segunda-feira, agosto 10, 2020

Hamilton

Fruto do domínio que nos últimos anos tem exercido na F1,também por força de uns Mercedes"intratáveis" , muitos há que consideram Lewis Hamilton como o melhor piloto da História da Fórmula 1.
Não acho.
Desde logo porque tal como considero impossível dizer quem foi o melhor futebolista de sempre, tal a evolução do futebol, também me parece impossível dizer quem foi o melhor piloto de sempre apenas com base em campoenatos ganhos, triunfos em corridas ou "pole position" conquistadas.
Os carros, as pistas, os pneus, a segurança dos pilotoso,evoluiram tanto nestes 70 anos de competição que os carros de hoje nada tem a ver com os do tempo de Juan Manuel Fangio, Jackie Stewart ou Ayrton Senna. 
E por isso os seis campeonatos (a caminho do sétimo), o recorde de vitórias em GP de Michael Schumacher prestes a ser batido, o recorde de "pole position" dizem-nos que Hamilton é um extraordinário piloto mas não nos dizem que é o maior de sempre. 
Até por outra razão.
 Porque aquele que para muitos é o maior de sempre- Ayrton Senna- morreu quando ainda era expectável que vencesse mais campeonatos, mais corridas, obtivesse mais "poles", conseguisse muitas mais voltas mais rápidas.
É verdade que Senna ganhou "apenas" três campeonatos (em boa verdade ganhou quatro mas um foi-lhe roubado na secretaria por um patife chamado Jeam Marie Ballestre) contra os seis de Hamilton mas convém recordar um "pequeno" detalhe. 
Senna competia em pista com nomes como Alain Prost, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Michael Schumacher , Nikki Lauda, Damon Hill, Mika Hakkinen ou seja alguns dos maiores pilotos de sempre. Todos campeões mundiais antes ou depois de Senna enquanto Hamilton compete com pilotos que nem de perto nem de longe se podem comparar com os referidos à excepção de Sebastien Vettel mas este está muito longe dos seus melhores tempos. 
Não quero com isto dizer que Senna foi o melhor de sempre porque se aplicam a ele os mesmos critérios que se aplicam a Hamilton e a qualquer outro sobre essa impossível distinção. 
Apenas realçar que, de facto, não é possível dizer quem foi o melhor de sempre.

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