país fixe...o que lixa tudo são os portugueses!!! E as suas mentalidades e ideias estreitas!

Anónimo disse...

estou inteiramente de acordo com o teor do artigo.tambem sei que os recursos humanos sao fundamentais em qualquer organização.
curiosamente o que escreveu lembra-me qualquer coisa acerca de ...burocratas,secretárias e motoristas...".
Será impressão minha ?

Anónimo disse...

Não são, e cito «os portugueses». São os que se arvoram em chefes sem terem capacidade para isso; são, os que, através de protecções ocultas, chegam onde nunca deveriam chegar; é culpa de um sistema de terror, manobrado por 'forças ocultas' -aliás bem visíveis.

Isto sim é o que lixa Portugal - A MAIORIA SILENCIADA!