segunda-feira, outubro 27, 2025

Presidenciais

Arrumadas as autárquicas são agora as presidenciais a "senhora" que se segue no calendário eleitoral português.
Sendo que com um presidente de saída por imperativo constitucional e um naipe alargado de candidatos a elas concorrerem, e sem um favorito claro, tinham tudo para serem das eleições mais interessantes de sempre.
Mas duvido que o sejam.
Por um lado porque nem sempre quantidade e qualidade andam de mãos dadas e por outro porque com o devido respeito não há um único candidato capaz de galvanizar eleitores e fazer desta eleição algo de minimamente interessante.
Olhando os candidatos já anunciados o que vemos?
Desde logo candidaturas votadas ao fracasso e em sério risco de nem votos suficientes terem para o direito a receberem a subvenção estatal.
Refiro-me às de António Filipe, Catarina Martins, Jorge Pinto (deputado do Livre) e Cotrim de Figueiredo para lá dos habituais pré candidatos do "queijo da serra" cuja maioria nem a votos irá ou indo terá votações ridículas.
Restam os outros.
André Ventura que ironicamente tem razoáveis possibilidades de passar a uma segunda volta mas nunca será presidente porque nessa segunda volta teria/terá um amplo espectro a votar no seu oponente seja ele quem for.
E depois os três que podem realmente vencer.
Henrique Gouveia e Melo, Luís Marques Mendes e António José Seguro.
O almirante tem neste momento uma ligeira vantagem e lidera as intenções de voto mas isso não lhe garante a vitória embora possa quase garantir uma ida à segunda volta salvo se continuar a fazer declarações cada vez mais incompreensíveis.
Aí, chegando á segunda volta, logo se verá conforme quem seja o oponente.
A André Ventura vence seguramente mas a Marques Mendes ou António José Seguro já não é assim tão certo.
Estes dois terão como ambição maior precisamente chegarem á segunda volta sabendo que nela qualquer um deles vence Ventura, qualquer um deles terá dificuldade em vencer o almirante e que no cenário muito improvável de ambos passarem à segunda volta esta seria de tripla como no totobola.
Em suma com todos estes cenários e com tantas hipóteses em aberto estas eleições tinham tudo para serem bem mais interessantes do que o estão a ser.
E dificilmente serão diferentes no pouco tempo (com quadra natalícia pelo meio) que falta para a sua realização.
É o que temos e não aquilo (e aquele...) que muitos gostaríamos de ter.
Depois Falamos.

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