sexta-feira, outubro 31, 2025

O Cuco

Acho que a primeira vez que ouvi falar de um pássaro chamado cuco foi por causa de um...relógio.
Um relógio muito idêntico ao da imagem comprado pelos meus pais e colocado numa parede lá de casa era eu criança.
Relógio esse cujo dignissimo pássaro aparecia 24 vezes por dia para cantar a hora que a cada um deles se verificava.
Foi assim que conheci o cuco.
Depois, movido pela curiosidade, foi-me informando sobre a ave propriamente dita e soube coisas curiosas.
Que é um espertalhão, um preguiçoso, não gosta de assumir responsabilidades e usa os outros conforme lhe dá jeito.
Porque sabendo do trabalho, da canseira, dos riscos, da exposição que dá chocar os seus ovos que faz o cuco?
Pões os seus ovo nos ninhos de outros pássaros e espera que eles façam o trabalho por si, chocando os ovos, protegendo o ninho, afastando eventuais predadores enquanto o espertalhão do cuco anda na sua rica vida sem correr riscos, ter trabalho ou despoletar problemas.
E depois quando o trabalho está feito, o sucesso garantido, e é hora de recolher os "lucros" lá aparece o cuco para levar as crias sem sequer agradecer a quem fez o trabalho por ele.
O cuco é mesmo um espertalhão.
E se por artes mágicas se pudesse envolver no mundo político teria certamente muito sucesso face à sua forma de proceder.
Pese embora a concorrência ser muita.
Depois Falamos.

Lemur de colarinho

Estação Moka, Japão

Estátua da Liberdade

Tomada de Posse

Depois de Guimarães e Cabeceiras de Basto chegou a vez de assistir à tomada de posse dos órgãos autárquicos de Esposende. 
Mais tarde do que seria suposto, e possível, mas isso são contas de outro rosário e já pouco importam. Importa é que se formalizou uma grande vitória do Movimento " Mudança por Todos " correspondendo a uma genuína vontade de mudar do povo de Esposende. 
Agora é o tempo de cumprir o prometido e corresponder às enormes expectativas que os esposendenses depositaram nas equipas lideradas por Carlos Silva. 
É tempo de fazer uma verdadeira, genuína e ampla Mudança. 
Em democracia, com respeito pelos adversários e por quem pensa diferente, mas mudando tudo que tem de ser mudado. 
A política não pode dispensar nunca a razão, a ética e a lógica. 
Hoje é um dia feliz para todos quantos trabalharam, apoiaram, votaram na Mudança. 
Haverá certamente muitos mais.
Depois Falamos.

quinta-feira, outubro 30, 2025

Pateta

Garcia Pereira pode ser muito bom advogado ( não faço ideia mas há quem o diga) mas como político não passa de um demagogo, de um provocador e de um enorme pateta.
Porque só um pateta teria o arrojo de vir a público pedir a extinção do segundo maior partido parlamentar com base em afirmações que, concorde-se ou não com elas, não tem um décimo da gravidade daquilo que Garcia Pereira e os seus camaradas de partido andaram anos a fio a dizer. Percebo que tenha saudades das luzes da ribalta e tente por todos os meios voltar a ter palco e até percebo alguma inveja da dimensão eleitoral do Chega face à irrelevância de sempre do MRPP. Escusava era de cair no ridículo. 
Mas é problema dele.
Depois Falamos.

terça-feira, outubro 28, 2025

Ética

"Primeiro Portugal, depois a democracia e só depois a social democracia"
"Em política o que parece é" 
"Nunca me senti tão sozinho e nunca tive tanta certeza de estar tão certo".
"É pena que todos aqueles que se dizem democratas, na prática não respeitem o jogo democrático e as posições partidárias diferentes das próprias".
"O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me, seja sob que pretexto for"

Para aqueles que vão tendo a paciência de me lerem não é novidade que Francisco Sá Carneiro foi, é e será sempre a minha maior referência política e aquele cujo pensamento e exemplo de vida respeito acima de tudo e de todos nessa esfera.
O homem, o lider partidário, o primeiro ministro, o grande português que foi.
Tendo lido toda a sua obra e muito do que se escreveu sobre ele é natural que de vez em quando, especialmente em períodos eleitorais em que a tensão política é sempre maior, recorde alguns dos seus ensinamentos sintetizados em frases que proferiu e que ficaram como marcas distintivas do seu pensamento.
Selecionei seis, porventura aquelas de que mais gosto, e que reflectem bem a sua forma de ser e de estar.
Deixando para o fim a da imagem que ilustra este texto deixo um curto comentário a cada uma das outras.
No ""Primeiro Portugal, depois a democracia e só depois a social democracia" está o homem de Estado que põe o país à frente do regime e o regime à frente do partido.
No "Em política o que parece é" está o homem pragmático e frontal que detestava a intriguice e a baixa política.
No "Nunca me senti tão sozinho e nunca tive tanta certeza de estar tão certo" frase proferia aquando de uma dissidência no grupo parlamentar, em que mais de metade dos deputados deixaram o partido, mostra bem a força das suas convicções e a forma genuína como fazia política.
No "É pena que todos aqueles que se dizem democratas, na prática não respeitem o jogo democrático e as posições partidárias diferentes das próprias" revela-se o democrata que sabia respeitar quem pensava diferente e não fazia de adversários inimigos embora também  nunca confundisse adversários com amigos. Um ensinamento que nem todos, mesmo no seu partido, terão entendido na sua plenitude ainda hoje.
No "O que não posso, porque não tenho esse direito, é calar-me, seja sob que pretexto for" está a coragem que sempre foi uma das suas imagens de marca.
Mas é no "A política sem risco é uma chatice, mas sem ética é uma vergonha" que se revela o mais profundo do pensamento e da postura de Francisco Sá Carneiro.
Porque foi um político corajoso e determinado que com a força das suas convicções nunca receou correr riscos (até físicos) em nome daquilo que acreditava estar certo e considerava ser o melhor para o seu país.
E por isso quando ocupou o cargo de primeiro ministro foi para cortar com o passado, para fazer reformas, para mudar o que que estava mal, para permitir a Portugal trilhar caminhos muito diferentes dos que vinham sendo seguidos pese embora algumas das medidas (como por exemplo a entrega de terra aos trabalhadores rurais acabando com a reforma agrária) terem sido de ruptura com as práticas ideológicas da época e lhe tenha acarretado uma feroz oposição de uma esquerda muito mais forte que actualmente.
Mas Francisco Sá Carneiro era assim.
Se no seu entendimento os portugueses tinham dado uma maioria à AD para ela mudar então havia que mudar mesmo doesse a quem doesse, contrariasse os lobis e os grupos de pressão que contrariasse , desagradasse aos instalados da vida que desagradasse.
Mas "saber estar e saber romper", outra frase sua, era mesmo a sua forma de ser.
Contudo se o risco era algo que conscientemente assumia em todas as vertentes da sua vida porque o entendia como necessário ao progresso e á dinâmica das coisas já a ética era o pilar fundamental da sua ação  sem o qual considerava que toda a actividade política se tornava ilegítima e vergonhosa e da qual não abdicava nunca fosse em que circunstância fosse.
E talvez por isso esta sua frase, pela profundidade que encerra, seja das mais conhecidas e ainda hoje mais frequentemente citadas.
Pena não ser também das mais frequentemente praticadas.
Mas as coisas são o que são.
Depois Falamos.

PostoShell, 1930, EUA

Flamingos

Castelo de Balmoral, Escócia

segunda-feira, outubro 27, 2025

Presidenciais

Arrumadas as autárquicas são agora as presidenciais a "senhora" que se segue no calendário eleitoral português.
Sendo que com um presidente de saída por imperativo constitucional e um naipe alargado de candidatos a elas concorrerem, e sem um favorito claro, tinham tudo para serem das eleições mais interessantes de sempre.
Mas duvido que o sejam.
Por um lado porque nem sempre quantidade e qualidade andam de mãos dadas e por outro porque com o devido respeito não há um único candidato capaz de galvanizar eleitores e fazer desta eleição algo de minimamente interessante.
Olhando os candidatos já anunciados o que vemos?
Desde logo candidaturas votadas ao fracasso e em sério risco de nem votos suficientes terem para o direito a receberem a subvenção estatal.
Refiro-me às de António Filipe, Catarina Martins, Jorge Pinto (deputado do Livre) e Cotrim de Figueiredo para lá dos habituais pré candidatos do "queijo da serra" cuja maioria nem a votos irá ou indo terá votações ridículas.
Restam os outros.
André Ventura que ironicamente tem razoáveis possibilidades de passar a uma segunda volta mas nunca será presidente porque nessa segunda volta teria/terá um amplo espectro a votar no seu oponente seja ele quem for.
E depois os três que podem realmente vencer.
Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes e António José Seguro.
O almirante tem neste momento uma ligeira vantagem e lidera as intenções de voto mas isso não lhe garante a vitória embora possa quase garantir uma ida à segunda volta salvo se continuar a fazer declarações cada vez mais incompreensíveis.
Aí, chegando á segunda volta, logo se verá conforme quem seja o oponente.
A André Ventura vence seguramente mas a Marques Mendes ou António José Seguro já não é assim tão certo.
Estes dois terão como ambição maior precisamente chegarem á segunda volta sabendo que nela qualquer um deles vence Ventura, qualquer um deles terá dificuldade em vencer o almirante e que no cenário muito improvável de ambos passarem à segunda volta esta seria de tripla como no totobola.
Em suma com todos estes cenários e com tantas hipóteses em aberto estas eleições tinham tudo para serem bem mais interessantes do que o estão a ser.
E dificilmente serão diferentes no pouco tempo (com quadra natalícia pelo meio) que falta para a sua realização.
É o que temos e não aquilo (e aquele...) que muitos gostaríamos de ter.
Depois Falamos.

sábado, outubro 25, 2025

Tomada de Posse

Depois de Guimarães de manhã agora outra tomada de posse. 
A de Manuel António Teixeira em Cabeceiras de Basto onde a coligação PSD/CDS venceu as eleições depois de 32 anos de poder socialista. 
Tal como em Guimarães abre-se um novo tempo de governo da autarquia. 
E tal como em Guimarães a transição de poder foi exemplar com a total colaboração de quem perdeu face a quem ganhou. 
E quando assim é todos saem a ganhar. 
Um dia politicamente feliz sem qualquer dúvida.
Depois Falamos.

Posse

A tomada de posse do Ricardo Araújo como presidente da Câmara Municipal de Guimarães é um grande momento para o concelho, para a coligação "Juntos por Guimarães" e muito em especial para o PSD que 36 anos depois volta a liderar o município. 
Estou certo que Guimarães fez uma excelente aposta e acredito convictamente que o Ricardo e a sua equipa farão um excelente trabalho. 
Há momentos politicamente muito felizes. 
Este é um deles.
Depois Falamos.

sexta-feira, outubro 24, 2025

Paris

Estádio Olimpíco Munique

Bodes

Mudança

Nos ciclos eleitorais há tempos muito diversos mas complementares que uma vez encaixados uns nos outros resultam no governo de quem ganhou e no nobre exercício da oposição por aqueles que o povo não quis a governar.
O primeiro tempo é o de fazer campanha eleitoral.
Em que se apresentam ideias, projectos e equipas se valoriza ao próprio "produto" e se procura desvalorizar o "produto" adversário como é da praxe na luta política.
É um tempo que cada força política administra e usa como quer para permitir ao povo fazer o melhor juízo e confiar o seu voto a quem entende mais o merecer.
O segundo tempo é o dia da eleição.
Em que sendo dada a palavra ao povo este escolhe em liberdade aqueles que entende como melhores para a governação.
É o tempo mais curto mas naturalmente decisivo.
O terceiro tempo é o da fase de transição entre o dia da eleição e a tomada de posse dos novos governantes.
Um tempo em que também se avalia o fair play de quem ganhou e a cultura democrática de quem perdeu quando os governos não são reconduzidos e há mudança da força politica governante,. Um tempo em que existindo ambos os factores é feita uma transição em diálogo com informação detalhada sobre dossiers e consensos em torno daquilo que é necessário como por exemplo as datas da tomada de posse.
E isso é o que acontece quando a cultura se sobrepõe à azia.
E depois há o quarto tempo. O de governar.
Face ás ideias, projectos e protagonistas que foram maioriatariamente sufragados pelo povo.
Que quando decide pela mudança de poder o faz precisamente para que se mude mesmo e não para que se mantenha tudo como está desde a forma de governar até aos protagonistas da governação.
Winston Churchill dizia que a democracia é o pior de todos os regimes exceptuando todos os outros.
É também o mais simples desde que se respeitem as suas regras e a vontade popular.
Depois Falamos.

Imprestável

António Costa não presta, nunca prestou nem nunca prestará!
Aproveitar um elogio fúnebre para no mais completo despropósito vir atacar de forma mentirosa um passado já remoto, e um ex PM e ex PR,define a sua falta de carácter, de nível e de educação. 
E mostra bem a inveja e o despeito que o corroem quanto ao Professor Aníbal Cavaco Silva.
Que foi duas vezes Presidente da República, coisa que Costa nunca será, e que foi três vezes primeiro ministro porque ganhou eleições e não por se meter em geringonças como Costa.
E que nunca foi investigado pelo ministério público nem teve chefes de gabinete com milhares de euros escondidos na residência oficial.
De resto que Costa não presta é algo que o próprio candidato presidencial apoiado pelo PS- António José Seguro- já disse quando com ele disputou a liderança do partido depois de Costa lhe dar uma facada nas costas faltando ao compromisso assumido.
Este caso agora é apenas mais um episódio,ao vivo e a cores, da canalhice de que se reveste o compotamento político de Costa.
Como português tenho pena que ele seja presidente do Conselho Europeu, um cargo que não merece e do qual não está minimamente à altura, mas isso apenas comprova a enorme crise de valores na actual política europeia que permite que até um sujeito imprestável como Costa exerça o cargo que exerce.
Depois Falamos.

terça-feira, outubro 21, 2025

Molhado

Eu sei que é chover no molhado mas há situações e silêncios com que não pactuo enquanto adepto do futebol em geral e do Vitória Sport Clube em particular.
Um deles é a aldrabice em chamar `Taça de Portugal a festa do futebol.
Que devia ser mas não é.
Porque sendo à partida, e apenas em teoria, a mais democrática de todas as provas capaz de pôr em confronto equipas da primeira liga com equipas de escalões inferiores, da segunda liga aos distritais, o que pressuporia uma prova igual para todos depois constatamos na prática que não é bem assim.
Nada assim diria.
Porque há três clubes (Porto, Sporting e Benfica) que tem o privilégio de quando defrontam equipas de escalões inferiores (com excepção de alguns clubes da II liga) em vez de jogarem nos recintos desses clubes acabam sempre por jogar em campos teoricamente neutros mas que na prática significam jogar em casa porque tem muito mais adeptos lá do que o clube que teoricamente joga em casa.
Sempre com base em duas desculpas.
Uma é o recinto do clube visitado não ter as condições para receber um chamado "grande" e a outra a possibilidade de o clube visitado jogando num recinto com mais bancada poder fazer maior receita.
A solução para mim é muito simples e é aplicada noutros países cujas competições não se encontram vergadas aos interesses de três clubes.
Só pode disputar provas quem tem todas as condições, incluindo á cabeça recintos de jogo, para nelas estar. Quem não tem não se pode inscrever.
E se assim fosse também em Portugal o assunto estaria resolvido.
O outro argumento,esse, ainda é francamente pior.
Porque alienar a possibilidade desportiva, já de si pequena, de passar a eliminatória em troco de uma receita de jogo maior é mais ou menos o mesmoo que vender um resultado o que é punível por lei noutros contextos e também devia ser neste.
Mas não é.
E por isso se continua alegremente a brincar à Taça de Portugal como algo credível e verdadeiro.
Que infelizmente e por culpa da FPF  não é!
Depois Falamos.

Nota: A imagem do Celoricense -Porto, jogado a 90 klm do local onde devia ter sido, é apenas o último exemplo do atrás dito. Exemplos com Benfica e Sporting também não faltam. Enquanto isto o Vitória jogou em Lamas (em mais que um sentido), o Nacional em Rebordelo, o AVS em Fornos de Algodres, o Estrela da Amadora em Alpendorada, o Braga em Bragança, o Famalicão em S.João de Ver, etc,etc. Sem que aí se pusesse a questão das condições dos recintos ou das receitas.

Raposa

Farol de Brewster, Massachusetts, EUA

Castelo de Chambord, França

segunda-feira, outubro 20, 2025

66

Inicio agora um percurso que espero feliz pela minha " Route 66". 
Vai demorar 365 dias a ser percorrido e espero fazê-lo, como sempre, na companhia da Família e das pessoas amigas. 
E, já agora, com saúde e boa disposição. 
Vamos a isto.
Depois Falamos.

domingo, outubro 19, 2025

Lição

De tudo na vida temos que saber retirar as devidas ilações.
E fazer delas lição a não esquecer.
No passado dia doze de Outubro realizaram-se em Portugal as eleições autárquicas cujos resultados são conhecidos, já foram comentados e escalpelizados e agora é o tempo de a vida seguir o seu curso normal.
O que no caso das autarquias passa pela tomada de posse dos orgãos eleitos para que depois o governo dos municípios possa seguir o seu curso.
Estipula a lei que essa tomada de posse se deve efectuar até ao vigésimo dia posterior à eleição o que no presente caso significa que até 1 de Novembro todas as câmaras e assembleias municipais devem estar empossadas e portanto entregues aos novos eleitos.
Até porque as "velhas" gestões não tem neste momento quaisquer poderes o que atrasa e emperra o normal funcionamento das instituições.
E por isso por todo o país se vão sucedendo as marcações de tomada de posse para o próximo sábado, dia 25, pese embora haver algumas para datas anteriores e outras para datas posteriores.
Cito o caso de Guimarães e Cabeceiras de Basto, por exemplo, em que as tomadas de posse estão marcadas precisamente para o dia 25. É bom para quem entra e não é mau para quem sai.
E estamos a falar de duas longas permanências do PS no poder que terminaram faz hoje oito dias.
Infelizmente Esposende não quis juntar-se a esses bons exemplos.
O presidente da assembleia municipal cessante marcou a tomada de posse dos novos orgãos autárquicos para o último dia útil ( 1 de Novembro é feriado por ser dia de Todos os Santos) e para uma hora (10.00 h) que coincide com o normal horário laboral da generalidade das pessoas.
O deixar para o mais tarde possível ainda será explicável pela nostalgia que já viverão por terem de deixar lugares que em bom rigor nunca pensaram ter de deixar.
Mas  juntar o ser dia útil a uma hora absolutamente inaceitável ( se queriam fazer num dia útil ao menos faziam-no ao fim da tarde ou até depois de jantar) revela falta de respeito pelos eleitos ,que tem as suas profissões e os seus horários profissionais, pelos cidadãos que queriam assistir ao acto e que aquela hora terão dificuldade em o fazer e até pela própria cerimónia que se deseja sempre altamente participada e que aquela hora poderia correr o risco de não o ser.
Poderia...porque vai ser.
E o facto de as tomadas de posse dos orgãos municipais de Esposende relativas às eleições autárquicas de 2021 e 2017 se terem  realizado em dois sábados apenas prova tudo que atrás foi dito.
É pena.
Mas há uma lição importante a tirar e que não pode ser subestimada.
Os vencidos de 12 de Outubro não aprenderam com a derrota nem quiseram entender o que o povo lhes disse.
E isso tem de ser memória bem presente para o futuro.
Depois Falamos.

Razão

E tem total razão. 
Não é pouca nem muita.
É toda! 
E a culpa é dos desgraçados governos de António Costa e da geringonça que escancararam as portas do país a quem cá quis entrar. 
Sem qualquer controlo, sem qualquer seleção, sem nenhuma preocupação com a segurança dos portugueses.
Depois Falamos.

sábado, outubro 18, 2025

Plutão

Templos Fanjingshan, China

Tucano

Bem

Excelente decisão de PSD, CDS, Chega e IL em aprovarem no parlamento uma lei que proibe andar de cara tapada em espaços públicos. 
Evitará, entre outros casos, que bandidos como o da imagem andem a divulgar a sua mensagem de ódio, de terror, de vil satisfação com massacres horrorosos de cara escondida como reles cobardes que são. Passarão a ser responsabilizados pelas suas atitudes.
Depois Falamos.

sexta-feira, outubro 17, 2025

Estupidez

A esquerda em Portugal está mergulhada na mais completa estupidez. 
Não só entende que as mulheres devem ser tratadas como seres inferiores ao abrigo de práticas medievais como acha natural que as pessoas andem mascaradas na rua. 
Inaceitável e inacreditável.
A sede de fazerem oposição a qualquer preço e de qualquer forma e o sectarismos de recusarem seja o que for só porque tem a marca do Chega leva a idiotices assim.
Especialmente do PS.
Porque os outros há muito que escolheram o lado errado da História.
Da História e de todas as histórias.
Depois Falamos.

quinta-feira, outubro 16, 2025

Balanço Pessoal

Por vezes há também um balanço pessoal a fazer a uma eleição.
É o caso.
E tendo ficado naturalmente satisfeito com a vitória do PSD no país (sozinho e em coligações) e muito em especial com as de Carlos Moedas em Lisboa e Pedro Duarte no Porto, bem como a dos meus amigos Marco Almeida em Sintra e Luís Filipe Menezes em Gaia, havia três municípios nos quais os resultados tinham particular importância para mim desejando muito que se traduzissem em três vitórias.
Esposende, Guimarães e Cabeceiras de Basto.
Esposende onde vivo e participei activamente na campanha do Movimento "Mudança por Todos", Guimarães que é a minha terra e onde a lista da coligação "Juntos por Guimarães" era liderada pelo Ricardo Araújo de quem já aqui falara e Cabeceiras de Basto onde tenho ligações familiares e onde o trabalho do PSD (em coligação com o CDS)  liderado pelo André Gustavo Magalhães e pelo Manuel António Teixeira fui acompanhando nestes anos recentes.
Eram três objectivos difíceis. Muito difíceis até olhando à história dos últimos 30 anos.
Em Esposende o PSD liderava a câmara desde 1989, em Guimarães o PS estava no poder também desde 1989 e em Cabeceiras o poder socialista estabelecera-se em 1993.
Mas há dias "mágicos".
E o ultimo domingo foi um deles.
O Movimento "Mudança por Todos" venceu em Esposende com maioria absoluta na Câmara e na Assembleia Municipal, o mesmo aconteceu em Guimarães com uma extraordinária vitória do "Juntos por Guimarães" e em Cabeceiras de Basto a coligação PSD/CDS também venceu embora sem maioria absoluta.
Foi o pleno.
Deixarei só uma pequena nota sobre as razões pelas quais apoiando o PSD nos outros municípios apoiei e participei activamente na campanha de um Movimento que em Esposende derrotou o PSD.
Por duas razões.
A primeira é que sendo um cidadão independente não tenho qualquer obrigação perante qualquer partido e por isso apoio quem quero onde quero.
A segunda é que as autárquicas são essencialmente uma escolha de pessoas e de projectos em que as lógicas partidárias valem cada vez menos.
E em Esposende o Movimento "Mudança por Todos" tinha os melhores candidatos, as melhores ideias e os melhores projectos que se encarregou de levar junto das pessoas preocupando-se em explicar o que pretendia fazer  sem atacar os adversários, sem mentir a seu respeito, sem os caluniar nem menosprezar.
Do outro lado teve um PSD que fez uma campanha absolutamente indigna dos seus pergaminhos enquanto partido personalista e defensor de valores  e que teve do eleitorado a justa punição face à indignação que aquele tipo de campanha baseada na maldicência e em ataques pessoais gerou nas pessoas.
Em suma foi um dia eleitoralmente fantástico.
Agora terminado o tempo dos festejos é tempo de não desiludir as expectativas de quem acreditou.
Porque em Esposende, Guimarães e Cabeceiras o povo não votou na mudança para ficar tudo na mesma ou parecido.
Estou certo que Carlos Silva, Ricardo Araújo e Manuel António Teixeira estão bem cientes disso e saberão orientar as suas equipas nesse sentido.
Depois Falamos.

P.S. Numa nota ainda mais pessoal, mas que é a cereja em cima do bolo de uma eleição politicamente inesquecível, o enorme orgulho pelo facto de a minha sobrinha Mariana ter sido eleita vereadora em Oeiras nas listas de Isaltino Morais sendo uma das representantes do PSD nas mesmas.

Farol de Murano, Itália

Lago Pangong, Himalaias

Borboleta

Incómodo

Não tenho a menor dúvida que Portugal se vai apurar para o Mundial de 2026 embora tenha as maiores dúvidas sobre as suas reais possibilides de o ganhar. 
Mas isso a seu tempo se verá. 
Para já, e depois destes dois jogos com Irlanda e Hungria, confesso sentir algum incómodo perante o que vi nalguns aspectos exibicionais da nossa seleção. 
É certo que os irlandeses apenas defenderam, passaram o jogo fechados na sua defensiva e deram a Diogo Costa uma noite tranquila mas é igualmente verdade que Portugal não encontrou soluções para contornar um adversário de valor claramente inferior e apenas um improvável golo de cabeça de Ruben Neves permitiu o triunfo depois de o guardião irlandês ter defendido um penalti de Ronaldo. 
Com a Hungria, equipa bem melhor que a irlandesa, o incómodo aumentou. 
Uma defesa permeável, muito em especial nos lances aéreos, um meio campo muito rotinado no passe para trás e para o lado, extremos que não iam à linha nem por decreto (Bernardo nem tentava e Pedro Neto fintava invariavelmente para trás e tentava o jogo interior) e um enorme apagão de jogadores de quem se esperava muito mais como foram os casos do citado Bernardo e de Bruno Fernandes. 
É verdade que Portugal depois de estar a perder conseguiu dar a volta ao resultado com dois golos do "suspeito do costume" e podia ter fechado o jogo não fora dois grandes remates de Rúben Dias e Bruno Fernandes terem esbarrado no poste e uma cabeçada de Félix ter sido brilhantemente defendida pelo guardião húngaro. 
Podia ter fechado...mas não fechou. 
E depois, num velho karma nacional, viria a sofrer o empate nos instantes finais que não pondo nada em causa deve funcionar como alerta para Roberto Martinez e para os jogadores. 
Há que jogar mais e jogar melhor. 
E se não for com todos estes terá de ser com outros que substituam os que tem revelado menor rendimento. Felizmente há alternativas. 
Embora para o centro da defesa, aquele sector que me parece mais frágil, apenas Ruben Dias está à altura dos grandes centrais do passado recente porque os restantes são apenas bons e longe, muito longe, de nomes lendários como Pepe e Ricardo Carvalho. 
Mas é o que temos e é com o que temos que temos de saber jogar.
Uma palavra final para Ronaldo. 
Se é que ainda há palavras para definir o melhor futebolista de todos os tempos. 
Com mais dois golos tornou-se o melhor marcador de sempre em fases de apuramento para mundiais. Mais um recorde para aquele que é hoje uma verdadeira lenda viva do futebol. 
Que quando se reformar deixará um vazio na seleção nacional impossível de preencher. 
Afinal são 22 anos a jogar, marcar e resolver jogos por Portugal.
Depois Falamos.

Heroísmo

Esta fotografia extraordinária, mostrando Carlos Reutemann no seu Brabham Ford, é bem representativa doutros tempos na F1 em que o romantismo próprio da competição andava de mãos dadas com o heroismo dos pilotos. 
Foi tirada no G.P da Alemanha de 1973 disputado em Nurburgring ( ainda no circuito grande em que cada volta tinha mais de 22 klm) num percurso que atravessava uma floresta e onde as condições de segurança eram praticamente inexistentes e o socorro em caso de acidente podia demorar largos minutos a chegar. 
Como se comprovaria em 1976 com o terrível acidente de Niki Lauda. 
Não é seguramente por acaso que este circuito detém a par da oval de Inndianapolis o recorde de mais acidentes mortais. 
Mas foi, apesar dessa falta de segurança no "circo", um tempo muito bonito da F1. 
De grandes pilotos , grandes carros, competições muito disputadas e circuitos míticos. 
Como este.
Depois Falamos.

Ridículo

Um voto ???
A sério não seria melhor fecharem portas do que andarem a passar vergonhas destas? 
Para que apresentarem listas se nem os próprios candidatos votam nelas? 
Que fim tão penoso se adivinha para o PCP. 
Penoso mas merecido. 
Parar no tempo e estar permanentemente do lado errado da História tem um preço e vão paga-lo caro.
Depois Falamos.

terça-feira, outubro 14, 2025

La Paz, Bolívia

Mocho

Ninhos de Tecelões

Balanço Distrital

As eleições autárquicas no distrito de Braga não trouxeram substanciais alterações no xadrez concelhio pese embora haver algumas conquistas e perdas de câmara por PSD e PS.
A grande novidade terá sido mesmo o aparecimento de listas independentes a vencerem eleições em Esposende e Vizela estendendo a este distrito um fenómeno em crescimento no país e que promete continuar a ampliar-se.
Em termos partidários o PSD é o claro vencedor das eleições mantendo, sozinho e em coligações, as nove câmaras que já detinha em 2021 com as muito relevantes conquistas de Guimarães e Cabeceiras de Basto que eram há décadas dois bastiões socialistas e registando as perdas de Esposende (para uma lista independente) e de Vieira do Minho para o PS.
A conquista de Guimarães e a manutenção de Barcelos, Famalicão e Braga permitiram ao PSD pela primeira vez na história autárquica ter as presidências em simultâneo dos quatro maiores concelhos do distrito o que tem de ser considerar um feito relevante.
Ao PS as eleições correram muito mal,
Ficou reduzido a três presidências de municipios de média e pequena dimensao mantendo Fafe e Póvoa de Lanhoso e conquistando Vieira do Minho ao PSD mas perdeu os seus bastiões de Guimarães e Cabeceiras de Basto para coligações lideradas pelo PSD e Vizela para uma lista independente.
Nos restantes partidos há a registar o desaparecimento do mapa autárquico distrital do BE, o decréscimo irreversível da CDU e o reforço claro do Chega em termos de mandatos em câmaras, assembleias municipais e assembleias de freguesia embora muito longe de conquistar presidências de câmara.
De alguma forma o distrito de Braga foi uma vez mais o retrato autárquico do país.
Vitória do PSD, decréscimo do PS, enfraquecimento da extrema esquerda e crescimento do Chega embora longe dos objectivos a que se propusera.
Foi essa a vontade do povo. 
Depois Falamos.

segunda-feira, outubro 13, 2025

Balanço Nacional

Ontem disputaram-se as eleições autárquicas e o seu desfecho mudou bastante o retrato do país político em termos de autarquias.
Desde logo porque foram vencidas pelo PSD (sozinho e em várias coligações) o que lhe permitirá reocupar a presidência da associação nacional de municípios e da associação nacional de freguesias e essas são claramente boas notícia porque significam mais uma derrota do PS e da esquerdalha que gravita à sua esquerda e pela qual estranhamente alguns sectores socialistas se sentem atraídos.
Foi uma vitória clara e com grande significado.
Desde logo porque as candidaturas lideradas pelo PSD venceram nos cinco maiores municípios.
Manteve Lisboa (mais um rotundo fracasso das sondagens) e Cascais , reconquistou Sintra, Gaia e o Porto.
Depois porque embora perdendo capitais de distrito como Coimbra, Bragança e Viseu (esta pela primeira vez num claro sinal do perigo de não se lerem os sinais do tempo) em contrapartida ganhou outras onde nunca o tinha conseguido como Beja e Setúbal.
E ganhou Guimarães, um dos concelhos maiores e mais emblemáticos do país mas isso fica para depois.
Resultados esses que comprovam que a liderança de Luís Montenegro tem sido eleitoralmente imbatível independentemente do tipo de eleição.
Mas estas eleições comprovaram também outras realidades.
Uma derrota clara do PS que  continua a não perceber que o país mudou, o semi fracasso do Chega com resultados muito abaixo das suas expectativas (apenas três presidências), mas com vereadores eleitos em municípios importantes e que terão o poder de desempatarem votações, a absoluta irrelevância da extrema esquerda que continua com o seu processo de auto destruição de que não virá mal ao mundo nem ao país.
Há um novo mapa autárquico no país.
Veremos o que dele pensam os eleitores daqui a quatro anos.
Depois Falamos.

Resultados

Há de facto resultados que brilham pela sua expressão. 
E pelo que significam de superioridade de quem venceu sobre quem perdeu.
Não estou a falar das autárquicas de ontem que fique bem claro embora pudesse ser. 
Refiro-me "apenas" a um jogo de pólo aquático onde o Vitória, potência dominante na modalidade, deu um verdadeiro arraso no adversário em casa dele.
E bem sabemos que se fosse ao contrário e a potência dominante quem perdeu e não quem venceu seria notícia para televisões e jornais desportivos. 
Assim passa quase despecebida. 
O que em nada diminui o mérito dos atletas vitorianos como é evidente.
Depois Falamos.

Nagano, Japão

Chitas