A saída de José Mourinho do Manchester United, hoje consumada, é tudo menos uma surpresa face à incapacidade do grande clube inglês conseguir competir com o grande rival da cidade (Manchester City), com o grande rival do país (Liverpool) e com outros clubes em alta como Chelsea , Tottenham e Arsenal.
Pese embora os triunfos na primeira temporada em Inglaterra com destaque para a Liga Europa mas também para taça da liga inglesa e a supertaça a verdade é que o ano passado "apenas" ganhou o acesso à Liga dos Campeões mas sem vencer qualquer troféu e este ano é já claro que não venceria o campeonato face ao atraso pontual para Liverpool e Manchester City restando como hipóteses de "consolação" a taça e/ou a taça da liga porque embora permanecendo na Champions é evidente que não tem equipa para a ganhar.
É evidente que os tempos hoje são outros e a paciência que no passado houve para Alex Ferguson, que nos primeiros anos em Manchester nada ganhou, não existe hoje para Mourinho ou qualquer outro porque no longo consulado do grande treinador escocês o MU tornou-se numa máquina de ganhar competições (é hoje o clube com mais campeonatos ganhos a titulo de exemplo) e esse hábito de vencer tornou-se numa ameaça para qualquer treinador.
Especialmente num cenário em que o outro clube da cidade, por força do muito dinheiro vindo das Arábias e da contratação de Pep Guardiola, se tornou também ele num clube vencedor que ameaça hoje ter a hegemonia que o United teve ontem.
É certo que o MU também gastou muitos milhões (veja-se a contratação de Pogba por exemplo) em reforços mas não tantos como aqueles que a equipa exigia para poder bater-se de igual para igual com a concorrência porque os desequilíbrios do plantel eram muitos e nomeadamente no sector defensivo as coisas estavam particularmente frágeis.
E por isso na (para ele) fatídica terceira época mais uma vez Mourinho conhece o lado mais amargo da vida de um treinador e deixa o comando técnico do clube que ele mais quis treinar em toda a sua vida.
É certo que vai receber uma compensação milionária mas acredito que Mourinho preferiria mil vezes continuar a treinar o Manchester United,até porque dinheiro não será certamente o seu principal problema, e conquista mais troféus pelo clube.
Aguardemos agora pelo próximo passo da sua carreira.
Que não me admiraria nada que passasse por um regresso a Itália ou ao Real Madrid.
Depois Falamos
2 comentários:
Estou a vê-lo mais no Real que em Itália... mas se ele quiser ficar em Inglaterra, acho que o Reading ainda procura treinador! :)
Caro Saganowski:
Concrodo que o Real é mais provável. Quanto ao Reading podem levar o Luis Castro se o Vitória contratar o Mourinho :-)
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