Já não sei se é falta de habilidade,de jeito,se é queda para a asneira ou pura falta de sorte.
Sei é que este PSD lembra aqueles pontas de lança que,de baliza aberta,atiram para as nuvens e rápidamente se põe a apertar as botas !
Refiro-me aquela pobre sessão,no centro cultural de Belém( a velha tendência para o conforto,mas isso é outra questão) em que se pretendia discutir a despenalização do aborto.
Pouquissima gente,ao mesmo tempo que Socrates e o PS organizavam uma sessão em grande,oradores que ao partido pouco ou nada diziam e,cereja em cima do bolo,uma convidada de honra deputada do PS !
È de facto mau de mais para ser verdade tanta falta de senso,tanta inabilidade,tanto disparate.
Agora o PSD realiza debates para promover adversários politicos ?
Então,se se pretendia um verdadeiro debate entre defensores do "Não" e do "Sim",não existe no partido gente capaz de argumentar pela segunda das hipóteses ?
Nomes como Miguel Relvas,Ana Manso ou Jorge Neto ,entre outros,não estariam perfeitamente á altura de sustentarem a defesa do "Sim" ?
Agora convidarem uma socialista,integrante de um movimento do qual fazem parte vários deputados do PSD não parece uma humilhação para estes ultimos ?
Ir buscar fora quando se tem dentro bem melhor.
Ou seria castigo por publicamente ousarem ter posição numa matéria em que o partido a não tem ?
Ou pior ainda,por se atreverem a ter uma posição diferente da defendida por Marques Mendes ?
Ou será que Mendes e os seus valiosos conselheiros desconfiam que os deputados do PSD que hoje defendem a despenalização do aborto,amanha defenderão a despenalização do tráfico de droga ou da corrupção ?
Sei lá...
Depois Falamos
6 comentários:
O post é racional e legítimo até às perguntas finais. Estas é que são escusadas.
Depois do seu post “Colóquio”, em que condena, na nascente, o futuro debate, não esperaria coisa diferente de um rescaldo negativo. A isto chamo má vontade.
Vale mais dizer que é e será sempre contra qualquer iniciativa desta CPN, acima de tudo deste nosso Líder, por muito bons que sejam.
Retrucando agora às perguntas.
O PSD não realiza debates para promover adversários políticos. O que se promove é a ida às urnas no dia 11.
A obrigação dos partidos é promover o debate e o esclarecimento.
Porque o Referendo é um instrumento democrático e nós, PSD, somos democratas.
Este colóquio reuniu médicos, juristas, jornalistas e políticos, defensores do “sim” e do “não”. Uma vez que se trata de uma questão, que se prende com a consciência individual, nada mais lógico que a escolha das pessoas não se faça em função da militância.
O convite à deputada Maria de Belém Roseira é uma lição de democracia. (Contudo, não me surpreende que o seu fanatismo não lhe tenha permitido aprender nada.)
Tal-qualmente também não julgo que seja uma humilhação para ninguém, fazer parte de um movimento, que integra pessoas de outras vertentes partidárias. É um movimento cívico, apartidário, logo, o importante é advogar valores, em que se acredita.
Mais humilhante é pertencer a este partido e viver tão empenhado em atacá-lo.
Se o partido não tem uma posição, facilmente se pode concluir que fica ao critério de cada militante tomar a sua. Foi essa a finalidade do Colóquio, que se dissipem as dúvidas para se tomar uma decisão. Se é pública ou não, coincidente ou não com a do líder, certamente que o que releva para Marques Mendes é que seja consciente.
Insinuar que ele censura opiniões diferentes da dele, no mesmo post em que critica o facto de ele ter convidado a deputada socialista, é no mínimo “mau demais para ser verdade, tanta falta de senso, tanta inabilidade, tanto disparate.”…
Marta gostei imenso do seu comentário e concordo plenamente. Nesta questão, actualmente a referendar, tal como em todas as demais em que se pretende referendar a vontade popular é obrigação de todos sem distinção (partidos, associações cívicas, profissionais, entre outras) participar no sentido de auxiliar à perfeita compreensão e discussão da questão de fundo.
No caso do Aborto em particular e por tudo quanto li, ouvi e estudei até à data, penso que há um ruído excessivo à questão de fundo. Há como que um vontade implícita de não proceder à análise e avaliação da questão que se quer referendar deixando fluir diariamente um número elevado de lateralidades em nada relevantes à questão. Como cidadã e por questões de cidadania responsável e participativa devemos todos, a começar por nós a estudar, discutir e dar a conhecer em plena honestidade intelectual das razões de fundo em avaliação e sobre as quais se pretende uma mudança legislativa.
Cara Marta:
Li com atenção o seu comentário,que agradeço,no qual percebi uma generosidade e uma convicção que resultarão seguramente da sus formação pessoal e de uma juventude fácil de adivinhar.
Já tive oportunidade noutra postagem de referir que apoioa decisão de Marques Mendes de não envolver o partido,enquanto partido,neste debate.
Penso que fez bem.
Já não concordo nada,mas mesmo nada,com as comparações que no referido colóquio fez entre aborto,corrupção e tráfico de droga.
Penso que foi de uma tremenda infelicidade.
O que me chocou no convite a Maria de Belém foi o facto de não ter igualmente convidado um deputado nosso partido,defensor do "Sim",a debater ideias.
Sabe porque ?
Porque sem faciosismos nem cegueira pela realidade,eu gosto de pensar que os nossos são os melhores,tem as melhores ideias e a melhor capacidade de as defender.Sem negar méritos aos adversários politicos.
Por isso milito no PSD desde 1975.
E permita-me um conselho bem intencionado;não se impressione tanto com as criticas ao presidente do partido.
Ninguém atacou tão violentamente Durão Barroso ,de 1999 a 2002 ,como Marques Mendes.
Semana sim,semana não exigia a sua demissão.
E depois Barroso convidou-o para ministro.
É essa a grandeza intrinseca de qualquer social democrata,especialmente os investidos em funções de liderança,o saber conviver com a critica nunca perdendo de vista que nos momentos decisivos a convergência é fundamental.
Foi assim que nos tornamos no maior,e melhor,partido de Portugal.
Escreva sempre.
Se o Marques Mendes atacava o Durão Barroso semana sim, semana não, o Luís Filipe Menezes atacava-o dia sim, dia sim.
Se os crucifixos não podem estar nas escolas aquando do referendo, as mulheres (em especial se estiverem grávidas, se já abortaram ou se têm intenção de) não devem estar nas mesas de voto.
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