segunda-feira, outubro 18, 2021

Regime

Completam-se hoje quatro meses desde que a viatura oficial em que seguia o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, atropelou mortalmente um trabalhador que procedia a obras de reparação na via. 
O ministro que na altura nem se dignou sair do carro para saber do estado da vítima, continua em funções pese embora todos os erros e disparates que cometera antes, e continua a cometer depois, do acidente. 
Passados quatro meses desconhece-se por onde anda o inquérito da GNR e continua sem se saber a que velocidade seguia o automóvel tendo sobre o assunto caído um manto de silêncio que envergonha todos quantos acreditam viver num Estado de Direito mas, pelos vistos, não envergonha o primeiro ministro, o ministro Cabrita, o governo e aqueles que activamente colaboram no encobrimento da verdade. 
A que lamentavelmente se juntou agora o PSD, em teoria o principal partido da oposição , ao impedir em colaboração com o PS (e restante geringonça) a criação de uma comissão parlamentar de inquérito ao assunto. 
Este é um caso que em muito transcende, e isso já não era nada pouco, a morte de um inocente causada pelo carro de um ministro tornando-se num verdadeiro assunto de regime face ao tratamento dado ao mesmo por todos quantos tinham obrigação de estarem na primeira linha da exigência da verdade. Presidente da República, Governo, Parlamento (com a honrosa excepção do Chega, CDS e Iniciativa Liberal), todos são cúmplices nesta situação de encobrimento. 
E quando assim é o próprio regime está em causa.
Depois Falamos.

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