A sondagem de Agosto da Intercampus tem algumas leituras inequívocas.
O PS, por mais asneiras que o governo faça (e tem feito bastantes), mantém uma confortável vantagem em relação ao segundo partido embora longe da maioria absoluta à qual não é nada provável que venha a chegar.
O PSD, principal partido da oposição (digamos assim mais por hábito que por qualquer outra razão), apesar das asneiras que o governo faz (e tem feito bastantes) não descola do núcleo duro do seu eleitorado e está cada vez mais longe de ser alternativa.
O BE aproveitando bem o folclore de alguns "sound bytes" (racismo, extrema direita, etc) que não dizem nada a ninguém a não ser aos profissionais do "anti" mantém uma intenção de voto que lhe permite dispensar o PCP para fazer maioria com o PS,ou seja, está confortável.
O Chega mantém um ritmo de crescimento considerável e não surpreenderá que em próxima sondagem já apareça em terceiro lugar beneficiando, até, da candidatura presidencial de André Ventura.
O PCP continua um inexorável e irremediável declínio que o erro da Festa do Avante acentuará em próximos estudos de opinião.
O CDS , com o seu eleitorado atacado por Chega e Iniciativa Liberal, aguenta-se mas é nitidamente uma força política com o espaço a diminuir.
O PAN, que como o BE vive de modas e "sound bytes", beneficiou do sucedido em alguns asilos de animais para se aguentar mas também aí o crescimento parece estar fora de causa.
Finalmente a Iniciativa Liberal mantém o seu crescimento (em termos percentuais vale hoje mais do dobro do seu resultado nas legislativas) embora a um ritmo mais moderado que o Chega.
Em suma, e como conclusão, pode dizer -se que não há o perigo de uma maioria absoluta do PS , que a geringonça pode existir dispensado o PCP e "OS Verdes" e que na área não socialista nem com uma geringonça que integrasse todos os partidos conseguiriam ser uma alternativa de governo.
São sondagens, é certo, mas quando os resultados mês após mês mantem uma linha de coerência alguma coisa hão de querer dizer.
2 comentários:
Eu destes gráficos que a Sic e outros canais apresentam só me rio às gargalhadas: então um partido de 2% tem uma barra que é mais de metade da barra de um partido de 8% (Só estou a falar da Barra colorida, sem o valor a cinza) e um partido de 8% tem uma barra que é mais do dobro de um partido de 24%? Mais,
a diferença entre o primeiro e o segundo é 15%! Pelas barras parecem quase "coladinhos".
Já vi coisas parecidas em gráficos dos mesmos jornalixos com dados de gastos, de orçamentos, até do Covid, com barras completamente desproporcionais que SO induzem em ERRO (que me parece proposital!).
Neste caso fico com pena de não aparecer o Alianca, mesmo com menos de 1% poderia ter ali uma barra bem grandinha. É fazer lobby caro bloquista!
Caro Francisco Guimarães:
Há grafismos para todos os gostos. A mim interessam mais os números que as barras porque eles é que representam o sentir dos eleitores. Quanto à Aliança creio que eles só incluem nas sondagens os partidos com representação parlamentar. Veja que o Livre também não aparece desde que a deputada deixou o partido mas ficou com o lugar
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