As expectativas eram excelentes.
Treinador campeão nacional, um plantel cheio de bons jogadores (Saganowski, Geromel, Nilson, Sereno, Dragoner,Rogério Matias,Paíto, Clayton, Cleber, Flávio Meireles, Moreno, Benachour, Svard, Antchouet, Wesley, etc) que em condições normais dariam um tranquilo apuramento europeu.
Havia alguns pequenos sinais de alarme é certo: Tinham saído de uma assentada vários jogadores importantes como Palatsi, Djurdevic, Romeu, Bessa, Alex, Luís Mário (um dos melhores "10" que vi no clube), Paulo Turra, Nuno Assis, Rui Ferreira,Elpídio Silva entre outros.
O treinador que apurara a equipa para a Liga Europa-Manuel Machado- saíra sem que se percebesse muito bem porquê.
Os reforços vinham de várias proveniências e entrosá-los seria tarefa prioritária mas não conseguida.
Na Europa as coisas nem correram mal mas no campeonato desde o início que se percebeu que um bom plantel não faz obrigatoriamente uma boa equipa.
O treinador Jaime Pacheco, pese embora a sua experiência, não conseguiu fazer as coisas funcionarem e acabaria por sair a meio da época dando lugar a um inexperienteVítor Pontes numa aposta arriscadíssima que correu mal.
Os adeptos,em aflição a partir de certa altura, tudo fizeram para ajudar desde o inesqucível cordão humano até a um apoio massivo em todos os jogos em casa e fora (aqueles minutos finais em Paços de Ferreira ficarão para sempre na minha memória como um dos horrores desses tempos) mas de nada valeu e o Vitória desceu de divisão depois de quase 50 anos consecutivos no primeiro escalão.
Já passaram catorze anos mas não acredito que quem viveu esse ano horrível alguma vez esqueça o que ele foi em sofrimento e desespero vitoriano.
Este é dos tais casos em que a História não se pode repetir nunca!
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