Campeões

Hoje é um dia feliz para o nosso futebol e por tabela para o próprio país. 

Portugal venceu a Liga das Nações com absoluto mérito e depois de derrotar nas meias finais a poderosa Alemanha (a jogar em casa) e na final a Espanha que é o campeão europeu em título. 

Para um pequeno país, com uma base de recrutamento muito inferior a qualquer um destes dois adversários é um feito significativo e apenas explicável pelo inato talento dos portugueses para jogarem futebol. 

Foi a quarta final europeia da nossa seleção e saldou-se pela terceira vitória consecutiva o que é absolutamente extraordinário. 

Antes vencemos França e Holanda e hoje Espanha. 

Quanto ao jogo da final teve golos, teve emoção, não foi particularmente bem jogado e creio que Portugal deu meia parte de avanço ao adversário com um "onze" inicial em que a opção repetida de João Neves como lateral direito voltou a não ser feliz porque a Espanha tem dois extremos de classe mundial e nessa primeira parte dada de avanço o flanco direito da nossa defesa parecia uma aveniada espanhola. 

A Espanha marcou primeiro num lance infeliz da nossa defesa mas rapidamente Portugal igualou numa grande jogada de Nuno Mendes (absolutamente justa a sua escolha como MVP da final) mas os espanhóis voltaram à vantagem num lance a findar a primeira parte. 

No intervalo Roberto Martinez mexeu na equipa, equilibrou os sectores e na segunda parte a seleção esteve bem melhor chegando ao empate com um golo de Ronaldo e criando uma ou outra situação em que poderia ter marcado e vencido o jogo. 

O prolongamento foi jogado num clima de receio mútuo e cedo se percebeu que salvo lance fortuito tudo se resolveria nas grande penalidades. 

E assim foi. 

Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes (marcou um golo, deu outro e ainda marcou nas grandes penalidades) e Rúben Neves foram competentes e Diogo Costa resolveu o assunto defendendo o penalti de Morata e quase defendendo outro numa marcação anterior. 

E assim Portugal venceu a Liga das Nações. 

Parabéns à seleção no seu todo e ao selecionador que mesmo com opções discutíveis conseguiu o resultado que todos desejávamos.

Depois Falamos.

Nota: Nenhum de nós voltará a ver um jogador com 40 anos marcar um golo na meia final e outro golo na final de uma competição europeia de seleções. Esse é outro recorde que ficará na posse do melhor jogador da História do futebol. O português Cristiano Ronaldo.