O Grilo Falante e Pinóquio representam uma das alegorias mais significativas das histórias de crianças (e não só) e simultâneamente uma das duplas mais enternecedoras da ficção. desde logo pela forma como Pinóquo é construido pelo velho Gepeto suprindo a falta de filhos que o afligia. Depois pelo percurso do boneco de madeira,com as suas imperfeiçoes,a sua ingenuidade e os seus medos.
Depois o encontro com o Grilo Falante,uma alegoria da consciência, e o papel de sensato conselheiro por este representado nas aventuras de Pinóquio,sempre com uma palavra amiga,cordata mas correctora procurando levar o amigo de madeira pelos melhores caminhos,o que como se sabe,nem sempre acontecia.
O Grilo Falante e Pinóquio representam no fundo o contraponto entre o espirito aventureiro e a sensatez,entre a vontade de arriscar e a ponderação,entre a imaginação e a razão pura.
Mas representam,também,uma optima complementaridade e na sua enorme diversidade fazem um par bem sucediddo.
No fim da história,se bem se lembram,Pinoquio deixa de mentir e transforma-se num menino de carne e osso como sempre desejara enquanto o Grilo Falante se sente feliz por ter levado a bom porto a sua missão.
Uma história rica de peripécias,com aventuras deliciosas e atribulaçoes complicadas,com momentos de crua realidade e passos de enorme ternura,mas que acaba bem.
E não é isso que se deseja,que as histórias que nos encantam acabem bem ?
Depois Falamos
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