sexta-feira, outubro 24, 2025

Mudança

Nos ciclos eleitorais há tempos muito diversos mas complementares que uma vez encaixados uns nos outros resultam no governo de quem ganhou e no nobre exercício da oposição por aqueles que o povo não quis a governar.
O primeiro tempo é o de fazer campanha eleitoral.
Em que se apresentam ideias, projectos e equipas se valoriza ao próprio "produto" e se procura desvalorizar o "produto" adversário como é da praxe na luta política.
É um tempo que cada força política administra e usa como quer para permitir ao povo fazer o melhor juízo e confiar o seu voto a quem entende mais o merecer.
O segundo tempo é o dia da eleição.
Em que sendo dada a palavra ao povo este escolhe em liberdade aqueles que entende como melhores para a governação.
É o tempo mais curto mas naturalmente decisivo.
O terceiro tempo é o da fase de transição entre o dia da eleição e a tomada de posse dos novos governantes.
Um tempo em que também se avalia o fair play de quem ganhou e a cultura democrática de quem perdeu quando os governos não são reconduzidos e há mudança da força politica governante,. Um tempo em que existindo ambos os factores é feita uma transição em diálogo com informação detalhada sobre dossiers e consensos em torno daquilo que é necessário como por exemplo as datas da tomada de posse.
E isso é o que acontece quando a cultura se sobrepõe à azia.
E depois há o quarto tempo. O de governar.
Face ás ideias, projectos e protagonistas que foram maioriatariamente sufragados pelo povo.
Que quando decide pela mudança de poder o faz precisamente para que se mude mesmo e não para que se mantenha tudo como está desde a forma de governar até aos protagonistas da governação.
Winston Churchill dizia que a democracia é o pior de todos os regimes exceptuando todos os outros.
É também o mais simples desde que se respeitem as suas regras e a vontade popular.
Depois Falamos.

Sem comentários: