sábado, novembro 05, 2022

Mérito

Sejamos claros que é para não haver dúvidas. 
O Sporting ganhou porque foi melhor, porque soube aproveitar os erros do Vitória, porque Rúben Amorim soube mexer de forma atempada e certeira na equipa. 
Com 11 contra 11 já o Sporting esteve sempre por cima e o único lance de perigo relativo foi protagonizado por Nélson da Luz o único jogador que estava a conseguir levar a equipa para a frente. Com a expulsão, justa mas tão ingénua, de Afonso Freitas ainda mais se acentuou o domínio sportinguista e a ida a jogo de Marcus Edwards, o maior talento do Sporting, foi o dobre a finados para o Vitória. 
Em simultâneo a estranha saída de Nélson da Luz (sempre pensei que naquele contexto saíria Anderson) matou a capacidade ofensiva do Vitória porque quer Anderson quer Johnston pura e simplesmente não existiram em termos de lances de ataque. 
As camisolas estavam lá mas eles acho que não. 
O Sporting chegou ao intervalo com um já confortável 2-0 e depois há que reconhecer que não forçou o andamento e aproveitou para rodar um ou outro jogador menos utilizado. 
E então depois do 3-0 quase fechou a loja. 
Verdadade é que mesmo assim o Vitória nunca conseguiu ter bola, não criou lances de ataque e em toda a segunda parte apenas teve um remate sem perigo quando os "leões" já pensavam era no duche. Escusado será dizer que as substituições vitorianas nada acrescentaram à equipa (vá lá com excepção de Dani Silva que ao menos conseguiu ter bola) e Moreno, bem, aproveitou para dar minutos a André Silva e Bruno Gaspar porque o jogo estava há muito decidido. 
Palavra final para o árbitro Manuel Mota. 
Que já se sabe que é fraquíssimo, que não tem categoria nem para a Liga 3 quanto mais para a primeira liga, que sempre que pode prejudica o Vitória. 
Mas hoje não foi por ele que perdemos pese embora uma arbitragem ridiculamente caseira de que o Sporting não precisava para nada. 
Dois lances merecem especial discussão. 
O primeiro golo , em que Edwards estará ou não em fora de jogo, mas do qual ainda não vi uma imagem que me tirasse dúvidas porque a sport-tv, esse monumento à falta de isenção jornalística, deu repetições de vários ângulos mas todas inconclusivas. 
Penso que há um jogador do Vitória a colocar Edwards em jogo mas não tenho a certeza. 
E gostava de ter. Infelizmente não houve direito a ver a slinhas como noutras oportunidades acontece.
Mas seja como for a responsabilidade nesse lance seria sempre do fiscal de linha e do VAR. 
O segundo lance é uma falta de Morita que podia ter valido ao japonês segundo amarelo. 
Se fosse ao contrário era amarelo de certeza mas como a falta foi do jogador do Sporting o árbitro usou de um critério largo (que ao contrário nunca teve) e não mostrou cartão. 
Aceita-se a decisão mas não se aceita a dualidade de critérios porque em lances idênticos mostrou amarelos a jogadores do Vitória. 
À cautela o treinador do Sporting tirou o jogador ao intervalo. 
Aliás constata-se que num jogo correcto os jogadores do Vitória viram cinco amarelos em dez faltas enquanto os do Sporting em dezassete faltas apenas viram um amarelo. 
E essa é melhor prova da dualidade de critérios. 
Mas sejamos novamente claros. Não foi por isso que o Sporting ganhou. 
Porque com um arbitro exemplar ganharia na mesma. 
Hoje o Vitória só se pode queixar de si próprio, dos seus erros, das lacunas no seu plantel e das inexperiências várias. 
Que sirva de lição.
Depois Falamos.

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