terça-feira, maio 02, 2006

Palavras,Simbolos e Sons




Aproxima-se do fim a campanha para as eleições directas no PSD.
Já aqui tivemos oportunidade de escrever sobre a candidatura de José Alberto Pereira Coelho e tudo o que a tem rodeado.
Agora algumas palavras sobre Marques Mendes.
Com um ponto prévio:conheço Luis Marques Mendes há mais de trinta anos,fomos colegas no Liceu de Guimaraes (embora ele seja 2/3 anos mais velho),e militamos sempre no mesmo partido e no mesmo distrito.
Com ele integrei listas candidatas aos orgãos distritais,ele presidente da mesa da assembleia distrital e eu vice presidente da cpd,com ele estive em muitos combates do mesmo lado da barricada.
Tenho por Luis Marques Mendes consideração pessoal e respeito pelo muito que tem dado ao partido ao longo destes anos.
Não apoiei a sua candidatura á liderança em Viseu,não o apoiei em Pombal,não o apoio nestas directas.
O perfil de liderança que considero necessário para o partido não é o dele,as pessoas que entendo necessárias perto de um lider não são seguramente as que o rodeiam,as ideias que defende para o partido não são em alguns pontos aquelas que eu entendo como adequadas.
Algumas praticas internas adoptadas debaixo da sua liderança merecem-me total discordância e veemente repúdio.
A divergência é perfeitamente normal num partido democrático.
Causa-me (e se calhar a ele também embora tácitamente lhes reconheça a utilidade) alguma impressão o cortejo de notáveis congregado á sua volta,não seguramente por convergência de ideias(pelo menos nalguns casos) mas por simples oportunismo de circunstância.
Vejo na sua comissão de honra,realmente muito multifacetada,nomes que passaram os ultimos anos a combatê-lo quer ao lado de Durao Barroso,quer de Santana Lopes,quer de Luis Filipe Menezes.
E sejamos claros,nomeadamente em relação ao congresso de Pombal; não foi Marques Mendes quem mudou de ideias.
Por outro lado,embora relativamente pouco importante,causa-me perplexidade que o lider do PSD em campanha para a reeleição ,utilize frases e grafismos como o que a foto que acompanha esta postagem exemplarmente documenta.
Não se vê o simbolo do partido,não se vê o nome do partido,não se veêm as cores do partido.
Aparece uma seta laranja,esquálida e sem sentido (que mania esta, que vem de trás ,de desvirtuar as verdadeiras setas do PSD) a apontar sabe-se lá para onde.
A cinzento,escreve-se "há um caminho" ,o que além de vago e pouco afirmativo,ainda induz aquele que é o receio de muitos militantes,que é o de o caminho ser de facto...cinzento.
E depois aquele "Portugal vence connosco" (lido com pronúncia de Fafe é deliciosamente atrevido) que remete para não se sabe bem o quê.
É que tão cedo não há nada para vencer e ,antes de o haver, ainda se realizarão novas directas presumivelmente bem mais disputadas.
Enfim,continuo sem razões para ter grande esperança no futuro próximo do partido.
È a minha opinião.
Depois Falamos

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