quinta-feira, outubro 07, 2021

Onze

Quando uma equipa vence outra por onze a zero, com nove zero ao intervalo, e ainda desperdiça mais meia dúzia de claras oportunidades de golo está tudo dito quanto ao valor abismal que as separa.
Foi a história deste Portugal- Liechenstein em sub 21.
Reforçada pelo facto de os visitantes apenas terem feito um remate á baliza, e logo no primeiro minuto,  proporcionando a Celton Biai aquele que foi seguramente o jogo menos trabalhoso da sua carreira no qual se limitou a recolher meia dúzia de bolas atrasadas pelos colegas.
E por isso com Portugal a dominar totalmente as operações, com uma percentagem de posse de bola que deve ter ultrapassado os 80%, que dizer sobre este jogo?
Essencialmente que confirmou, porque mesmo com um adversário tão fraco o talento individual encontra sempre caminho para se expressar, que nos sub 21 há uma geração de jovens que em condições normais chegarão à selecção A e permitirão que esta se mantenha no alto nível competitivo dos últimos anos.
Da movimentação defensiva não se pode falar por absoluta escassez de trabalho o que permitiu a tal noite descansada a Celton Biai , nada para fazer a Quaresmas e Djaló, e por isso regista-se que os laterais (João Mário e Nuno Tavares) estiveram muito bem nas movimentações atacantes, que o meio campo foi constituido por um quarteto de excelente gabarito ( Fábio Vieira, André Almeida, Vitinha e Tiago Dantas) e a dupla de pontas de lança (Gonçalo Ramos e Fábio Silva) fez seis golos com Gonçalo a conseguir quatro e Fábio dois e mostrando um excelente entendimento entre eles.
Aliás alguns dos golos foram verdadeiramente espectaculares com destaque para Gonçalo Ramos, Fábio Silva e André Almeida todos os três a assinarem grandes momentos goleadores.
Na segunda parte, e o treinador fez quatro sunstituições logo ao intervalo, o ritmo e a qualidade do jogo cairam e dos que entraram apenas Francisco Conceição este ao nível daqueles que foram titulares porque Tiago Tomás, Henriques Araújo, Paulo Bernardo e Afonso Sousa rubricaram actuações discretas e de bem menor fulgos do que aqueles que substituiram.
Em suma é um prazer ver jogar esta equipa.
E terça feira na Islândia, um adversário mais complicado, espera-se que continuem na senda dos triunfos.
Uma nota final, como vitoriano, para assinalar a satisfação que foi ver André Almeida e Celton Biai serem titulares e jogarem os 90 minutos.
E se o guarda redes nada teve para fazer já o médio rubricou uma boa exibição e fez um grande golo o que certamente foi apreciado pelos muitos jovens adeptos vitorianos que estavam nas bancadas e que vestiam camisolas e casacos com o emblema do Vitória.
Depois Falamos.

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