
De tudo na vida temos que saber retirar as devidas ilações.
E fazer delas lição a não esquecer.
No passado dia doze de Outubro realizaram-se em Portugal as eleições autárquicas cujos resultados são conhecidos, já foram comentados e escalpelizados e agora é o tempo de a vida seguir o seu curso normal.
O que no caso das autarquias passa pela tomada de posse dos orgãos eleitos para que depois o governo dos municípios possa seguir o seu curso.
Estipula a lei que essa tomada de posse se deve efectuar até ao vigésimo dia posterior à eleição o que no presente caso significa que até 1 de Novembro todas as câmaras e assembleias municipais devem estar empossadas e portanto entregues aos novos eleitos.
Até porque as "velhas" gestões não tem neste momento quaisquer poderes o que atrasa e emperra o normal funcionamento das instituições.
E por isso por todo o país se vão sucedendo as marcações de tomada de posse para o próximo sábado, dia 25, pese embora haver algumas para datas anteriores e outras para datas posteriores.
Cito o caso de Guimarães e Cabeceiras de Basto, por exemplo, em que as tomadas de posse estão marcadas precisamente para o dia 25. É bom para quem entra e não é mau para quem sai.
E estamos a falar de duas longas permanências do PS no poder que terminaram faz hoje oito dias.
Infelizmente Esposende não quis juntar-se a esses bons exemplos.
O presidente da assembleia municipal cessante marcou a tomada de posse dos novos orgãos autárquicos para o último dia útil ( 1 de Novembro é feriado por ser dia de Todos os Santos) e para uma hora (10.00 h) que coincide com o normal horário laboral da generalidade das pessoas.
O deixar para o mais tarde possível ainda será explicável pela nostalgia que já viverão por terem de deixar lugares que em bom rigor nunca pensaram ter de deixar.
Mas juntar o ser dia útil a uma hora absolutamente inaceitável ( se queriam fazer num dia útil ao menos faziam-no ao fim da tarde ou até depois de jantar) revela falta de respeito pelos eleitos ,que tem as suas profissões e os seus horários profissionais, pelos cidadãos que queriam assistir ao acto e que aquela hora terão dificuldade em o fazer e até pela própria cerimónia que se deseja sempre altamente participada e que aquela hora poderia correr o risco de não o ser.
Poderia...porque vai ser.
E o facto de as tomadas de posse dos orgãos municipais de Esposende relativas às eleições autárquicas de 2021 e 2017 se terem realizado em dois sábados apenas prova tudo que atrás foi dito.
É pena.
Mas há uma lição importante a tirar e que não pode ser subestimada.
Os vencidos de 12 de Outubro não aprenderam com a derrota nem quiseram entender o que o povo lhes disse.
E isso tem de ser memória bem presente para o futuro.
Depois Falamos.
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